quarta-feira, 30 de abril de 2014

Broderagem no Trânsito

Outro dia eu fiz uma broderagem com um motoqueiro. Usando a minha ogridade!

Eu vi duas motos e um carro parados na rua e quando cheguei perto entendi o que estava acontecendo: O carro tinha batido atrás de uma moto e a placa tinha ido parar em baixo do banco. E uma outra moto já tinha parado pra ajudar, mas o cara só estava lá olhando sem fazer nada.

O dono da moto batida tava falando:
- Pô! Como eu vou poder trabalhar agora? Eu preciso da moto pra trabalhar!

E o velhinho, dono do carro tava falando:
- Caramba, desculpa, eu não sou de bater mas hoje aconteceu... Mas eu tenho uma oficina... A gente só mexe com carro, mas a gente pode dar um jeito...

Então eu parei a moto do lado e nem perguntei nada. Desci e falei:
- Tira a placa daí de baixo!

E comecei a levantar o banco. Mas a moto era tão leve que subiu junto! Então eu pisei entre os aros da roda e levantei o banco de novo. Aí o cara tirou a placa de onde estava presa e eu fui embora fazendo um jóia.


Os três ficaram meio sem reação e apenas retribuiram o jóia com a mão, enquanto eu ia embora ouvindo uma música triunfal e uma narração estilo Meninas Superpoderosas: "E mais uma vez o dia foi salvo, graças ao Marcelão!!!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Maratona de Videogame

Sexta à noite, saindo da Saga, eu, o Bruno e o Alê fomos para a casa do Bruno fazer uma maratona de videogame. Jogamos Fifa 13, Hotline Miami, Closure, Journey, Ray-man Origins e Playstation All-Stars

No Fifa, nós fizemos três jogos:
Alê/Bruno 3 x 2 Marcelo/César
Alê/Marcelo 2 x 1 André/Bruno - De virada
Alê/Bruno 3 x 2 Marcelo/César - Por pouco não conseguimos empatar


Hotline Miami é um jogo em que o protagonista começa a receber uns telefonemas estranhos e ter um sonhos loucos com pessoas usando máscaras de bichos. Aí ele descobre que uma mina foi capturada, mas depois que ele a salva as merdas continuam. E ao longo do jogo ele vai ficando louco. É bem daora! E ele tem uma mistura boa de stealth com porradaria.




Closure é um jogo bem sinistro... Ele é de plataforma 2D e inteiro de puzzles. A tela é toda preta, com apenas alguns pontos de luz mostrando onde tem chão. E onde não está iluminado, não existe nada. Então para atravessar uma parede, é só colocar uma luz de cada lado, sem iluminar a parede. E então pular de um lado pro outro, pois a parede deixará de existir... Acho que não deu pra entender direito, mas é bem legalzinho!


Journey é um jogo independente, com o visual super bonito, em que o personagem só consegue pular. E conforme você vai avançando ele aprende a voar e ir cada vez mais longe. O jogo é inteiro de labirintos, enigmas e quebra-cabeças para desvendar.



Ray-man Origins foi o mais engraçado. O jogo é multiplayer cooperativo, mas os personagens podem atingir uns aos outros. E às vezes isso até ajuda! Então é muito engraçado



Jogamos também o PlayStation All-Stars Battle Royale. É tipo um Super Smash Bros, mas com os personagens da Sony ao invés dos personagens da Nintendo. Ou seja, um jogo de luta com vários personagens de diferentes universos trocando porrada e com itens pra ajudar. A tela fica uma bagunça. É mó daora! Huahuhuaha!




Eu e o Alê passamos o final de semana inteiro com os Nil. Ficamos lá de sexta à noite até domingo. E encerramos a maratona com um churrasquinho supimpa. Surpresa da Tia Nil =)




PS: Existe Hotline Miami para PC. E tem um site, cujo nome lembra criminosos do mar e Bahia, que dá pra baixar.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Birds on The Wire

Certa manhã, enquanto lia seu jornal, Jarbas Agnelli viu uma fotografia de pássaros em fios elétricos. Ele recortou a foto e fez uma música usando a posição exata dos pássaros como notas musicais.


