Aí essa mesma pessoa fala que é de direita, e diz que o capitalismo, que a explora e causa morte e desigualdade social no mundo todo é top! E morre de medo das palavras Comunismo e Marxismo.
Se a classe trabalhadora tudo produz, a ela tudo pertence. Inclusive o iphone e a TV led de 100 polegadas.
"Então pq nós, da classe trabalhadora, não tamo produzindo uns celular top e TV 100 polegadas?"
Nós produzimos outras coisas, chama divisão de trabalho isso
"Tá, então pq não rola um escambo entre quem produz TV e quem produz outras coisas?"
Pq existe dinheiro pra medir esses valores
"Então, pelo que entendi, a classe trabalhadora produz. E aí ela troca o que é dela por direito, segundo sua colocação, por dinheiro, certo?"
Certo. Mas a discussão não é sobre a produção literal. Você está reduzindo a explicação a uma situação ridícula do tipo: Numa fábrica de TVs todo os trabalhadores recebem seus salários em aparelhos de TVs, e então vão até a fábrica de pão, onde trocam com os fabricantes de pão que recebem seus salários em pão.
Obviamente não é isso. O trabalhador recebe em dinheiro.
A grande discussão é: Os trabalhadores geram um valor à empresa e aos produtos fabricados ou serviços oferecidos. Mas quem lucra é somente o grande empresário, grande banqueiro, etc...
Eu não tiro o valor de um chefe, um empresário, etc. Ele tem um papel importante de gestão, e responsabilidade sobre o seu comércio.
O que é absurdo, é a diferença do quanto o trabalhador cria de valor para o quanto ele recebe.
Voltando ao exemplo de fábrica de TV. Se 100 operários criam 1000 TVs em 1 mês, cada um deveria receber o suficiente para comprar o equivalente a 10 TVs em 1 mês. Ou não necessariamente, pois o dono da empresa tem sua função de gestão e administração, então deveria haver uma distribuição, inclusive com impostos destinados aos serviços públicos, que atenderiam - adivinha - a classe trabalhadora.
Em vez disso, o dono da fábrica embolsa o valor de 850 TVs, distribui o valor de 0,5 TV para cada funcionário e paga 100 TVs em impostos que tbm não voltam para a população.
* Todos os valores são meramente ilustrativos
Pra encerrar, uma música que fala sobre os valores do trabalho, sobre a união dos trabalhadores do mundo em uma única nação. Sem patrões, sem Estado opressor, com a terra dividida entre quem produz, sem fome, sem desigualdade.
De pé, ó vitimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da idéia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Senhores, patrões, chefes supremos,
Nada esperamos de nenhum!
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair desse antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Crime de rico a lei cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo só quer o que é seu!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Nós fomos de fumo embriagados,
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados!
Somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
Nos quer à força canibais,
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional
Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a Terra aos produtivos;
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional