Comecei a passar mal e ficar com falta de ar... fomos então eu e Agnes a um pronto socorro que tem perto de casa e dava pra ir a pé. Fiz inalação e quando voltamos eu já estava ruim de novo, praticamente igual a hora q saímos.
Domingo
Passei o dia na cama torcendo para melhorar meu quadro e torcendo pra voltar a ter transporte na cidade, pois passávamos pela já famosa Grande Greve Geral dos Caminhoneiros do Brasil. E o carro já estava sem gasolina.
Segunda-feira (28/05) - manhã
Descobri que nenhuma das exigências do sindicato do destino haviam sido cumpridas e eu não teria como ir ao trabalho. O que ia ser uma merda, pois eu tinha uns corre pra fazer. Mas o que dava eu consegui resolver por telefone com o Rafa.
Segunda-feira (28/05) - tarde
Eu comecei a achar que o "resfriado forte" que eu estava tendo não era só isso, então falei com meu pai e ele pediu um Uber pra levar eu e a Agnes ao hospital onde tenho convênio.
Chegando no pronto socorro, fiz raio-X, exame de sangue e tomei 4 remédios (2 por inalação e 2 na veia). Era pra ter resolvido, mas só melhorou uns 5%.
O médico disse pra tomar mais uma dose do remédio de inalação, mas que se não melhorasse, eu precisaria ficar internado.
O raio-X já havia revelado uma inflamação nos brônquios, mas depois fiz uma tomografia pra ter imagens mais detalhadas e foi detectada uma infecção também nessa mesma região dos pulmões. Mas ainda não sabiam se era viral (gripe H1N1) ou bacteriana (pneumonia). Ou as duas coisas juntas.
A Linão foi dormir na nossa casa pra poder cuidar dos bichos. Só conseguimos subir pro quarto umas 22h30
Previsão de alta: Terça-feira
Ainda com suspeita de H1N1, foi colocado um aviso na porta do nosso quarto falando pra ninguém entrar sem máscara.
De manhã minha mãe nos visitou e nos agraciou levando pão e manteiga, umas roupas limpas e escova de dente. Perto da hora do almoço, a Agnes deu uma saidinha pra comprar uma marmita pra ela, e precisou ir com máscara, o que, somado à sobrancelha e cabelo raspados, deu uma aparência de alguém muito doente.
À tarde a nutricionista passou e perguntou o que eu estava achando das refeições. Se eu tinha alguma restrição. Eu falei que não tem restrição nenhuma, mas que poderia mandar mais comida. Huehuehuhue.
O resto do dia foi preenchido com Facebook e Twitter no celular, e desenhos animados e filmes na TV do quarto, eventualmente interrompidos para sessões de inalação, soro e mais exame de sangue. Mas pelo menos consegui umas folhas e uma caneta pra ficar desenhando, e fizemos desafios de desenho um para o outro: desenhar com a mão esquerda, com os pés, sem olhar, etc... ficamos acordados vendo filme (Hora do Rush 2, Anabelle e Eu Sou a Lenda) até umas 4h da manhã.
Previsão de alta: Quarta-feira
Quarta-feira (30/05)
De manhã soubemos que o teste pra H1N1 deu negativo, o que deu um certo alívio. Minha mãe fez outra visita de manhã, em que contou dos passeios turísticos que ela tem feito pela cidade de São Paulo.
A Dona Roots foi dormir na nossa casa para poder cuidar dos bichos e disse que a Dogga estava inquieta e ansiosa. À noite estávamos vendo um programa de TV chamado "Fugidos do Caos" que acompanhava a vida de pessoas que abandonaram a vida na cidade para viver em isolamento ou comunidades alternativas, construindo as próprias casas e colhendo os próprios recursos para sobrevivência. Ficamos inspirado e começamos a pensar em como seria nossa casa dos sonhos ideal. Sem restrições de orçamento e localização. Mas tentando manter um nível de realidade. E lembrando que precisa ser perto de hospitais e farmácias (afinal eu estou escrevendo sobre o que né).
Conforme a ideia ia crescendo, fomos percebendo que para ter umas galinhas, uns patos, uma vaquinha, uma hortinha, uns pés de cana, uns pés de milho, etc, precisaríamos de uma fazenda, e não só de uma casa! Huahuahua! Mas de qualquer maneira, a ideia desde o começo é comprar um terreno, e ir construindo a casa aos poucos. Assistimos "A Hora do Rush 2" e "Anabelle" e só conseguimos dormir umas 4h da manhã.
Quinta-feira (31/05)
De manhã meu pai foi nos visitar depois da hemo. Mas todos nós ficamos de máscara o tempo todo pra ter o menor risco de contaminação possível, mesmo tendo dado negativo no teste de H1N1, pois poderia ser um falso negativo.
À noite, a Agnes conseguiu dormir cedo, logo depois de assistirmos Hora do Rush 3. E eu fiquei me revirando na cama, zapeando os canais da TV e tretando política no Facebook e Twitter, pesquisando técnicas e referências de casas de cob. Quando percebi, já era sexta de manhã e a enfermeira já estava trazendo os remédios das 6h da manhã.
Previsão de alta: sexta-feira.
Sexta-feira (01/06)
Depois de quatro dias confinado, medindo a saturação de oxigenação do pulmão, frequência cardíaca, pressão e temperatura, finalmente estava bom o suficiente para receber alta! Mas ainda assim, com 7 (sete!!) remédios para continuar tomando em casa por uma semana
Mas todo esse confinamento e isolamento foi totalmente suportável graças ao amorzinho da minha vida Tchuca linda maravilouser Agninha!!! ♥
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