Ele mandou a música para o fotógrafo, Paulo Pinto, que contou para o editor, que contou para um repórter e a história acabou com uma entrevista no jornal. E acabou sendo vencedor do YouTube Play Guggenheim Biennial Festival.



O post no facebook é esse aqui

E por algum motivo essa música me lembrou a Requiem of Spirit do Zelda Ocarina of Time

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Sobre a Redução da Maioridade Penal

Na atual situação do Brasil, não vai fazer nenhuma diferença.


Em relação de maturidade, como mostra esse desenho, eu sou a favor. Porque uma pessoa de 16 anos sabe muito bem o que ta fazendo.

Mas podem reduzir o quanto for e a única diferença vai ser que, ao invés de os bandidos levarem um moleque de 17 pra tomar toda a culpa, vão começar a levar um moleque de 15, de 13, de 11, de 9...


Então a princípio eu sou contra a redução da maioridade penal. Antes de pensar nisso, tem que se preocupar com educação e segurança para que ninguém recorra ao crime como modo de vida.

Investir em educação começa principalmente com aumento dos salários dos professores. Assim, eles não terão que se sacrificar e se desgastar dando aula pra mais de 1000 alunos e corrigindo mais de 2000 provas pra conseguir receber o mínimo. E com salários melhores, profissionais melhores disputarão os cargos, fazendo que os professores sejam os melhores.

Para melhorar a segurança, precisamos de investigação decente e projetos para diminuir a impunidade de quem comete crimes. E não abarrotar a cidade de policiais mal-pagos que se entregam à corrupção pra conseguir um dinheiro decente no fim do mês.

Além disso, haverá todo um desgaste e perda de tempo com plebiscito, com mudanças na constituição, no estatuto da criança e do adolescente etc... com algo que, neste momento, não vai trazer absolutamente nenhum resultado.

terça-feira, 15 de abril de 2014

#naovaitercopa

Primeiramente, é ÓBVIO que a Copa vai acontecer. E segundamente, só pra deixar claro, eu gosto de futebol! Eu gosto de ir no estádio, aqui tem um bando de loco, vaicurintia.

Mas a hashtag #naovaitercopa já foi publicada mais de 500 milhões de vezes, o que mostra o descontentamento da população, já que esse número é quase 3 vezes a população do Brasil. Essa indignação vem do fato de que o governo, como um todo, sacaneia todos os brasileiros há muito tempo. Além de toda a corrupção que sempre aconteceu, agora estão sendo gastos bilhões de reais pra construir e reformar estádios que só trarão dinheiro para o governo e para as grandes empreiteiras (que são parentes próximos).


Além disso, a própria FIFA (FIFA quem???) chegou querendo impor normas e padrões que afrontam a nossa cultura e nossa liberdade. Caso vocês não saibam, uma das regras da FIFA é que, em um raio de 2 kms ao redor dos estádios é território da FIFA e só os patrocinadores da Copa podem fazer comércio lá. E sabe o que isso significa? Que os vendedores ambulantes (teoricamente uma das parcelas da população que mais iria lucrar com o turismo) não poderão vender para o público dos jogos. E, em Salvador, se não fosse por uma ação judicial, nem as tradicionais vendedoras de acarajé poderiam trabalhar.

Outra coisa. Sempre que tem jogo do Corinthians no Pacaembu, metade da torcida tá dentro e a outra fora, tomando cerveja e ouvindo o jogo no rádio. Mermão... Esses carinhas engravatados da FIFA acham que vão impedir milhares de torcedores de fazer o que fazem há anos?

