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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Banda Utopia

Antes de os Mamonas Assassinas se tornarem a maior banda de todos os tempos, eles tinham outro nome: Utopia.

O Utopia surgiu em 1989, quando Alberto Hinoto (que mais tarde adotaria o nome artístico de Bento) e irmãos Samuel e Sérgio Reoli decidiram criar uma banda. Alberto seria guitarrista no conjunto, enquanto Sérgio tornou-se baterista e Samuel baixista. Durante show realizado em Julho de 1990 no Parque Cecap, um conjunto habitacional de Guarulhos, o público pediu que eles cantassem Sweet Child o' Mine, do Guns N' Roses. Como não sabiam a letra, pediram que alguém do público subisse no palco para ajudá-los. Dinho ofereceu-se e isso garantiu seu posto de vocalista do Utopia. Em 1990, por intermédio de Sérgio, o tecladista Márcio Araújo é inserido no grupo.

Eles começaram a apresentar-se na periferia de São Paulo e foram percebendo que as palhaçadas e músicas de paródia eram mais bem recebidas pelo público do que os covers e as músicas sérias. E assim foram seguindo por este caminho.


Depois de conseguir contato com o vice-presidente da EMI, mudaram o nome da banda e conseguiram entrar na indústria da música.

Se você, assim como eu, não conhecia esta banda, tenham o prazer de ouvir de novo os Mamonas Assassinas pela primeira vez:





quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Dieselpunk

Eu já escrevi aqui sobre Steampunk e Cyberpunk. São estilos de ficção científica - e também estilos artísticos - que exploram histórias de distopias, misturando tecnologias de uma época com recursos tecnológicos de outras.

O cyberpunk explora os recursos cibernéticos. Computadores e internet pra tudo quanto é lado. Pessoas ciborgues, com implantes biônicos e anúncios em neon poluindo a vista da cidade.


Já o steampunk se baseia nas tecnologias a vapor da era vitoriana, com navios, dirigíveis e até aviões movidos com motores a vapor. Tudo construído com tubos de cobre e dourados, relógios, medidores, e coisas assim. Até mesmo as roupas e acessórios.


Mas existe um outro estilo. Um que eu já tinha percebido em alguns filmes e jogos. Afinal, se existe um mundo fictício baseado em motores elétricos e outro em motores a vapor, então deve existir um baseado em motores à combustão! É o caso de Mad Max, Sucker Punch, Final Fantasy 7, Brütal Legend, Bioshock, Fallout, entre outros.

O dieselpunk é baseado no steampunk, mas por se basear todo na queima de combustíveis fósseis, tudo é mais sujo e mais escuro.




Além de permitir histórias um pouco mais próximas da nossa realidade, permite a criação de carros, armaduras e veículos mutcho lokos e muito tr00s!




A estética se baseia principalmente na primeira metade do século XX, que envolve as duas primeiras guerras mundiais e a evolução militar do mundo, com tanques, jipes, armas, mísseis etc.





Dentro do estilo steampunk, ainda existe o decopunk, baseado no estilo de arte inglês Art Déco, em que as peças são mais limpas, rebuscadas e cromadas.




sábado, 25 de abril de 2015

Cobras Fumantes

Em 1944 o Brasil enviou para a Europa 25.334 para lutarem na 2ª Guerra Mundial. Muitos voltaram para contar suas histórias. Outros morreram para fazê-las. Era a Força Expedicionária Brasileira, conhecida pela sigla FEB.

Eles adotaram como lema "A cobra está fumando", em alusão ao que se dizia à época que seria "Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa". E assim ganharam o apelido de "Cobras Fumantes".

No ano passado, a banda sueca de Heavy Metal "Sabaton" lançou seu sétimo álbum, chamado "Heroes". E a terceira faixa se chama "Smoking Snakes", música cuja letra homenageia os soldados brasileiros que combateram na 2ª Guerra Mundial - com direito a refrão em português!


A banda Sabaton tradicionalmente explora temas baseados em guerras e batalhas históricas, com bastante conteúdo referente às duas guerras mundiais. Em "Smoking Snakes", a banda homenageia os três heróis brasileiros do 11º Regimento de Infantaria que lutaram até a morte contra tropas alemãs.



Em 14 de abril de 1945, durante a tomada de Montese, na Itália, três soldados brasileiros foram enviados para uma missão de patrulha. Eram eles: Geraldo Baeta da Cruz, 28, Arlindo Lúcio da Silva, 25* e Geraldo Rodrigues de Souza, 26.


