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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Praga, a Cidade das 100 Torres


Este ano, nossa viagem em família foi para Praga.

Eu já conhecia, pois tinha ido com o Fell em 2014. Mas meus pais e a Marina não, e como eu havia falado bem de lá, eles quiseram conhecer. No dia 24/09 fizemos nosso vôo, que foi bem tranquilo, com escala em Amsterdam.

Arquitetura

Uma coisa bem interessante de Praga é ver a arquitetura toda misturada. Diferentemente de várias grandes cidades da Europa que foram destruídas nas duas Guerras Mundiais e depois reconstruídas, Praga não passou por isso. Então as construções de diferentes épocas se misturam na cidade. Construções desde o século XIII se misturando com construções soviéticas do século XX.


E não à toa, Praga é conhecida como a Cidade das 100 Torres. Torres de vigia, pontes, torres de igreja, torres de castelos, torres de iluminação para a cidade e o rio. Enfim, torres de todas as épocas em todo lugar.


Trdelnik

Um doce que não é tão doce em forma de mola e que vende pra todo lado. E que combina maravilhosamente bem com um café e uma vista pra uma cidade de quase 1000 anos.



Castelo de Praga

Conhecemos o Castelo de Praga com uma guia espanhola que parecia uma bruxinha de desenho animado. Este castelo é atualmente onde fica o palácio do governo, construído ao redor da Catedral de São Vito, cuja construção começou em 1344 e foi concluída entre os séculos XIX e XX, depois de passar por muitos arquitetos diferentes. O que explica sua torre neoclássica que distoa completamente de todo o resto da construção, que é gótica.




Golden Lane

Os arredores do castelo e da catedral são preparados para receber visitantes. Tem até uma rua que precisa pagar pra entrar, chamada Zlatá ulička (rua de ouro) que era a antiga rua dos alquimistas, farmacêuticos, ferreiros e ourives.
Nesta rua também havia um museu que exibia armas, armaduras, escudos e equipamentos de guerra em geral, desde a Roma Antiga até o século XIX. Dentro deste museu tinha um stand pra atirar com besta, e que eu mandei muito bem!





Passeio Noturno no Rio Moldava

Fizemos um passeio de barco no rio que corta Praga. Foi divertido. Comida à vontade inclusa no passeio, um friozinho gostoso no deck superior. Muitas fotos bonitas... Foi legal.


Taverna U Pavouka

Almoçar na taverna U Pavouka*, que fica no centro de Praga. O ambiente é super legal, apenas iluminação com velas, e todo o cardápio imitando comidas medievais.



Museu Mucha

Fomos no Museu do Mucha. Eu não conhecia, nunca tinha ouvido falar dele. Mas assim que comecei a ver as obras, vi que eram muito familiares. Ele faz obras no estilo Art Nuveau e fez muitos cartazes para teatro.


Cesky Krumlov


Na sexta, fizemos uma viagem à cidade de Cesky Krumlov, onde estava rolando uma feirinha de terecotecos, e tinha um palco com uma banda meio folk. E no caminho compramos um Pau de Selfie.



Bauhaus

Resolvemos dar uma olhada na loja Bauhaus, que é tipo uma Leroy Merlin da Europa. Muito legal, muita coisa legal, e eu quase comprei uma botina com ponta de ferro. Mas só tinha de umas cores chamativas zoadas.

Palácio da Família Lobkowicz

O palácio ao redor da catedral de Praga já pertenceu à família Lobkowicz. Uma família nobre muito antiga de Praga, com origem da Espanha. No século XIX eles perderam todas as propriedades quando Hitler invadiu a Tchecoslováquia. E depois da 2ª Guerra Mundial conseguiram retomar. Mas quando a União Soviética passou a incluir o território Tcheco, novamente foi tudo confiscado. A família só reuperou suas posses nos anos 90.


Esse passeio foi muito legal, pois o áudio-guia que nós usamos foi gravado pelos próprios Lobkowicz, que continuam morando em Praga e são proprietários do Palácio. E a sensação era de estar conhecendo a casa de alguém com a própria pessoa apresentando a casa e contando as histórias que aconteceram por ali como por exemplo: Beethoven e Mozart escreveram suas obras aqui nestes salões.