Mas já que a Copa vai acontecer de qualquer jeito, qual a importância do #naovaitercopa? Bom, o governo está disposto a fornecer 10 mil homens do exército para conter as manifestações durante a Copa. Isso significa que as manifestações do ano passado não foram nada perto do que está por vir. E mais: dessa vez teremos a imprensa do mundo todo vendo tudo de perto.

Teremos o mundo todo dizendo que o Brasil prometeu estar preparado para a Copa e que não haveria manifestações. Mas que, ao invés disso, mostrou ter uma infraestrutura péssima, a população enfurecida e o governo apoiando a violência da polícia contra os próprios brasileiros.


O governo vai ficar com a imagem extremamente queimada perante o mundo todo. E vai perder todo apoio internacional.

Aí você pergunta "Pô! Então você acha legal a imagem do Brasil ficar queimada pro mundo todo?" Aí que está! Não é a imagem do Brasil ou dos brasileiros que vai ficar queimada, e sim da postura do governo.

O estudioso Marotta Rangel fala sobre a autonomia dos governos. Ele diz que atualmente o mundo todo é uma comunidade, uma Aldeia Global. Hoje em dia um país não pode adotar um sistema escravocrata, por exemplo, sem sofrer represália dos outros países.

O que essa treta toda vai representar então? Economistas já prevêem uma crise econômica, porque os investidores de fora - que terão investido bilhões de dólares (esta Copa está sendo a mais cara da história, batendo na casa dos 30 bilhões de reais) em um governo extremamente ineficiente e corrupto - vão ver que o Brasil não é um país sério e vão parar de investir. E depois da queda, com sorte, o gigante se levantará de novo.

Mais informações:
Mikkel Keldorf Jensen
Romário (sim, ex-jogador de futebol e agora um dos melhores políticos que eu acompanho)
Estadão

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Síndrome de Cotard

A Síndrome de Cotard, também chamada de síndrome do zumbi, ou delírio de negação. É uma espécie de depressão extrema, na qual a pessoa acredita que já morreu e se tornou um cadáver ambulante, podendo até acreditar que seus órgãos internos estão apodrecendo e que vermes estão passeando pelo seu corpo. Às vezes negam sua própria existência ou que uma certa parte do seu corpo existe.

Apesar de estar certo de que está morto, o doente contraditoriamente aceita o fato de estar andando e falando.


Essa síndrome pode estar relacionada à Síndrome de Capgras, na qual uma pessoa acredita que um conhecido ou algum membro familiar próximo, foi substituído por um impostor idêntico.

Foi descrita pelo neurologista francês Jules Cotard em 1880. Há registros de pessoas que perdem fome, perdem vontade de fumar e ficam completamente apáticos. E exames já mostraram pessoas que tinham essa síndrome com atividade cerebral semelhante a alguém em coma, mas conseguindo andar e falar por aí.

Graham Harrison, um ex-encanador do Reino Unido, tentou se matar eletrocutado e fracassou. Quando acordou achou que não tinha mais cérebro e que era um zumbi. Ele foi diagnosticado com a síndrome e afirmava que não tinha mais olfato ou paladar, e nem via sentido em comer. Não sentia prazer em nada e começou a vagar em cemitérios como um zumbi.


Exames de imagem do cérebro mostraram algumas áreas estavam inativas no paciente, como de uma pessoa em estado vegetativo. Ele se livrou do delírio após anos de psicoterapia e remédios.

E um velho amigo nosso teve essa síndrome nos últimos anos de vida: Edgar Allan Poe.


Fontes:
Wikipédia
info
Maisbyte

terça-feira, 8 de abril de 2014

A Teoria Pixar

Talvez você já tenha ouvido falar sobre a Pixar Theory. É uma teoria criada pelo jornalista Jon Negroni e postada no site dele. Sabe aquelas várias conexões e Easter Eggs presentes nos filmes da Pixar? Elas não seriam aleatórias, mas apenas as peças mais explícitas e óbvias de um cenário muito maior.