De acordo com os registros, os três pracinhas integravam uma patrulha do 11º RI de São João del Rey que teve como esforço principal o combate em montanhas com densos campos de minas e sob o fogo cerrado das metralhadoras alemãs. Em Montense, a tenacidade, o ardor combativo e as qualidades morais e profissionais dos brasileiros foram demonstradas em seu raro espírito ofensivo, sob os fogos da Infantaria e Artilharia do Inimigo, transpondo caminhos difíceis, neutralizando campos minados, assegurando posteriormente a posse definitiva dessa importante posição para a Divisão Brasileira.

Em uma dessas incursões, os pracinhas mineiros se depararam com toda uma companhia do exército alemão composta de aproximadamente 100 homens. Eles receberam ordens para se render, mas continuaram em combate até ficarem sem munição e serem mortos.

Mas ao invés da vala comum, receberam honras especiais do Exército alemão. Admirado com a coragem e resistência do trio, o comandante nazista mandou enterrá-los e colocar, sobre a cova, uma cruz e placa com a inscrição: “Drei Brasilianische Helden” (Três Heróis Brasileiros). Terminada a guerra, seus restos mortais foram trasladados para o Cemitério de Pistoia, na Itália, e depois para o Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro/RJ,


Fontes:
Defesa Aérea & Naval
Wikipedia
Francisco Miranda - Blog

* Nota: Pensar que um moleque mineiro da minha idade morreu na Italia metralhando nazistas me deixou impressionado e emocionado.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Elspeth Beard

1980. Uma época obscura em que não havia internet, celular e GPS. Eis que Elspeth Beard, uma moçoila inglesa de 24 anos resolve pegar a estrada de moto e viajar o mundo.

Com uma BMW R 60/6 Flat-Twin de 1974 já com 48.000 kms rodados viajou por vários países da América do Norte, Europa, Ásia, Oriente Médio e Oceania

Pra nós hoje isso parece "normal", já que várias pessoas viajam por aí sozinhas e temos todos os aparatos tecnológicos a nosso favor. Mas em 1980, uma mulher decidir cruzar de  moto os continentes da Terra era quase um atestado de insanidade - e suicídio.


A primeira etapa da viagem de Elspeth começou em New York/EUA, ela custeou o transporte aéreo dela e da sua moto saindo de Londres. De lá, rodou nos EUA, Canadá e México, voltando para a cidade de Los Angeles, onde enviou sua moto para Sydney na Austrália. Enquanto estava sendo realizado o trâmite de transporte da sua moto (naquela época era mais burocrático e demorado), resolveu esperar, conhecendo a pé a Nova Zelândia, andando por alguns dias.

Depois dos custos que teve para viajar até então e enviar a moto para Sydney, Elspeth ficou sem dinheiro. Ai, em Sydney procurou trabalho. Ficou sete meses trabalhando e vivendo numa garagem de uma casa de uma família que resolveu abrigá-la, fazendo projetos arquitetônicos para pessoas residentes próximas. Foi nesse período também que Elspeth resolveu construir as malas laterais e traseira da sua moto, feitas de alumínio, rebitados e cortados por ela mesma. Até então, ela estava viajando com malas de tecido que tinha providenciado na sua saída de Londres.

Após a chegada da moto, rodou pela Austrália e sofreu seu primeiro acidente, foi em uma estrada de terra perto de Townsville, em Queensland. A moto caiu e ela sofreu escoriações e outros ferimentos, mas não teve nenhum osso quebrado. O capacete da marca "Bell" a protegeu e ela o tem guardado de recordação até hoje, o qual mesmo depois do acidente, continuou sendo utilizado por toda a viagem (não tinha grana sobrando para trocá-lo).

Abalada, mas sempre destemida, ela passou duas semanas no hospital antes de retomar a viagem na estrada, até o norte e costa leste de OZ, em seguida pelo sertão de Ayers Rock e, finalmente, através da planície Nullabor na costa oeste. Lá ela colocou a BMW num barco com destino para Cingapura.

Em Cingapura/Indonésia, sofreu um grave problema, teve todos os seus documentos e pertences de valor roubados, como seu passaporte, documentos do registro de transporte da moto. Teve que voltar para a Inglaterra por onde permaneceu seis semanas resolvendo a questão das segundas vias dos documentos.


Resolvida a questão dos documentos, ela buscou sua moto na Tailândia, prosseguiu até a península da Malásia, pasando também por Bangkok, indo até Chiang Mai no mesmo país (Tailândia), seguindo pelo conhecido Triângulo Dourado na rota terrestre para a Índia.

Foi quando sofreu novo acidente, quando atropelou um cachorro que apareceu correndo saindo próximo de um caminhão, fazendo com que com o seu desvio batesse com a moto numa árvore, isso ocorreu ainda na Tailândia, foi abrigada por uma família pobre de uma pequena cidade, que não falavam uma palavra de inglês e ela nada de tailandês, a comunicação foi por sinais.

A família tailandesa ficou encantada com as histórias que a Elspeth contava sobre sua viagem, conviveram juntos por duas semanas, até que Elspeth se recuperasse do seu acidente, dando comida e hospedagem para ela. Elspeth só ficou chocada quando descobriu que a carne que havia comido na casa era do cachorro que ela havia matado no acidente. Elspeth teve também que arrumar peças do motor da moto que danificou. Depois da experiência com a família rodou adentrando na Índia.

Elspeth já estava viajando havia mais de dois anos desde sua partida. Foi quando seus pais resolveram visitá-la na Índia, na cidade de Katmandu. Eles ficaram chocados com a magreza dela. Nessa cidade Elspeth conheceu um holandês que também estava viajando de moto, e juntos rodaram de volta até a Europa, mas antes conheceram o Himalaia. Ambos passaram por uma experiência ruim na viagem, na fronteira da Índia com o Paquistão, ocorreu o assassinato do primeiro ministro indiano, fazendo com que a fronteira ficasse dominada por policiais e guardas do governo indiano, dificultando todos os trâmites de saída do país.


A situação ficou caótica e vários ocidentais que estavam na Índia entraram em desespero. Elspeth e o novo amigo holandês simplesmente não conseguiam permissão para sair da Índia, foi quando Elspeth resolveu por conta própria forjar um documento como se fosse do governo indiano autorizando sua saída do país.Ela não estava bem de saúde e sua moto estava com o freio traseiro defeituoso, devido a um vazamento de óleo, além da embreagem da moto que havia parado de funcionar.

Conseguiram atravessar a fronteira para o Paquistão, cruzando o país em direção ao Irã e de lá para a Turquia. No Irã o visto de permissão para ficarem no país foi de poucos dias, assim, logo chegaram na Turquia, faltando poucas horas para o vencimento dos seus vistos.

Elspeth passou algum tempo na Turquia oriental recuperando sua força e reparando sua moto. Quando ela deixou a Inglaterra, era uma mulher jovem, alta, saudável e pesando 65kg. Agora estava pesando apenas 41 quilos.

Pra quem já tinha feito todo o caminho que ela fez por países politicamente complicados e com muitos problemas sociais, partir da Turquia para cruzar a Grécia e parte da Europa continental rumo ao Reino Unido era simples, ela estava se sentindo em casa. O único desafio, seria atravessar uma rodovia na Iugoslávia, conhecida como "rodovia da morte", uma estrada de apenas uma pista de cada lado, com muitos caminhões, os quais toda hora ultrapassam um ao outro. Tal estrada tem centenas de cruzes e flores em ambos os lados para lembrar dos mortos em acidentes nos locais.

Mas tudo bem, Elspeth rodou com sua moto até a sua cidade de Londres na Inglaterra, findando a sua viagem.  A moto que Elspeth usou para essa viagem existe e é dela até hoje. Ela já teve várias outras motos da BMW, por alguns anos rodou uma GS 1100 R, depois com uma R 80 GS e também uma R 1200 GS.

Já fez várias outras grandes viagens, mas nenhuma como a primeira. É sempre assim, todas as viagens de motocicletas, são únicas, diferentes e especiais. Numa das viagens de Elspeth, ela foi acompanhada com um famoso moto aventureiro europeu, Nick Sanders, de Londres para Marrocos, ida e volta.

Depois que Elspeth terminou sua grande viagem, que durou de 1980 a 1983, ela completou seus estudos de arquitetura e passou sete anos transformando uma torre de água abandonada que adquiriu, em sua casa vitoriana que ficou maravilhosa. Trabalha em tempo integral em Londres e criou sozinha seu filho. Hoje ela é uma arquiteta premiada e reconhecida em toda a Europa.


Loucos são aqueles que acham que esse tipo de sonho é loucura.


Fonte: RockRiders.com.br

segunda-feira, 16 de março de 2015

Macgyver Francês

Quando eu li isso pela primeira vez, eu pensei "Cacete... Tem gente que é foda!"

