quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Uma reflexão sobre Luigi Mangione

Luigi Mangione é o cara q matou o CEO bilionário da empresa United Healthcare. Uma empresa avaliada em UM TRILHÃO DE DÓLARES.

Pra vc entender o tamanho dessa aberração, pense o seguinte:

1.000 (mil) segundos são 16 minutos e 40 segundos;

1.000.000 (um milhão) de segundos são 11 dias e 13 horas;

1.000.000.000 (um bilhão) de segundos são 32 anos;

1.000.000.000.000 (um trilhão) de segundos são 32.000 anos.

Não existe como ficar bilionário sem ser anti-ético. Não existe como ficar trilionário sem ser 1000 vezes pior.

Nos EUA não existe SUS, não existe saúde gratuita. Se vc quebrar a perna na rua e pegar uma ambulância pro hospital, e precisar operar, já ta devendo uns 50.000 dólares. Então todo mundo precisa pagar um plano de saúde. Que funciona como um seguro, você paga mensalidade pra que no momento de necessidade ou emergência, como um acidente ou uma doença grave, você não precise bancar tudo.

Toda semana nos EUA, mais de 1000 pessoas morrem por falta de cuidados médicos, e mais de 10.000 pessoas declaram falência por conta das cobranças abusivas. É o país mais rico do mundo, e o país onde mais se gasta dinheiro com saúde, mas é o 42º no ranking de expectativa de vida.

E essa empresa em questão, United Healthcare, ficou muito famosa e muito odiada por recusar e/ou interromper tratamentos, levando milhares e milhares de pessoas à morte ou acabando com a vida por dívidas.

O CEO dessa empresa, cujo nome nem merece ser lembrado, era um cara que recebia um salário de R$5 milhões por mês para administrar essas recusas, enriquecer a empresa, e aumentar o valor para os acionistas.

Luigi Mangione, o protagonista da nossa história é um italiano que se enfureceu com um sistema de saúde que visa o lucro em vez da saúde, e decidiu traçar um plano para matar esse homem responsável por tanta desgraça.

Há quem diga que isso foi uma barbárie, que não é assim que se resolve. E de modo geral eu concordo. Mas no sistema capitalista o dinheiro faz as leis. E as leis protegem o dinheiro. Então não havia a menor possibilidade de esse merda ser punido por seus atos.

Luigi elaborou um plano mirabolante, driblando câmeras, usando transporte público, usando máscara, bicicleta, tudo para não ser pego. Mas o vacilo foi o sorriso da morena, pois o rosto dele foi registrado por uma câmera de segurança quando parou pra xavecar a moça do café.

Lei nem sempre é sinônimo de correto ou justo. Precisamos lembrar que escravidão já foi lei, apartheid já foi lei, proibição de homossexualidade já foi lei. E atualmente a lei está ao lado dessas pessoas que causam milhares de mortes em prol do lucro.

Já teve gente querendo dizer que Luigi é de esquerda, o que é uma mentira, afinal quem é que já viu esquerdista tomar alguma atitude de verdade?

Nos EUA, pouquíssimas pessoas estão se colocando contra ele, independentemente de serem de esquerda ou de direita, pois todos concordam que lucrar bilhões às custas das vidas de pobres é uma crueldade inaceitável. E vários CEOs de empresas semelhantes desativaram suas contas no Linkedin, e estão evitando sair em público.

Luigi Mangione é um revolucionário. Espero que sua ação seja a primeira de muitas e que seja o estopim pra uma mudança radical.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Ilhas Cocos

Eu acabei de descobrir sem querer (através do joguinho Flagle) sobre a existência das Ilhas Cocos. Aí fui pesquisar pq nunca tinha ouvido falar.

E parece ser o paraíso na Terra.

As Ilhas Cocos, ou Ilhas Keeling, ou ainda oficialmente em inglês Cocos (Keeling) Islands são um dos territórios da Austrália, com cerca de 630 habitantes (2005). Este arquipélago australiano de 14 km² tem 27 ilhas, mas apenas Ilha Home e Ilha Ocidental (a capital) são habitadas.


Situadas no oceano Índico, a noroeste da Austrália e a cerca de 580 milhas a sudoeste de Java, são cobertas por uma floresta tropical úmida. Muitas aves, rica vegetação e uma variedade de vida marinha. As ilhas também têm terreno acidentado e várias quedas de água. Formam dois atóis de coral densamente cobertos por coqueiros.

As ilhas eram desabitadas em 1609, quando o capitão britânico William Keeling, da Companhia das Índias (East India Company) as descobre.

Em 1827, John Clunies-Ross, marinheiro escocês, funda uma colónia composta por habitantes malaios. Posteriormente, em 1831, as ilhas tornam-se propriedade da família Clunies-Ross. Seis anos mais tarde, em 12 de abril de 1836, chegando às Ilhas Cocos, Charles Darwin escreve a Teoria da Formação dos Atóis e Recifes de Coral. Em 1857, o território é formalmente anexado pelo Reino Unido, tornando-se uma colónia da Coroa. Fez parte de Ceilão entre 1878 e 1886 e entre 1942 e 1946, e dos Estabelecimentos dos Estreitos entre 1886 e 1942. Entre 1946 e 1951, foi agregado a Singapura.

O governo australiano assume o controle do arquipélago a partir de 1955, comprando quase todas as propriedades dos Clunies-Ross em 1978. A administração local ganha maior autonomia com a criação, em 1979, do Conselho das Ilhas Cocos. Após um plebiscito que aprova a integração do arquipélago à Austrália, em 1984, a população recebe cidadania australiana plena. E em 1993, a família Clunies-Ross perde as últimas posses para o governo australiano.

O coco e a copra (polpa de coco seca) são os únicos produtos comercializados pelo território. A população local, em sua maioria muçulmana, importa da Austrália quase tudo que consome. A moeda de troca é o dólar australiano.

Bandeira das Ilhas Cocos.

Recomendo muito abrir no GoogleMaps e ficar passeando pelo Streetview. Tem umas curiosidades pra ir reparando, como a câmera do Google em cima de veículos alternativos, e o fato de que quase todos os carros são buggies e caminhonetes.