sexta-feira, 21 de junho de 2013

Guy Fawkes

John Guido Fawkes, que entrou para a história como Guy Fawkes, nasceu em 13 de abril de 1570, em família anglicana e se converteu ao catolicismo aos 18 anos.

A história que o tornou célebre começou quando a rainha Elizabeth 1ª (anglicana) mandou eliminar Mary Stuart, a primeira na linha de sucessão, porque ela era católica. Com a morte da soberana, em 1603, Jaime 1º assumiu o posto e todos acreditaram que a situação dos não-anglicanos ia melhorar. Mas o rei, sofrendo pressão dos puritanos se mostrou um fraco e, com medo de perder moral, aumentou ainda mais a perseguição religiosa.

Por conta dessa perseguição, um grupo de católicos armou um atentado para matar o rei. O chefe da operação era um soldado e aventureiro procurado por toda a Europa por causa de duelos, roubos e assassinatos políticos: Guy Fawkes. A primeira reunião dos conspiradores ocorreu em 1604, na taverna Duck and Drake. O plano era simples: Fawkes cuidaria de colocar 36 barris de pólvora sob o Parlamento, enquanto parceiros fariam um levante no norte da ilha e seqüestrariam a princesa, para convertê-la ao catolicismo.


Mas os conspiradores perceberam que a explosão oferecia um grande risco a pessoas inocentes que estivessem por perto e informaram alguns civis sobre o perigo. A informação acabou chegando aos ouvidos do rei. Então, na noite de 5 de novembro de 1605, data escolhida para o atentado, ele ordenou que fosse feita uma revista no prédio e encontraram Guy Fawkes guardando a pólvora.

Durante sua captura e interrogatório, Fawkes permaneceu resoluto e desafiante, se identificando como "John Johnson" e se negando a fornecer informações aos seus captores. Quando lhe perguntaram o motivo de estar em posse de tanta pólvora, lhes respondeu que a pólvora era "to blow you bastard Scotch beggars back to your native mountains!".

Fawkes admitiu sua intenção de explodir o parlamento e lamentou seu fracasso. Sua coragem acabou rendendo certa admiração do Rei James, mas isso não o salvou da tortura.

Após mais de uma semana sendo torturado, Fawkes cedeu e entregou o nome de oito conspiradores. Sua assinatura de confissão era pouco mais de um risco ilegível, indício do sofrimento ao qual deve ter sido submetido.

Fawkes e os demais conspiradores foram condenados à morte por decapitação e depois serem estripados e esquartejados. Em um último ato de desafio antes de ser conduzido ao local de execução, Fawkes conseguiu se desvencilhar dos guardas e pular de uma escada, quebrando o pescoço e evitando assim a tortura. Seu corpo foi esquartejado e exposto publicamente junto com o dos outros conspiradores.

Ainda nos dias de hoje o rei ou rainha vai até o parlamento apenas uma vez ao ano para uma sessão especial, sendo mantida a tradição de se revistar os subterrâneos do prédio antes da sessão.


Uma tradição dá a Fawkes o título de ser "o único homem que entrou no parlamento com intenções honestas".

Não foi do jeito que ele imaginava, mas Fawkes entrou para a história. Exatamente um ano depois do ataque fracassado, centenas de fogueiras foram acesas nas ruas de Londres em protesto contra o rei. Mais tarde, o 5 de novembro virou feriado nacional. Nos anos 70, o anti-herói virou ídolo dos punks, que pichavam seu nome nos muros.

Em 1982 o roteirista Alan Moore e o desenhista David Lloyd criam a graphic novel V for Vendetta, cujo herói - um vingador mascarado, vítima de experiências genéticas - luta contra um Estado totalitário. Sua máscara, baseada nas feições de Guy Fawkes, virou hoje símbolo do movimento Anonymous, que luta contra governos autoritários e abuso de poder.


sexta-feira, 14 de junho de 2013

Hora de Mudar a História

Angola, região de Cuito Cuanavale, 1987. Ainda sofrendo consequências da colonização portuguesa que só terminou em 1975. Cuito Cuanavale é uma região no Sul de Angola, perto da Namíbia em que não há nada. É só uma grande savana com uma pista de avião caindo aos pedaços. E o que aconteceu nesse território que não interessava pra ninguém possuir? O maior conflito militar da Guerra Civil Angolana.

