Entenda o Marco Civil da Internet, que, após três anos em tramitação, foi aprovado no dia 25 de março de 2014 na Câmara dos Deputados.
Privacidade x Vigilância
Uma das maiores falácias sobre o Marco Civil da Internet é que ele vai acabar com a sua privacidade. Mas na verdade toda a nossa navegação já é vigiada e armazenada. Quantas vezes você entrou no facebook ou qualquer outro site e viu nas propagandas um produto que você estava procurando há poucos minutos. Isso não é mágica.
Os emails que você troca, as buscas que você faz e o links que você curte entram para um enorme banco de dados que faz cruzamentos infindáveis e vai lhe oferecer produtos de acordo com a sua “necessidade”.
A proposta aprovada na Câmara chama isso de marketing dirigido e proíbe as empresas de monitorar as informações trocadas por usuários e usar para este fim.
Há quem diga que seus dados serão controlados pelo Governo, isso também é uma inverdade. O texto obriga os provedores de conexão a guardar dados de acesso do usuário por até um ano em ambiente controlado. Mas o que é ambiente controlado? Explico. É um ambiente seguro onde ninguém terá acesso, nem mesmo o Governo, apenas a justiça. Esses registros permitem identificar a pessoa por trás do monitor, que pode estar incorrendo em práticas ilícitas na rede. Os provedores de aplicações (serviços de e-mail, redes sociais, youtube etc.) são obrigados a guardar os registros de seus usuários pelo período de 6 meses. Muitos são contra isso, e dizem que essas medidas são para o Governo vigiar o comportamento das pessoas na rede. Mas na verdade essas são medidas de segurança. Se alguém desaparece, ter acesso aos seus e-mails e conversas de bate-papo pode trazer pistas valiosas sobre seu paradeiro.
Outra informação importante, não há obrigação de guardar dados no Brasil.
Neutralidade da rede x Interesse das teles
As empresas de telefonia, que detém a estrutura que possibilita a conexão à internet (e que não cobra barato por isso), são contra a neutralidade da rede, pois esse conceito vai de encontro com as suas pretensões comerciais.
As teles querem ter o poder de fazer com a internet a mesma coisa que fazem com os celulares, cobrar uma determinada franquia, mas só permitir o uso como eles determinam. Para ligar para outras operadoras, mandar mensagem etc, temos que pagar a mais.
É importante destacar que a garantia da neutralidade não vai trazer maior qualidade da conexão, mas vai garantir que uma pessoa use o serviço recebido para navegar da forma que desejar.
A intenção das teles é entregar 10 mega para acessar sites e e-mails e entregar 3 mega para assistir a vídeos e usar o Skype. Só quem pagar uma taxa extra terá direito aos mesmos 10 mega. E é bom lembrar que o Skype e outros serviços de VoIP (voz sobre IP) são concorrentes diretos dos serviços de telefonia.
Liberdade de expressão x Censura
Circulam boatos que o Marco Civil da Internet promove censura e controle aos usuários da internet. Isso não é verdade.
A respeito da censura, o Marco Civil traz exatamente o contrário. O artigo 19 do projeto aprovado pela Câmara dos Deputados na última terça-feira garante que um conteúdo (texto, vídeo, aúdio, imagem, ou qualquer outro) só será retirado do ar por ordem judicial. Hoje, se você posta uma denúncia, legítima, sobre o governador ou um prefeito, imediatamente um advogado liga para o responsável pelo site ou provedor e o ameaça com uma ação na justiça. Temendo um possível desgaste judicial, o conteúdo é retirado.
O Marco Civil acaba com esse tipo de prática, e caso se trate de mera difamação, o juiz determinará que o provedor ou responsável pelo site retire o conteúdo ofensivo, sob pena de responder civilmente pelo dano gerado.
“Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de Internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.”
Fonte: Romario
sexta-feira, 28 de março de 2014
segunda-feira, 24 de março de 2014
Fate RPG
Outro dia, nós, da turma do RPG, começamos uma aventura com um novo sistema, chamado Fate. A proposta desse sistema é se adaptar com facilidade a qualquer universo. Humanos, monstros, alienígenas, Idade Média, Faroeste, Egito Antigo, Futuro Distópico, qualquer coisa que sua imaginação deixar.
