terça-feira, 23 de agosto de 2016

Tempo pra dar um Tempinho

Eu já estou há quase 5 meses morando em Campinas. Indo para São Paulo apenas para a casa dos meus pais mais ou menos uma ou duas vezes por mês.

Recentemente fui pra São Paulo para encontrar com uns amigos e depois ir para a casa dos meus pais. Quando a gente chegou, eles disseram que já estavam descendo, pra que a gente não perdesse nem um minuto esperando. Não nos chamaram pra subir, pra tomar um cafezinho, comer um bolo, conhecer o apartamento novo, sendo que somos amigos há vários anos. Eu não fiquei chateado, ofendido, nem nada, só achei estranho. Afinal, gente não estava com pressa e não tinha nenhum compromisso com horário.


Pensei um pouco sobre isso, e conversei com a Agnes, então percebi como foi bom sair de São Paulo. Aqui em Campinas, os trajetos de carro demoram, entre 5 e 20 minutos. Atravessar a cidade de uma ponta à outra às 18h com trânsito não demora mais do que 1h.

Enquanto em São Paulo, a não ser que você já more perto do destino, qualquer programação que vá ser feita exige pelo menos 30 ou 40 minutos de trajeto para ir e 30, 40 min para voltar. E às vezes é mais fácil arredondar pra uma hora, pra garantir.

Aí eu estava pensando em situações práticas. Imaginem a seguinte situação: Acordar às 8h00 para algum compromisso às 11h00. E está combinado que no meio do caminho tem que passar na casa de alguém para dar carona.

Em São Paulo, você vai acordar às 8h, tomar banho correndo, se arrumar correndo, comer correndo, pra poder sair de casa às 8h30, para poder passar na casa da pessoa às 9h30, pra ela sair correndo e vocês, com sorte, chegarem no lugar umas 10h30.

Em Campinas, você vai acordar às 8h00, tomar banho com calma, se arrumar com calma, comer com calma (preparando um café e um pão na chapa supimpas), sair de casa às 9h30, chegar na casa da pessoa às 9h45, entrar, tomar mais um cafezinho, ou um suco, comer um bolo, sair às 10h15 e chegar no lugar tranquilamente às 10h30.

É óbvio que essas proporções e horários podem mudar, mas basicamente é isso. Em cidades menores, a diferença é ainda maior. Mas por enquanto, Campinas está de bom tamanho. Até porque, sair de São Paulo, para um lugar onde todos os comércios fecham às 18h00, e só tem um mercado 24h não foi muito fácil! Mas em troca da tranquilidade, economia de tempo e gasolina, dá pra se acostumar!


E no fim, essa história me fez lembrar da Dona Elza, que nunca conheci pessoalmente, mas tenho saudades e considero pacas.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Cinco Meses sem Postar

Já faz cinco meses que não escrevo aqui no blog. As últimas publicações foram feitas quase que por obrigação, então acabei percebendo que a curtição tinha se tornado obrigação. Além disso, eu fui percebendo que quase ninguém mais acompanhava minhas publicações, então achei melhor parar de escrever, mas sabendo que a hora que desse vontade, eu poderia voltar e escrever alguma coisa.

Muita coisa mudou nos últimos meses. Na verdade, nos últimos dois anos, minha vida mudou completamente.

No dia 30 de setembro de 2014, eu comecei a namorar com a Agnes, que, eu posso afirmar com toda a certeza, é o amor da minha vida. Nós já estamos morando juntos desde fevereiro de 2015, quando eu fui morar com ela em Osasco. E em abril deste ano, nós nos mudamos para Campinas.

"Puxa vida, Marcelão! Que mudança mutcho loka! Por que isso??"

Eu estava cansado do trabalho na produtora, não via perspectiva de crescimento pra mim lá dentro. Conversei com o Amiky e nós combinamos que eu ia ver o que queria fazer. Foi uma conversa ótima, totalmente sincera. No dia seguinte ele foi viajar e ficou uma semana fora gravando. Durante esse tempo, eu mandei mais de 300 currículos. Sério. E eu estava querendo mudar de área, então além de produtoras de vídeo, mandei para cervejarias. Além disso, o aluguel da casa estava no último mês e a Agnes estava sem emprego fixo. Então esses mais de 300 currículos foram para produtoras de vídeo e cervejarias em diversos lugares, como Ribeirão Preto, Curitiba, Florianópolis, Santos, Canadá, Bélgica, Holanda, Irlanda, Inglaterra, Portugal, Espanha, França, Alemanha, Noruega, alguns lugares assim....

No meio da procura, encontrei um anúncio no facebook de uma loja de cervejas especiais que ia abrir em Campinas (cujo nome eu não vou mencionar, pois nunca mais quero ver a cara dos donos de lá).

Então, no dia que o Amiky voltaria (uma quarta-feira), me ligaram de manhã marcando a entrevista para sexta de manhã. À tarde, eu chamei ele pra conversar, e disse que sexta de manhã iria para a entrevista, e dependendo de como fossem as coisas, já iria passar o dia todo lá procurando casa. Na segunda-feira, ele perguntou como foi a entrevista e eu falei "To drento!"

Meu último dia na produtora foi 18 de março. Durante o resto do mês, eu fui para a loja em Campinas mais duas vezes, comecei a trabalhar de casa, fazendo pedidos de cerveja para encher as prateleiras.

No dia 2, fizemos nossa mudança para a nova casa. Uma casinha menor do que a de Osasco, mas muito mais aconchegante e com o quintal muito maior e melhor para a Dogga. No dia 10 de abril, recebi meu salário inteiro, mesmo tendo trabalhado só metade do mês. Depois, até liguei pro Amiky pra agradecer.

Depois de ter mudado de cidade, deixado família e amigos para trás, mudado completamente de área profissional, me arriscar, sacrificar finais de semana (pq bar não pode ficar fechado no fds), me dedicado completamente ao trabalho, fui demitido no dia 7 de junho. Dá pra entender pq eu não quero ver aqueles caras nem pintados de ouro, né?

Mas a vida continua... Depois de uma semana curtindo a bad, ouvindo músicas deprê, acordando às 14h e assistindo animes, voltei a procurar emprego e realizar atividades. Arranjei uns palletes e fiz algumas manutenções na casa, fui fazer sacolão na feira, conseguindo várias comidas saudáveis, fiz molho de tomate artesanal, geleia artesanal, arrumei nosso jardim... Foi muito bom ter um tempo livre.

Depois de algumas saídas para distribuir currículos, me chamaram pra conversar em uma produtora de video chamada Yamamoto. Lá, o dono me disse q queria me conhecer pq gostou muito do meu currículo e do meu portfólio, mas que naquele momento não estava contratando ninguém. Então ele me indicou duas outras produtoras, que são as maiores de Campinas: Paprika Filmes e Casa das Máquinas.

Neste momento estou na Paprika Filmes escrevendo este post. Fechei um mês, pois estou substituindo as férias de um editor.

No primeiro dia que cheguei aqui, este editor estava finalizando um vídeo para uma loja de insumos cervejeiros, a Lamas Brewshop.


E pra vocês terem uma ideia de como é legal aqui, hoje aconteceu o seguinte diálogo:

Alguém: "E aí pessoal, vamo almoçar"
Carol (produtora): "Pera aí que eu tenho q ligar pra cliente, eu perguntei se podia ligar depois do almoço e ela disse q não"
Rodolfo (chefão dono de tudo aqui): "Fala pra ela q depois vc liga, q agora vc ta indo caçar Pokémon!"