De um lado o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), com apoio de Cuba. E do outro, o exército Sul-Africano, que apoiava a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola).

Nesta batalha, o temido exército da África do Sul foi derrotado, alterando as relações entre as forças de todos os países ao redor e tornando-se um ponto de virada na história do continente. O poder demonstrado pelo MPLA em batalha, levou ao fim do regime de segregação racial na África do Sul e à independência da Namíbia, graças à resolução 435/78 do Conselho de Segurança da ONU.


A vitória de um exército formado pelo povo em uma região de tão pouca importância mostrou a todos como uma virada de jogo faz diferença. Como as pessoas, quando unidas, podem mostrar seu poder diante de forças tão poderosas e mudar a história.

MPLA - Movimento POPULAR Pela Libertação de Angola.

Não são só os 20 centavos, mas o que isso representa.


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Eu não devo nada a ninguém


"Esquerdistas, vou começar dizendo,
com todas as letras: eu não devo nada a ninguém.

Venho de uma família composta de, como diz o mestre de vocês (Leonardo Sakamoto), "self-made men que visualizam as instituições de ensino como algo cada vez mais acessório". Assim como todos os oprimidos, que vocês defendem tanto, têm o direito de enxergar o mundo segundo a situação deles, eu tenho direito de enxergá-lo segundo a minha situação: uma ótima situação que exigiu trabalho duro e superação (não da MINHA parte, mas da de meus avós) pra ser conquistada! E não me venham com essa história de "você é branco e homem, aproveite a sociedade como ela está", porque minhas raízes vêm de bem mais longe.

Minha avó é provavelmente a pessoa que eu conheço que mais trabalhou na vida, que mais sofreu de todo tipo de apuro (até mesmo fugir de cangaceiro… até mesmo ser discriminada pela própria mãe… até mesmo chegar ao ponto de cortar o fungo do pão vencido para ter o que jantar e o que dar de jantar). Uma coisa que é gravada a ferro e fogo no cérebro dela até hoje é a vergonha de pedir uma esmola. Ela tem mal de Alzheimer, mas até hoje sente vergonha alheia de quem aceita esmola. Orgulho-me de dizer que ela, com 9 filhos e morando em condições extremas durante muito tempo da vida NUNCA PEDIU/ACEITOU UMA ESMOLA PORQUE TEM VERGONHA NA CARA!! Vão me dizer que isso não "enfraquece o coronelismo" também…

Podem falar que minha visão é one-sided se quiserem. Eu não tenho o dever de "ser tão esclarecido quanto vocês". Aliás, "não ser esclarecido" só vai me colocar no grupo de pessoas que vocês tanto defendem ao passo que procuram alguém com a mesma opinião que vocês, mas com mais moral, pra ter alguém a quem seguir.

Vocês precisam do titio. Achem-no logo e venham me "salvar" então…

Boa sorte, e de nada por exercer minha própria opinião.

Prazer, NÃO titio…"


- Gusta

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Primeiro rolê com garupa

Meu pai comprou uma roupinha de frio pro Simba e pra Zelda há algum tempo. A do Simba sumiu e ele comprou uma nova. Mas aí ficou pequena e precisava ir na Cobasi trocar, então ele pediu pra eu e o Fell (que estava na minha casa) irmos fazê-lo.

Eu falei "Vamo de moto?" e ele falou "Vamo!"

Mantivemos a tradição dos tempos de escola de ter uma ideia idiota e fazer do jeito mais idiota possível.

Domingão, preguição, calorão... Fomos do jeito que a gente tava, de bermuda e camiseta de manga curta até a Cobasi da Ricardo Jaffet.

Então meu primeiro rolê com garupa foi pegando a Imigrantes de bermuda e camiseta! Huehuehuhue

Depois assamos uma carne na churrasqueira e tivemos uma Festa Juninazinha com os amigos do Teatro em Inglês do Santa Maria.