Portanto a ficha de personagem não tem uma categoria pra raça, uma pra classe e uma para habilidades com limitações numéricas. As características do personagem são definidas por cinco aspectos, que depois poderão ser usados a seu favor, ou contra você.
O primeiro aspecto é o "Conceito Principal". Que seria a descrição do seu personagem em pouquíssimas palavras. Por exemplo, um cowboy aposentado, um meio-dragão caçador de recompensas, um caçador de orcs, um robô hacker, um escravo fugitivo...
O segundo aspecto é o "Trouble" (problema). Este deve ser um aspecto que seja, quase sempre, ruim para o personagem. Algum tipo de fobia, fúria incontrolável a provocações, alcoólatra, fraqueza contra algum tipo de ataque, coisas assim.
Os outros três aspectos vêm da história do personagem. Os jogadores inventam uma história para seu personagem. No caso de um escravo fugitivo, por exemplo, ele pode ter matado seus antigos donos e por isso é procurado pela polícia. "Procurado pela polícia" poderia ser um aspecto. Ou um caçador de recompensas pode ter tido uma missão em que ele recebeu algum tipo de maldição, de trauma, de fama... Como eu já disse, são muitas as possibilidades.
Criados os personagens, deve-se criar o mundo em que vai se passar a aventura. Essa é uma etapa que o mestre e o jogadores fazem juntos. Não só a época e localização, mas também os problemas pelos quais ele estará passando e os NPCs (personagens não jogáveis). Devem ser dois problemas, e eles podem ser um problema recorrente ou um problema iminente. Um problema recorrente é algo corriqueiro. A cidade pode estar sofrendo ataques constantes de gangues, ou mortes misteriosas estão acontecendo. E um problema iminente é algo grande que está por vir, como um exército inimigo se aproximando, ou a lua caindo na Terra. Os NPCs podem ser o dono da taverna que ajuda vocês, o prefeito da cidade que é um alienígena disfarçado etc.
Criados os personagens e o mundo, começa a aventura. E aí que está a grande diferença do Fate. Você usa pouquíssimo o dado e apenas dados de 6 face. E as ações são definidas muito mais pelos aspectos do personagem do que pela sorte. Além disso, não precisa ficar fazendo um monte de conta chata. Você joga 4 dados, cujos valores podem ser -1, 0 ou +1 e junta com suas habilidades. E o oponente joga 4 dados pra fazer a defesa. O número maior vence. Simples assim.
Fate em inglês é destino. Todos os jogadores começam com três pontos de destino, que podem ser feijões, pecinhas de War etc. E você pode mudar o destino do seu personagem usando seus aspectos. Por exemplo, você vai atirar em um inimigo e joga os dados. Se você errar, você pode usar seu aspecto e falar, por exemplo, "Meu personagem é um atirador de elite, ele não teria errado esse tiro", ou "Meu personagem é um caçador de monstros, é óbvio que ele sabe reconhecer essa pegada."
Se você usar um aspecto a seu favor, entrega um ponto de destino ao mestre. Mas você também pode usar os aspectos contra o personagem. Por exemplo, se sua equipe por algum motivo ficar exposta em um lugar público, e seu personagem for procurado pela polícia, vocês vão arrumar altas confusões. Ou então o personagem tem algum trauma ou maldição que o impede de realizar uma missão. Então, nesses casos, você ganha um ponto de destino.
Fora isso, o jogo é um RPG como qualquer outro, com mestre e jogadores. Mas a gama muito maior de possibilidades faz dele uma experiência diferente de qualquer outro sistema.
Criados os personagens e o mundo, começa a aventura. E aí que está a grande diferença do Fate. Você usa pouquíssimo o dado e apenas dados de 6 face. E as ações são definidas muito mais pelos aspectos do personagem do que pela sorte. Além disso, não precisa ficar fazendo um monte de conta chata. Você joga 4 dados, cujos valores podem ser -1, 0 ou +1 e junta com suas habilidades. E o oponente joga 4 dados pra fazer a defesa. O número maior vence. Simples assim.