O texto original é em inglês (aqui) e eu peguei a tradução desse site aqui

A Teoria Pixar

Essa teoria envolve todos os filmes da Pixar, desde 1995:

Toy Story, Vida de Inseto, Toy Story 2, Monstros SA, Procurando Nemo, Os Incríveis, Carros, Ratatouille, Wall-E, Up, Toy Story 3, Carros 2, Valente, Universidade Monstros

E todos esses filmes estão conectados. Vou explicar como e os motivos.

Eu venho trabalhando no que chamo de ‘Teoria Pixar’, um trabalho narrativo que conecta todos os filmes do estúdio em uma mesma linha do tempo com um tema predominante.

Cada filme está conectado aos demais e seu desenrolar influencia todos os outros. Aqui vamos nós.

Valente é o primeiro e último filme da timeline. Obviamente, esse filme sobre um reino Escocês durante a Idade Média é o cenário mais antigo apresentado em produções da Pixar, mas é o único que explica o porquê de animais se comportarem como humanos de vez em quando nas produções da Pixar.


Em Valente, a Merida descobre que existe uma “mágica” que pode solucionar seus problemas, mas, sem querer, tornam sua mãe em um urso. Descobrimos que essa mágica vem de um estranha bruxa aparentemente ligada às misteriosas chamas de fogo-fátuo. Nós não só vemos animais se comportando como humanos , mas também vemos vassouras (objetos inanimados) agindo como pessoas na casa da bruxa.

Também descobrimos que essa bruxa inexplicavelmente desaparece toda vez que atravessa portas. E a bruxa é alguém que conhecemos de um outro filme dessa linha do tempo.

Os animais em Valente gradualmente param de agir como humanos, mas a explicação pra isso é simples. Eles regridem pois a mágica perde o efeito, mas com o passar do tempo, a inteligência evolui naturalmente. Após séculos, os animais de Valente que passaram por experimentos da bruxa se reproduziram, criando uma grande população de animais de personalidade e inteligência própria.

Há duas linhas de evolução: uma de animais e outra de inteligências artificiais. Os eventos dos filmes seguinte apresentam uma luta de forças entre humanos, animais e máquinas. No que diz respeito a animais, o desenrolar desse conflito é apresentado cronologicamente em Ratatouille, Procurando Nemo e Up. Perceba que não menciono Vida de Inseto, mas depois explico o motivo.

Em Ratatouille vemos animais experimentando essa humanização em condições menores e controladas. Remy quer cozinhar, algo que apenas humanos fazem. Ele cria uma relação com um pequeno grupo de humanos e se dá bem. Enquanto isso, o vilão do filme, Chef Skinner, desaparece. O que aconteceu com ele? O que ele fez com sua descoberta que animais são capazes de transcender seus instintos e realizar tarefas de forma melhor que humanos?


É possível que Charles Muntz, o antagonista de Up, tenha ficado sabendo desse rumor e tido a ideia para suas intenções que expusessem os pensamentos dos animais, como seus cães, pelos seus colares de tradução. Esses colares mostraram pra Muntz que animais são mais espertos e até parecidos com humanos do que pensávamos. Ele precisava dessa tecnologia para achar a ave exótica pela qual ele era obcecado, ele até chega a mencionar os vários cachorros que perdeu desde sua chegada na América do Sul.


Porém, após a morte de Muntz, Doug e os outros experimentos dele ficam livres e não sabemos as implicâncias disso, mas sabemos que é crescente a animosidade entre animais e humanos. Agora que os humanos descobriram o potencial dos animais, eles começam a ousar. Para desenvolver novas tecnologias, os humanos começam um revolução industrial mencionada em Up.