Em 1993, Emile Leray estava no meio de uma aventura no deserto de Marrocos quando o Citroën 2CV que dirigia quebrou. Ele tinha saído de Tan-Tan, no Marrocos, e já estava a 35 kms de distância. Pra completar, ele estava sozinho e longe de qualquer civilização (inclusive, longe de qualquer estrada), já que estava desviando sua rota para escapar de uma base militar. Era uma situação desesperadora.


Mas Leray conseguiu sair dela sozinho, com as próprias mãos. Ele simplesmente usou as peças do carro para construir uma moto e dar o fora dali. Era isso ou morrer de fome e sede ali mesmo.

Ele não era nenhum novato em viagens no deserto – já havia explorado a região norte do Saara algumas vezes. Ele podia ter escolhido um belo jipe com tração 4×4 e reduzida, mas optou pelo Citroën 2CV porque ele é, em suas próprias palavras, “durão”.

“Na África eles chamam o 2CV de ‘Camelo de Aço’ porque ele é capaz de ir a qualquer lugar, desde que você seja gentil com ele. Você não pode forçá-lo demais”, Emile contou ao Daily Mail em 2012. “Obviamente eu o forcei demais, porque eu consegui quebrá-lo”.

O que aconteceu foi que ele estava em alta velocidade no meio do deserto, andando na terra, por areias nunca dantes navegadas. Até que perdeu o controle do carro, bateu em uma pedra e quebrou um braço da suspensão dianteira e uma parte do chassi.

Ele poderia ter deixado o carro ali e voltado em algumas horas. De fato, ele poderia se não estivesse preso em um ambiente hostil, seco e perigoso. O mais prudente seria usar seus suprimentos de água e comida para se manter por alguns dias, até conseguir construir um veículo utilizável. Uma moto seria o ideal.


A primeira coisa que ele fez foi remover a carroceria do chassi e usá-la como abrigo, onde dormiria e manteria a água e a comida. Então, com algumas ferramentas simples – uma serra de arco, um martelo e… basicamente isso, ele começou a trabalhar.

Ele serrou o chassi do carro para criar um quadro para a moto. Componentes da suspensão foram usados para fazer o garfo dianteiro e o motor ficava no meio do chassi, bem em frente do piloto. Para mover a roda traseira, Emile criou um engenhoso esquema ligando um dos tambores de freio ao motor. Ele girava para trás e, em contato com o pneu traseiro, o fazia girar para a frente. O selim foi feito usando o para-choque traseiro e o revestimento dos bancos, e Emile até deixou espaço para um pouco de bagagem entre o motor e a roda dianteira.




O resultado de doze dias de trabalho foi uma moto que lembrava os veículos de Mad Max. Não era confortável, não tinha freios e também não era muito estável – Emile caiu algumas vezes e, para piorar, a moto pesava quase 200 kg. Mas ainda era melhor que caminhar e, assim que conseguiu deixar a moto pronta para rodar, ele juntou o que havia sobrado de seus suprimentos e partiu.

A viagem de volta à civilização foi curta: logo no primeiro dia, ele foi parado pela polícia marroquina por dirigir um veículo tão estranho.

Ainda que tivesse mantido a placa original na traseira, os documentos diziam que ela pertencia a um Citroën 2CV, não a uma moto feita com partes de um 2CV. Assim, a polícia até lhe deu uma carona para o vilarejo mais próximo, mas não sem antes aplicar-lhe uma bela multa por conduzir um veículo sem registro.

Emile tem muito orgulho do que fez. Hoje, aos 64 anos, ele vive no noroeste da França e mantém a moto consigo até hoje em sua propriedade.



Fonte:

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Nas Montanhas Geladas do Norte

Mais um país foi riscado na minha lista de países para visitar... Desta vez, eu fui conhecer a Noruega! Terra da neve, do gelo e dos ferozes Vikings!

Nós fomos convidados a ir pela Ana Leticia, uma amiga nossa que a Marina conheceu no intercâmbio para a Austrália, e que agora casou com um norueguês, o Simen. Nós ficamos em três cidades: Nesbyen, Tønsberg e Oslo.

A Marina fez um blog da viagem, com um post pra cada dia:
http://nasmontanhasgeladasdonorte.blogspot.com.br/

Nós chegamos de trem em Nesbyen, onde o Simen e o Johan já estavam nos esperando na estação. Que não tinha nada. Eu e a Marina não descemos. Simplesmente pulamos do trem pra neve.