Fate em inglês é destino. Todos os jogadores começam com três pontos de destino, que podem ser feijões, pecinhas de War etc. E você pode mudar o destino do seu personagem usando seus aspectos. Por exemplo, você vai atirar em um inimigo e joga os dados. Se você errar, você pode usar seu aspecto e falar, por exemplo, "Meu personagem é um atirador de elite, ele não teria errado esse tiro", ou "Meu personagem é um caçador de monstros, é óbvio que ele sabe reconhecer essa pegada."
Se você usar um aspecto a seu favor, entrega um ponto de destino ao mestre. Mas você também pode usar os aspectos contra o personagem. Por exemplo, se sua equipe por algum motivo ficar exposta em um lugar público, e seu personagem for procurado pela polícia, vocês vão arrumar altas confusões. Ou então o personagem tem algum trauma ou maldição que o impede de realizar uma missão. Então, nesses casos, você ganha um ponto de destino.
Fora isso, o jogo é um RPG como qualquer outro, com mestre e jogadores. Mas a gama muito maior de possibilidades faz dele uma experiência diferente de qualquer outro sistema.
segunda-feira, 17 de março de 2014
Cyberpunk
Eu já expliquei aqui o que é steampunk. Mas existe um outro subgênero muito interessante da ficção científica, chamado cyberpunk.
Conhecido pelos mundos futuristas de "Alta tecnologia e baixo nível de vida" ("High tech, Low life"), como em Blade Runner, seu nome vem da combinação de cibernética e punk (punk no sentido de transgressão, e não do estilo musical).
Como exemplos de ficção cyberpunk, temos o livro Neuromancer, os filmes Blade Runner e Matrix, o anime Ghost in the Shell e muitos outros.
De acordo com Lawrence Person: "Os personagens do cyberpunk clássico são seres marginalizados, distanciados, solitários, que vivem à margem da sociedade, geralmente em futuros distópicos onde a vida diária é impactada pela rápida mudança tecnológica, uma atmosfera de informação computadorizada ambígua e a modificação invasiva do corpo humano."
Os personagens podem ser seres humanos hackers, ou até mesmo ciborgues e replicantes. E, claro, próteses styles são bem-vindas.
O mundo cyberpunk é um lugar sinistro, sombrio, caótico, geralmente uma distopia que mescla ciência avançada de informação e cibernética. Com computadores ligados em rede que dominam todos os aspectos da vida cotidiana, empresas multinacionais gigantes substituíram o Estado como centros de poder. E a aventura dos personagens cyberpunk quase sempre é contra essas grandes instituições e muitos dos conflitos acontecem virtualmente, no cyberespaço.
Conhecido pelos mundos futuristas de "Alta tecnologia e baixo nível de vida" ("High tech, Low life"), como em Blade Runner, seu nome vem da combinação de cibernética e punk (punk no sentido de transgressão, e não do estilo musical).
De acordo com Lawrence Person: "Os personagens do cyberpunk clássico são seres marginalizados, distanciados, solitários, que vivem à margem da sociedade, geralmente em futuros distópicos onde a vida diária é impactada pela rápida mudança tecnológica, uma atmosfera de informação computadorizada ambígua e a modificação invasiva do corpo humano."
Os personagens podem ser seres humanos hackers, ou até mesmo ciborgues e replicantes. E, claro, próteses styles são bem-vindas.
O mundo cyberpunk é um lugar sinistro, sombrio, caótico, geralmente uma distopia que mescla ciência avançada de informação e cibernética. Com computadores ligados em rede que dominam todos os aspectos da vida cotidiana, empresas multinacionais gigantes substituíram o Estado como centros de poder. E a aventura dos personagens cyberpunk quase sempre é contra essas grandes instituições e muitos dos conflitos acontecem virtualmente, no cyberespaço.
segunda-feira, 10 de março de 2014
Arrow to the Knee
No jogo Skyrim, você encontra alguns guardas de cidades que dizem "Eu costumava ser um aventureiro, como você. Mas tomei uma flechada no joelho".