Algumas pessoas lembraram que Muntz estava trabalhando na América do Sul antes dos eventos de Ratatouille. É verdade, mas não é dito explicitamente quando e como ele começou a desenvolver os colares. Outra coisa: sabemos que Ratatouille está ambientado antes de Up por vários motivos. Em Toy Story 3, um cartão postal na parede de Andy tem o nome e o endereço de Carl e Ellie (incluindo seus sobrenomes). Isso confirma que em 2010, o ano no qual Toy Story 3 é ambientado, a Ellie ainda está viva ou pelo menos não está morta há muito tempo. Isso reforça a ideia que Up é ambientado anos depois.

No começo de Up, o Carl é forçado a abandonar sua casa para uma empresa pois a cidade está sendo expandida. Pense nisso. Qual corporação é culpada por poluir a erra e terminar com a vida local em um futuro distante por excessos tecnológicos?


Buy-n-Large (BnL), uma corporação que controla aparentemente tudo quando chegamos a Wall-E. No comercial feito para o filme, ‘A História da BnL’, é dito que a empresa chegou a controlar até os governos. Já deu pra entender que essa corporação alcançou domínio global?

O interessante é que essa mesma organização dá as caras em Toy Story 3:


Em Procurando Nemo temos uma população inteira de animais marítimos agindo em conjunto para salvar um peixe capturado por humanos. A BnL volta a aparecer nesse universo em uma matéria sobre um belo mundo aquático. Os mundos estão colidindo em Procurando Nemo. Os homens estão se armando contra os animais inteligentes.

E pense em Dory. O problema de memória é consequência da velocidade da evolução desses seres.


A continuação de Procurando Nemo, focada na Dory, deve provavelmente tratar desse tema e explicar mais. Também devemos ter mais evidêncas do clima hostil entre humanos e animais.

Já sobre inteligência artificial, começamos com Os Incríveis. Quem é o principal vilão do filme? Você provavelmente pensou no Síndrome, o Síndrome, que é quem basicamente comete o genocídio dos humanos com super-poderes.

Mas o Síndrome não tinha poderes. Ele usava tecnologia para se vingar da descrença do Sr. Incrível.


E como ele mata todos os heróis? Ele cria um robô assassino que registra os movimentos de todos os super-humanos e se adapta. Um hora essa inteligência artificial se rebela contra o próprio Síndrome, o que nos leva a acreditar que ele estivesse sendo manipulado pelas máquinas o tempo todo para que elas se livrassem das maiores ameaça da dominação robótica, os humanos super-poderosos. O filme até apresenta clipes de heróis com capas sendo mortos por objetos inanimados, como turbinas de avião…acidentalmente.

Os Incríveis é ambientado no passado, no final dos anos 80 ou começo dos 90. E isso é introdução coerente para Toy Story, quando vemos máquinas (brinquedos) questionando os sentidos de suas vidas.

Mas porquê as máquinas querem se livra dos humanos? Sabemos que animais não gostam de humanos porque eles estão poluindo a Terra e fazendo experiências com eles, mas qual o problema das máquinas?

Aí entra Toy Story. Vemos humanos usando e descartando ‘objetos’ conscientes. Sim, os brinquedos amam seus donos, mas nas sequências de Toy Story vemos os brinquedos perderem a paciência.

Mas como assim? Brinquedos não são necessariamente máquinas, mas objetos inanimados. Então como eles são inteligentes? O Síndrome dá a resposta. Ele diz ao Sr. Incrível que o combustível dos seus lasers vem da Energia de Ponto Zero. A energia eletromagnética existente no vácuo. É a energia invisível presente em comprimentos de onda e uma explicação razoável para como brinquedos e outros objetos ganham vida no mundo da Pixar.


Os brinquedos se rebelam contra Sid no primeiro filme. A Jesse é ressentida com sua dona, Emily, por ter sido abandonada. O urso Lotso odeia humanos no terceiro filme.

Com os supers extintos, a humanidade está vulnerável. Os animais têm a habilidade para tomarem controle do mundo, no estilo de Planeta dos Macacos, mas não vemos isso acontecer.