Nesbyen foi onde o Simen e seus três irmãos nasceram e cresceram. Lá moram os dois irmãos mais novos e os pais. Em Nesbyen há uma estação de esqui na qual os quatro irmãos e a Ana Leticia trabalham ou já trabalharam.



Quando nós chegamos já estava de noite, então não tínhamos muito para fazer, além de jantar. E nossa janta foi hamburger de alce!! E depois eu ainda descobri que essa carne vinha de uns conhecidos deles que caçam alces pra vender na região!!! Notr00ega!

No dia seguinte fomos esquiar! Como o Simen e o Johan frequentaram a estação de esqui a vida toda, eles foram nossos professores. E até que a gente pegou o jeito fácil. Primeiro fomos no morrinho das quiança pra aprender o básico e depois na dos pro (mas só da metade pra baixo) pra mostrar o resultado.




Depois entramos pra comer uma pizza preparada pela Ana Leticia e tomar a cerveja "Aass". Então, voltamos pra neve e subimos de snowmobile até o alto da montanha onde ficava a pista de esqui. E olha... Lá eu conheci o frio. Devia estar uns -5º, mas com muito vento, o que dava uma sensação de -20º.



À noite, o Simen foi pegar o trem para Bergen, onde pegaria o navio pra ir trabalhar como marinheiro pelos próximos meses. Sim, o Simen é um seaman. Huehuhehe... E nós fomos para Tønsberg, a cidade mais antiga da Noruega. Eu, a Marina, a Ana Leticia e Johan, que estava dirigindo.

Lá em Tønsberg, nós passamos num mercado pra comprar a janta da primeira, que foi comida mexicana. Enchemos o bucho e fomos dormir.


No dia seguinte fomos andar pela cidade. Conhecemos umas lojinhas de antiguidade, tomamos café num lugar supimpa, vimos o porto onde os caras constroem barcos vikings usando as mesmas técnicas de 1000 anos atrás e fomos em uma torre que fica no meio de uma antiga fortaleza, mas que hoje é só ruínas.



Quando chegamos em casa nós construímos um boneco de neve!!



Nós o batizamos de Stu.

No dia seguinte fomos no Verdens Ende, o World's End, uma praia em que fica um farol da época dos vikings. Um dos últimos restantes em toda a Noruega. E lá eu tirei a segunda foto marr legal da viagem.


Nesse mesmo dia, depois que anoiteceu (às 16h30), jantamos lasanha e assistimos Frozen. A Ana Leticia nunca tinha assistido e eu e a Marina estávamos com a música "Você quer brincar na neve" na cabeça.

Após três noites em Tønsberg eu e a Marina pegamos o trem para Oslo. Assim que chegamos, pegamos o metrô para a estação Tøyen (apelidada por mim de tonhonhóin), a do hostel. Deixamos as malas no quarto e fomos dar rolê. Em temperaturas próximas a 0º.

Primeiro fomos ao Opera House, que estava fechado. Depois fomos andar pra procurar lojinhas de souvenir e trazer dezenas de chaveiros, ímãs de geladeira e canecas. Só que não. Porque deve ser a ÚNICA capital dazoropa que não tem lojinha de souvenir a cada esquina! A única que a gente achou só tinha coisas zoadas e nos mostrou porque dizem que a Noruega é cara!

Depois de um tempo andando pelas ruas, chegamos à Catedral de Oslo, que era bem bonita, mas como é protestante, tinha poucos enfeites. Saindo da catedral, já estávamos ficando com fome e fomos comer no Hard Rock Café. Eu queria comprar uma camiseta mó daora com drakkares, machados, vikings etc. Mas era caro demais.



Quando saímos do Rarde Roque Café, fomos ao Ice Bar, um bar feito inteiramente de gelo - incluindo bancos, mesas, balcão, estátuas, copos etc - e mantido a uns -10º pro gelo não derreter. Tomamos o drink que estava incluído no preço da entrada e ficamos tirando fotos, nos sentindo no próprio castelo da Elsa-LERIGÔ LERIGÔÔÔ!!!


Depois do Ice Bar, seguimos nosso caminho para o metrô, para voltar pro hostel. Paramos numa lojinha de conveniência, onde compramos suco, achocolatado e uns muffins pro café da manhã. Vivenciamos uma mistura de garoa e neve e seguimos nosso rumo para o hostel.


