segunda-feira, 9 de maio de 2022

How I Met Your Mother

Eu acabei de terminar de assistir How I Met Your Mother. Durante muito tempo eu fiquei com preguiça de começar. Um pouco aquela preguiça de coisas que estão no hype, e um pouco por achar que seria um mais do mesmo de Friends (que eu adoro, assisti inteirinha, mas já saturou um pouco). E um outro motivo é que o final de Friends é super bem amarrado, e eu já ouvi muita reclamação sobre o final de How I Met Your Mother.

Desde pouco antes da pandemia eu comecei a maratonar várias séries sozinho. Sherlock, The Mentalist, Parks and Recreation, Bojack Horseman, Mandalorian, Brooklyn 99, Seinfeld, Superstore, geralmente tentando focar nas clássicas Sitcoms.

Quando eu assisti o primeiro episódio de How I Met Your Mother achei meio chatinho. Não sei se pelas risadas de fundo, ou por alguma questão de ser o episódio piloto. Mas dei mais uma chance e fui me apaixonando pela série e pelos personagens. Eu que estou levando a vida de solteirão querendo passar o rodo em geral aprendi muito com o Barney. Mas eu não sou um sociopata como ele, então me inspirei só nas partes positivas. Até arrumei um terno.

Assistindo Superstore uma das cenas me fez perceber algo muito importante. Logo nos primeiros episódios, quando o Jonah cobre o teto da loja de estrelinhas brilhantes pra fazer uma surpresa pra Amy, e eu percebi que eu gosto de ser romântico, eu gosto de me apaixonar e fazer esse tipo de esforço e surpresa, mas que depois do que eu passei, eu tenho medo de me apaixonar, me envolver profundamente, me entregar num possível relacionamento.

Ver as trajetórias do Barney e do Ted pode ter reacendido algum tipo de esperança ou de coragem em mim. Eu nunca deixei de acreditar no amor. Eu sei que o que eu tive foi amor de verdade em algum momento. Mas como eu falei uma vez conversando com o Fell sobre os sofrimentos com ex: "A gente é muito machucado"

Eu e ele passamos por umas coisas pesadas nos últimos anos em relacionamentos. E depois de ter se machucado tanto, não dá vontade nenhuma de se expor ao risco de novo. Todos os meus últimos dates foram one-night-stand, e eu sempre sou bem honesto sobre a minha intenção. Eu deixo claro que estou numa fase em que "por enquanto nunca mais". Mas tem esse "por enquanto" aí.

Diferente do Ted, que estava sempre procurando alguém pra ser "THE ONE", eu parto sempre do princípio de que vão ser um ou dois dates. Mas diferente do Barney, que depois do date some da vida da menina o mais rápido possível sem deixar rastro, eu mantenho o contato, afinal, vai que aparece a "THE ONE". Acho que é um bom equilíbrio.

Sobre o final


Primeiramente, o roteiro e a produção estão de parabéns num aspecto muito importante: O final já estava definido desde o começo. Em 9 anos de série, a gente percebe que os atores envelheceram um pouco. Mas geralmente as pessoas não mudam quase nada entre os 30 e 40. Já os filhos adolescentes teriam virado adultos. Ou seja, toda a cena final foi gravada no começo da série.

Eu não lembro de ter visto ou ouvido alguma reclamação específica sobre o final da história. Sobre ser mal amarrado, ou triste, ou sem sentido, etc. Só lembro de muita gente falar que não gostou. Mas, bom, é realmente um final triste. Lembra um pouco aquela frase "Um dia você e seus amigos saíram pra brincar na rua pela última vez sem saber que seria a última vez"

Talvez quem reclama do final esperasse alguma conclusão alegre, o que é compreensível. Afinal ela começou se vendendo como uma série de comédia e que foi se aprofundando nos dramas e questões adultas dos personagens. 


Eu adorei. Achei que mostrou como a vida pode ser feita de coisas épicas e planos mirabolantes como o Barney ensina, mas também vai ser cheia de frustrações, eventos inesperados e completamente fora do nosso controle.

O que cabe a nós é aproveitar o tempo que nos foi dado na Terra.

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