Da mesma forma, não vemos as máquinas tomarem controle. Por quê? Dá pra presumir que elas tomaram controle, mas não como esperávamos. Elas usaram a BnL, uma corporação, para dominar o mundo.

Em cada um dos Toy Story é explícito que os objetos com consciência confiam nos humanos para tudo. Para suas satisfações e até como fonte de energia. É mostrado que os brinquedos perdem a vida quando guardados, a não ser que estejam em um museu e sejam vistos por humanos.

Então as máquinas decidem controlar humanos usando uma corporação que supre todos os seus interesses, levando a uma revolução industrial que resulta em…poluição.

Quando os animais se revoltam contra humanos para impedir a poluição da Terra, quem vai salvar os homens? As máquinas. Sabemos que as máquinas vencerão essa guerra. E quando ela chega ao fim, não há mais animais na Terra. Quem sobra?


Pois as máquinas desequilibram a situação, a Terra vira um lugar inabitável para humanos e animais, daí os humanos sobreviventes são colocados na Axiom (ou Arca de Noé se você quiser seguir a temática bíblica na qual Wall-E é o Robô Jesus e sua paixão é convenientemente chamada Eva) como um último esforço para salvar a humanidade.


O único propósito dos humanos na Axiom é serem servidos pelas máquinas. Elas tornaram os humanos seus dependentes para tudo pois era como as máquinas eram tratadas quando eram ‘brinquedos’. É tudo que elas sabem fazer.

Enquanto isso, na Terra, as máquinas ficaram para povoar o planeta e seguir com a vida, isso explica como tradições e construções humanas continuam visíveis em Carros. Na linha do tempo, Carros se passa em algum momento dos 700 anos em que a nave de Wall-E está mantendo os humanos longe da Terra. Não há mais animais ou humanos nessa versão da Terra pois todos deixaram de existir, apesar de sabermos que ainda restaram muitas influências humanas. Em Carros 2, os automóveis precisam ir para a Europa e Japão, deixando claro que trata-se do mesmo planeta que conhecemos.

Então o que aconteceu com os carros? Até agora, sabemos que os humanos são a fonte de energia das máquinas. Por isso elas nunca se livraram deles. Em Wall-E é mostrado que a BnL pretende trazê-los de volta assim que o planeta estiver limpo, mas não deu certo. As máquinas acabaram morrendo na Terra, apesar de não sabermos como.

Sabemos que há uma crise de energia em Carros 2, com petróleo sendo a principal fonte apesar de seus perigos. Descobrimos que a corporação Allinol está usando ‘energia verde’ como um catalisador de combustível para afastar os carros de formas alternativas de energia. Esse combustível ‘limpo’ poderia ter sido utilizado para exterminar rapidamente muito dos carros.

Alguém lembrou que ‘all in all’ tem o mesmo signigicado de ‘by and large’, tornando a conexão entre Carros e Wall-E ainda mais coesa.

Aí retornamos a Wall-E.

Você já parou pra pensar por que Wall-E é a única máquina na Terra? Sabemos que o filme começa 800 anos após os humanos deixarem o planeta na Axiom, governada pelo Piloto Automático (outra inteligência artificial).

Será que o fascínio de Wall-E pela cultura humana e sua amizade com uma barata tenham o mantido focado e permitido a manutenção da sua personalidade? Esse é o motivo dele ser especial e ter libertados os humanos. Ele lembrava do tempo em quem máquinas e humanos viviam em paz, alheios à poluição causado por ambos.

Depois que os humanos são libertados por Wall-E e retomam a vida em sociedade na Terra, o que acontece com eles? Nos créditos finais de Wall-E vemos o sapato que continha a última planta do planeta. Ela cresce e vira uma bela árvore. Uma árvore que lembra muito a árvore de Vida de Inseto.