O último dia foi melhor planejado. Iríamos a três museus. Vimos qual era o caminho de metrô e trem e saímos. O primeiro foi o Vikingskipshuset, o museu do barco viking. Meio pequeno, mas com explicações esclarecedoras sobre as navegações que eles faziam entre os séculos 8 e 11. Lá nós passamos na lojinha de conveniência do museu. Tudo caro. Mas no final a gente trouxe 3 ímãs, 2 chaveiros e uma caneca. =/


O segundo foi o museu do folclore norueguês, o Norsk Folkemuseum, que abrangia uma época bem mais recente do que os vikings, lá pros séculos 17 e 19. Este museu na verdade era um vilarejo com várias construções de madeira da época, como casas, celeiros, casas de campo, cozinhas, moinhos e uma igreja protestante. No fim eu não entendi se eram réplicas feitas recentemente, ou se são casas que realmente tem mais de 200 anos.



Lá nós tiramos a foto mais legal da viagem:


Por fim fomos ao Parque das Esculturas, o Vigelandsanlegget, que era um grande parque, como o Ibirapuera, mas com dezenas - quiçá centenas - de estátuas de bronze e concreto. Nas outras estações do ano, esse parque deve ser mais convidativo. Porque tinha muito gelo pelo chão pra galera escorregar, o chão estava inteiro branco de neve e o lago estava completamente congelado.




Saindo de lá, passamos num mercadinho, onde compramos macarrão, salsicha, molho de tomate, achocolatado, suco de laranja e donuts para um jantar caiçara e o café da manhã do dia seguinte, quando iríamos embora.

O meu parecer geral foi: Caceta... Eu esperava ver muito mais coisas vikings pela rua. Quiçá pessoas andando com seus machados pra lá e pra cá. Mas depois pensei que isso seria como algum turista chegar em São Paulo ou Rio de Janeiro querendo encontrar indígenas pra todo lado.

Nós acordamos às 7h00 da manhã e lá fora ainda estava breu. Saímos umas 8h00 e chegamos no aeroporto umas 9h30, meia hora depois do planejado. Mas tudo bem... Porque o vôo era só NO DIA SEGUINTE!! E só percebemos isso no balcão do check-in que nós havíamos comprado a passagem pro dia errado!

A nossa passagem era de stand-by, o que significa que a gente só pode entrar no avião se sobrar lugar (e isso só é descoberto lá no portão de embarque, na porta do avião). Mas como ela estava comprada para o dia seguinte, o cara não podia nem fazer check-in pra gente ir lá tentar a sorte. Então ligamos pra nossa madre, que é manjona das manjarias. Ela mexeu uns pauzinhos e voilà! Conseguimos fazer check-in e no fim conseguimos pegar o avião.

Chegamos em Paris em menos de duas horas. E lá ficamos mais de 8 horas, esperando até quase meia noite, pelo último minuto de embarque para saber se conseguiríamos voltar para casa naquele vôo. Pelo menos eu consegui assistir Batman (o de 1989 do Tim Burton).


No final, um funcionário veio nos informar:

- Eu tenho uma boa e uma má notícia: A boa é que os dois vão poder ir. A ruim é que um vai na executiva e outro na econômica.

Então decidimos que na primeira metade do vôo (de 12 horas) eu iria na econômica e depois a gente trocava. Mas quando eu sentei no meu lugar, um tripulante me chamou de canto e disse:

- Olha, o dono desse assento acabou de chegar de Roma e chegou a tempo para este vôo. Mas eu já falei com o comandante e ele disse que você pode viajar em um jump seat.

Jump seats são os assentos da tripulação. Umas cadeirinhas sem inclinação e sem mesinha. Mas acabou que eu fiquei em um canto sozinho com uma cortininha e sem vizinhos pra encher o saco. E ainda tinha um outro jump seat bem na frente, que eu abri e pude esticar as pernas. A única coisa é que eu tinha que acordar a cada meia hora pra mudar de posição e trocar o lado do corpo que ia ficar dormente. No finalzinho eu troquei com a Marina e consegui assistir um filme na TVzinha individual da executiva.

Chegando em São Paulo, minha mãe estava nos esperando na saída. Eu queria que a Agnes estivesse lá também, mas ela já tinha avisado que não ia conseguir ir junto.

Quando chegamos no carro para colocar as malas, não tinha espaço no porta-malas, porque A AGNES ESTAVA LÁ DENTRO ME ESPERANDO!!! Nhaaaa!! Coraçãozinho!! S2s2!!