Mas muitos não sabem o que isso quer dizer. Essa é uma expressão antiga e não quer dizer que ele tomou uma flechada literal e se aposentou por invalidez. Pare pra pensar, o que aconteceria com alguém que tomasse uma flechada no joelho? Iria cair de joelhos.
Essa expressão significa que ele se ajoelhou diante de uma mulher e se casou. E agora ele não pode mais ser um aventureiro porque precisou arrumar um emprego estável pra sustentar a família.
Mas muitos não sabem o que isso quer dizer. Essa é uma expressão antiga e não quer dizer que ele tomou uma flechada literal e se aposentou por invalidez. Pare pra pensar, o que aconteceria com alguém que tomasse uma flechada no joelho? Iria cair de joelhos.
Essa expressão significa que ele se ajoelhou diante de uma mulher e se casou. E agora ele não pode mais ser um aventureiro porque precisou arrumar um emprego estável pra sustentar a família.
quinta-feira, 6 de março de 2014
Carnaval 2014 - Trindade
Desde o começo de fevereiro eu estava pensando em um lugar pra ir passar o Carnaval. Diferentemente dos meus últimos 23 Carnavais, dessa vez eu queria passar em algum lugar bem brasileiro, com bloco de rua e tals, tipo Salvador ou Rio de Janeiro. Então entre essas pensanças, na última hora o Lucas veio com a proposta: "Vcs não topariam ir pra Trindade?". Eu falei com o Alê e nós resolvemos que iríamos pra lá ao invés do Rio.
Então na sexta-feira pré Carnaval - que foi quando eu fiquei sabendo que poderia viajar - eu saí do trabalho às 22:00, fui pra casa fazer a mala, colocar umas músicas de estrada no pendrive (lê-se Creedende e Lynyrd Skynyrd) e buscar o carro. Eu dormi na casa do Alê e às 6:00 da manhã nós fomos nos encontrar com o Lucas e as meninas. Layla, Nicole, Leticia e Livia. Estávamos em dois carros. Um cos hómi, e um cas muié. Pegamos a estrada umas 7:30.
No caminho, mais precisamente no começo da Rodovia Oswaldo Cruz, que é muito íngreme e com curvas muito fechadas, paramos para esticar as pernas e tomar um café. Logo depois, eu percebi que o freio do carro tava meio estranho. Então fui vendo que ele foi ficando muito ruim e comecei a sentir cheiro de queimado. Então falei "Mano, tem alguma coisa errada!" e parei na primeira baia de emergência. O carro quase não parou e eu tive que usar o freio de mão e todas as minhas habilidades automobilísticas (que, modéstia a parte, são muito boas).
Assim que paramos, eu vi que estava saindo fumaça das rodas da frente e percebi que tinha superaquecido o freio, então abri o capô pra ventilar. Aí uma moto encostou, com o garupa segurando uma maleta escrito "SOS Freios". Aí o cara explicou que eles ficam o dia inteiro rodando de moto ali porque sempre tem algum carro dando problema no freio. Aí eles arrumam e cobram uma graninha. Simples e genial.
Chegamos em Paraty umas 13:00, onde nós almoçamos, ficamos passeando e nos encontramos com uma amiga da Layla, que deu umas dicas de dias em que haveria blocos legais na rua e tals.
Pegamos outra estradinha lazarenta até Trindade, onde chegamos por volta das 15:30. Montamos as barracas e fomos passear pra conhecer a "cidade". Pra que vocês entendam, Trindade é um bairro de Paraty, mas que fica a uns 20 Kms de distância do resto da cidade. Então acaba sendo uma mini cidade, com uma rua principal e umas 10 travessas. Lá nós conhecemos a Agatha, uma amiga da Livia que mora lá e que tem uma loja.