Isso aí. A razão de nenhum humano aparecer em Vida de Inseto é por não ter muitos dele ainda. Sabemos que alguns insetos sobreviveram pela existência da barata, eles teriam se multiplicado mais rápido que os outros seres, apesar do filme ser distante o suficiente na linha do tempo para os pássaros também terem retornado.

Mas tem mais. Vida de Inseto destoa bastante quando comparadas as várias retratações de animais. Ao contrário de Ratatouille, Up e Procurando Nemo, os insetos têm muitas atividades humanas, algo que os ratos de Ratatouille estão apenas experimentando. Os insetos tem cidades, cafés, sabem o que é um bloody mary e até possuem um circo itinerante. Daí presumimos que o filme é ambientado em um período diferente.

Outra coisa que diferencia Vida de Inseto dos outros filmes da Pixar é o fato de ser o único, além de Carros e Carros 2, que nem mesmo cita os humanos.

Depois que a Axiom volta pra Terra, a humanidade, as máquinas e os animais crescem e vivem em harmonia até o nascimento de uma nova super espécie. Monstros. O mundo dos Monstros na verdade é a Terra em um futuro longínquo.

De onde eles vieram? É possível que os monstros sejam apenas animais evoluídos modificados por causa da radiação da Terra ao longo de 800 anos de um mundo poluído e sem camada de ozônio. Outra possibilidade seria um cruzamento entre animais e humanos para que eles sobrevivessem. Nojento, eu sei, mas plausível se você levar em conta que os filmes da Pixar sempre deixam em aberto as linhas que separam humanos e animais.


Por alguma razão, esses monstros parecem versões modificadas dos animais, mas maiores e civilizados. Eles possuem cidades e faculdades, como vemos em Universidade Monstros.

Isso não explica plenamente o que aconteceu com os humanos. Pode ser que monstros e máquinas tenham esquecido de seus vínculos com os humanos e voltaram a se livrar deles, só tendo consciência desse erro quando os humanos foram extintos.

Em Monstros S.A. há uma crise de energia pois eles estão em um futuro distante na Terra em que não há mais humanos. E, como já vimos, humanos são a fonte de energia, mas graças às máquina os Monstros encontram uma forma de usar portas para viajar para o mundo dos homens. Mas não são dimensões diferentes.

Na verdade, os monstros estão viajando para o passado. Eles estão armazenando energia para evitar a própria extinção indo para a época em que a humanidade era mais proeminente. No limiar da civilização, se você preferir.

Apesar de muito tempo ter passado, os monstros/animais nunca perderam suas animosidades em relação aos humanos. A crença de que qualquer toque em um humano poderia destruir o mundo deles vem de instintos passados. Por isso eles assustam humanos para armazenar energia até descobrirem que risos são mais eficiente por ser naturalmente mais positiva.

Outra explicação levantada por alguns: as máquinas e os monstros criaram as portas de viagem no tempo, mas perceberam que mexer com o passado poderia mudar a história e até apagar suas existências. Daí elas inventaram a teoria de que humanos são tóxicos e de outra dimensão, tornando mortal qualquer interação com o próprio mundo.

Até vemos uma conexão entre Vida de Inseto e Monstros S.A. Há um trailer presente nos dois filmes. Como você pode ver, o trailer é exatamente o mesmo.


Olha a foto acima. Na esquerda está o trailer de Vida de Inseto e na direita o de Monstros S.A. O da esquerdar parece velho e destruído. Até a vegetação é claramente mais seca e escassa. O trailer da direita tem humanos e está cercado por grama alta e árvores.

Daí Monstros S.A. é o filme da Pixar ambientado em um futuro mais distante. No final, humanos, animais e máquinas se entenderam e finalmente encontraram uma forma de viver em harmonia.