Ficamos na praia no fim da tarde / começo da noite e quando foi dando fome, voltamos pro camping pra tomar banho e nos preparar pra jantar. Comemos num lugar que fazia uns hamburgão daora. Demorou bastante, mas tava muito bão. À noite teve bloco de Carnaval na rua e depois showzinho na frente da loja da Agatha. Eu e a Layla fomos dormir cedo porque estávamos mortos de cansaço. Mais tarde, quando o Alê e o Lucas chegaram, nós percebemos que uma barraca para 2 pessoas não comportaria três homens. Então eu e o Lucas fomos dormir no carro.
No dia seguinte, os dois grupos ficaram separados. Eu, o Alê e o Lucas acordamos umas 11:00, fomos tomar café da manhã na lanchonete da esquina e então fomos até a Piscina Natural do Cachadaço. No caminho passamos várias trilhas e praias, o que incluiu uma parada pra tomar água e comer uma porçãozinha muito boa (e cara) de batata frita. E também uma praia de nudismo, a Praia das Figueiras, que só tinha uma figueira (if you know what I mean).
Então voltamos, almoçamos/lanchamos um misto quente e nos encontramos com as meninas pra sair à noite de novo pra encher a cara. Fomos num bar na praia onde estava rolando uma banda ao vivo tocando covers de Mamonas Assassinas, Charlie Brown Jr. e umas coisera daoras. Quando eles terminaram, começou a tocar funk. Eu saí na hora e corri pro bar do lado, o Bar 100 Sono no Meio do Mundo, onde tava tocando Led Zeppelin. Foi uma mudança tão brusca que eu até fiquei meio atordoado e confuso (entendedores entenderão).
Depois de mais ou menos uma hora sozinho, curtindo Led, Iron, Queen e Metallica, e conversando com o cara bêbado do meu lado, achei melhor voltar, afinal eu tinha simplesmente sumido do outro bar sem avisar ninguém. Já eram quase 4:00 da manhã, então quando nos encontramos resolvemos ir dormir.
Na segunda feira conseguimos convencer a Layla e a Nicole a ir na Praia das Figueiras. Chegando lá nós três tiramos o calção e a cueca, mas elas não quiseram tirar nada, então nós colocamos a roupa de volta. Depois foram chegando mais pessoas, porque a Piscina do Cachadaço estava muito cheia, mas como nós não estávamos pelados, ninguém mais ficou. O que foi uma pena, porque tinha cada pitelzinho...
Lá nós conversamos e achamos que seria melhor voltar na segunda à noite do que terça de manhã. Mas tínhamos que sair logo, porque pegar aquela estradinha de Trindade depois que escurecesse não ia ser nada legal. Mas a Nicole, a Leticia e a Livia preferiram ficar e se virar pra voltar depois, então na volta estávamos apenas eu, o Alê, o Lucas e a Layla.
Paramos em Paraty pra comer e tirar dinheiro, mas o único caixa 24 Horas da cidade não estava operando com saques. Então procuramos um lugar que aceitasse cartão pra comer uma pizza e depois gastamos nossos últimos trocados comendo um açaí.
Pegamos a estrada umas 20:00. E chegamos em casa mais ou menos à 1:00 depois de rodar mais de 300 Kms.
Então na sexta-feira pré Carnaval - que foi quando eu fiquei sabendo que poderia viajar - eu saí do trabalho às 22:00, fui pra casa fazer a mala, colocar umas músicas de estrada no pendrive (lê-se Creedende e Lynyrd Skynyrd) e buscar o carro. Eu dormi na casa do Alê e às 6:00 da manhã nós fomos nos encontrar com o Lucas e as meninas. Layla, Nicole, Leticia e Livia. Estávamos em dois carros. Um cos hómi, e um cas muié. Pegamos a estrada umas 7:30.
No caminho, mais precisamente no começo da Rodovia Oswaldo Cruz, que é muito íngreme e com curvas muito fechadas, paramos para esticar as pernas e tomar um café. Logo depois, eu percebi que o freio do carro tava meio estranho. Então fui vendo que ele foi ficando muito ruim e comecei a sentir cheiro de queimado. Então falei "Mano, tem alguma coisa errada!" e parei na primeira baia de emergência. O carro quase não parou e eu tive que usar o freio de mão e todas as minhas habilidades automobilísticas (que, modéstia a parte, são muito boas).
Chegamos em Paraty umas 13:00, onde nós almoçamos, ficamos passeando e nos encontramos com uma amiga da Layla, que deu umas dicas de dias em que haveria blocos legais na rua e tals.
Pegamos outra estradinha lazarenta até Trindade, onde chegamos por volta das 15:30. Montamos as barracas e fomos passear pra conhecer a "cidade". Pra que vocês entendam, Trindade é um bairro de Paraty, mas que fica a uns 20 Kms de distância do resto da cidade. Então acaba sendo uma mini cidade, com uma rua principal e umas 10 travessas. Lá nós conhecemos a Agatha, uma amiga da Livia que mora lá e que tem uma loja.
Ficamos na praia no fim da tarde / começo da noite e quando foi dando fome, voltamos pro camping pra tomar banho e nos preparar pra jantar. Comemos num lugar que fazia uns hamburgão daora. Demorou bastante, mas tava muito bão. À noite teve bloco de Carnaval na rua e depois showzinho na frente da loja da Agatha. Eu e a Layla fomos dormir cedo porque estávamos mortos de cansaço. Mais tarde, quando o Alê e o Lucas chegaram, nós percebemos que uma barraca para 2 pessoas não comportaria três homens. Então eu e o Lucas fomos dormir no carro.
No dia seguinte, os dois grupos ficaram separados. Eu, o Alê e o Lucas acordamos umas 11:00, fomos tomar café da manhã na lanchonete da esquina e então fomos até a Piscina Natural do Cachadaço. No caminho passamos várias trilhas e praias, o que incluiu uma parada pra tomar água e comer uma porçãozinha muito boa (e cara) de batata frita. E também uma praia de nudismo, a Praia das Figueiras, que só tinha uma figueira (if you know what I mean).
Então voltamos, almoçamos/lanchamos um misto quente e nos encontramos com as meninas pra sair à noite de novo pra encher a cara. Fomos num bar na praia onde estava rolando uma banda ao vivo tocando covers de Mamonas Assassinas, Charlie Brown Jr. e umas coisera daoras. Quando eles terminaram, começou a tocar funk. Eu saí na hora e corri pro bar do lado, o Bar 100 Sono no Meio do Mundo, onde tava tocando Led Zeppelin. Foi uma mudança tão brusca que eu até fiquei meio atordoado e confuso (entendedores entenderão).
Depois de mais ou menos uma hora sozinho, curtindo Led, Iron, Queen e Metallica, e conversando com o cara bêbado do meu lado, achei melhor voltar, afinal eu tinha simplesmente sumido do outro bar sem avisar ninguém. Já eram quase 4:00 da manhã, então quando nos encontramos resolvemos ir dormir.
Na segunda feira conseguimos convencer a Layla e a Nicole a ir na Praia das Figueiras. Chegando lá nós três tiramos o calção e a cueca, mas elas não quiseram tirar nada, então nós colocamos a roupa de volta. Depois foram chegando mais pessoas, porque a Piscina do Cachadaço estava muito cheia, mas como nós não estávamos pelados, ninguém mais ficou. O que foi uma pena, porque tinha cada pitelzinho...
Lá nós conversamos e achamos que seria melhor voltar na segunda à noite do que terça de manhã. Mas tínhamos que sair logo, porque pegar aquela estradinha de Trindade depois que escurecesse não ia ser nada legal. Mas a Nicole, a Leticia e a Livia preferiram ficar e se virar pra voltar depois, então na volta estávamos apenas eu, o Alê, o Lucas e a Layla.
Paramos em Paraty pra comer e tirar dinheiro, mas o único caixa 24 Horas da cidade não estava operando com saques. Então procuramos um lugar que aceitasse cartão pra comer uma pizza e depois gastamos nossos últimos trocados comendo um açaí.
Pegamos a estrada umas 20:00. E chegamos em casa mais ou menos à 1:00 depois de rodar mais de 300 Kms.
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