Enfim, temos a Boo, que é o link entre a época de todos os filmes. O que você acha que aconteceu com ela? Ela viu tudo acontecer em um futuro distante da Terra na qual o ‘gatinho’ era capaz de falar. Ela ficou obcecada em descobrir o que aconteceu com seu amigo Sully, quando ela cresceu e ele parou de aparecer pra ela. E o motivo de animais não serem tão espertos quanto aqueles que ela conheceu no futuro.

Ela lembrava que eram as portas que a levavam ao Sully e acaba virando…


Sim, Boo é a bruxa de Brave. Ela descobre como viajar no tempo para encontrar Sully, e vai à fonte. As chamas de fogo-fátuo. Ali começou tudo e, como uma bruxa, ela desenvolve essa mágica como um esforço para encontrar o Sully usando portas que voltam e avançam no tempo.

Só para esclarecer: a teoria é que a Boo descobriu sozinha como usar as portas para viajar no tempo. Ela provavelmente foi para a Idade Média para pegar mais mágica das chamas.

Como sabemos disso? Em Valente dá pra ver rapidamente um desenho na casa da bruxa. É o Sully.


Vemos até o caminhão da Pizza Planet em uma escultura de madeira da bruxa, e isso só faz sentido se ela já tiver visto um… (e tenho certeza que viu, pois o caminhão está presente em todos os filmes da Pixar).


Você lembra da Merida abrindo as portas e a bruxa constantemente desaparecendo? Elas são feitas da mesma forma das portas de Monstros S.A. Elas transportam pelo tempo e esse é o motivo da Merida não encontrar a bruxa.

Os filmes da Pixar tem muitos Easter Eggs. Citei poucos deles, mas uma boa teoria sugere que eles foram inseridos pela Boo, seja propositalmente ou não, em sua busca por Sully. Algo que reforça essa crença é o fato de todos os Easter Eggs de Valente estarem na casa dela.

No final das contas, o amor dela pelo Sully é o cerne do universo Pixar. O amor de pessoas diferentes, com idades diferentes e até de espécies diferentes tentando encontrar formas de viver na Terra sem destruí-la.

E essa é a Teoria Pixar.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Curtas legais

Esses dias eu estava em casa sem fazer nada e comecei a assistir vários curtas de animação. Então compartilho aqui com vocês os que eu achei mais legais =)















Deixei os meus preferidos pro final.



terça-feira, 1 de abril de 2014

Adeus, Kombi

Quando eu viajei para a Alemanha, o Max me perguntou se era verdade que a Kombi (Volkswagen Van) ainda era fabricada no Brasil. E ele achou legal, porque lá fora ela é vista como um carro super emblemático e tudo mais.

"Se você é um ser humano e vive nesse planeta, com certeza a gente já se cruzou por aí"


A Kombi é um utilitário que vem sendo fabricado no Brasil pela Volkswagen desde 1956 e é considerada a precursora das vans de passageiros e carga.

E agora, aqui no Brasil, ela está saindo de linha e deixará de ser fabricada. As que estão nas fábricas nesse momento são as últimas que irão às lojas. Então, a Volkswagen do Brasil decidiu fazer um video de despedida.



Ela é construída em monobloco (sem chassi). Tem a característica (e curiosa) posição do motorista sentado em cima do eixo dianteiro e a coluna de direção praticamente vertical, o que a torna um veículo simples e com baixo custo de manutenção.


Seu motor também é um caso a parte: durante 50 anos no Brasil foi o tradicional "boxer" refrigerado a ar, simples e muito resistente. Esta durabilidade geralmente superava muito a do resto do carro, sendo comum nas ruas brasileiras ver carros caindo aos pedaços, mas com o motor rodando perfeitamente.


Van Life - Home is where you park it

Pesquisando fotos de kombis pra este post, eu me deparei com alguns blogs sobre fãs e viagens de kombi e vans em geral... Entre essas fotos eu encontrei mais um video muito daora sobre a kombi:



E agora meu próximo sonho de consumo é uma kombi!! =D