Concerto de cordas e órgão na igreja

No sábado à noite fomos a um concerto. Algumas músicas tocadas com quarteto de cordas, e outras num órgão com 3500 tubos, entre elas, a Toccata do Bach.
Essa igreja era bem interessante. Por fora era toda em estilo gótico, toda medieval, cheia de pontas e tal. Por dentro, toda barroca, coberta de outro. Poderia até ser uma igreja de Minas Gerais.

Tour do Comunismo e Bunkers Nucleares

Nos encontramos com o monitor Mikal, que contou a história sobre como Praga foi dominada pela União Soviética. Depois da 2ª Guerra Mundial, houve o Plano Marshall, que era os EUA mandando dinheiro para a Europa se reconstruir, e depois cobrar esse dinheiro de volta com juros. Mas como a Tchecoslováquia estava muito a Leste, longe da Alemanha, França, Ingalterra, Espanha, Italia etc, ficaram de fora desse plano.


Então veio a União Soviética. O povo havia se sentido abandonado pelos países ocidentais, então abraçou a ideia de fazer parte do eixo comunista. Mas novamente, por ser muito a Ocidente, longe da Rússia, de Moscow, etc, não teve tanta atenção. Tanto que foi o primeiro (e acho que único) país com regime comunista a ter uma imprensa livre, sem censura.

Depois de andarmos um pouco, e pegar um bonde, fomos visitar um bunker nuclear. A porta de entrada já era impressionante. Quase 2 metros de altura, 1,5m de largura, e uns 40 cm de espessura. De aço e chumbo. Essa porta devia pesar umas 6 toneladas.

Lá dentro, tudo apertado, pequeno, claustrofóbico. E preparado para receber 5000 pessoas, cada uma com direito a meio metro quadrado, com mantimentos para durar 1 mês. O guia disse que foi muita sorte nunca ter precisado usar o bunker de fato. Pois provavelmente o que iria acontecer é que iriam entrar 2000 pessoas, e já iriam fechar as portas para os mantimentos durarem mais tempo.

Nesse bunker tinha uma sessão para vestir roupas comunistas e tirar fotos.


E, sim, era uma AK-47 de verdade!

Degustação de Cerveja

Depois do bunker, fomos fazer uma Degustação de Cerveja, onde experimentamos 8 cervejas tchecas diferentes.

Entre elas, havia a Budwiser. A verdadeira e original Budwiser.


Oras bolas. Como assim?

Durante o século XIX, quando houve uma grande migração europeus pras Américas, teve um cara chamado Bush que descobriu que a cerveja tcheca "Budwiser, the Beer of Kings" não tinha patente, então abriu a cervejaria "Budwiser, the King of Beers" nos EUA, pra atrair as pessoas que já estavam familiarizadas com a marca.

Hoje em dia as duas Budwisers tem mais advogados contratados trabalhando em 200 países do que motoristas de caminhão que fazem a distribuição.


* "U Pavouka" Significa algo como "Na companhia da Aranha". Vários restaurantes tinham nomes começando com a palavra "U", como U Malvaze, U Fleku, U Hrozny etc... mas o Google Tradutor nunca traduzia do mesmo jeito.









quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Nas Montanhas Geladas do Norte

Mais um país foi riscado na minha lista de países para visitar... Desta vez, eu fui conhecer a Noruega! Terra da neve, do gelo e dos ferozes Vikings!

Nós fomos convidados a ir pela Ana Leticia, uma amiga nossa que a Marina conheceu no intercâmbio para a Austrália, e que agora casou com um norueguês, o Simen. Nós ficamos em três cidades: Nesbyen, Tønsberg e Oslo.

A Marina fez um blog da viagem, com um post pra cada dia:
http://nasmontanhasgeladasdonorte.blogspot.com.br/

Nós chegamos de trem em Nesbyen, onde o Simen e o Johan já estavam nos esperando na estação. Que não tinha nada. Eu e a Marina não descemos. Simplesmente pulamos do trem pra neve.

Nesbyen foi onde o Simen e seus três irmãos nasceram e cresceram. Lá moram os dois irmãos mais novos e os pais. Em Nesbyen há uma estação de esqui na qual os quatro irmãos e a Ana Leticia trabalham ou já trabalharam.



Quando nós chegamos já estava de noite, então não tínhamos muito para fazer, além de jantar. E nossa janta foi hamburger de alce!! E depois eu ainda descobri que essa carne vinha de uns conhecidos deles que caçam alces pra vender na região!!! Notr00ega!

No dia seguinte fomos esquiar! Como o Simen e o Johan frequentaram a estação de esqui a vida toda, eles foram nossos professores. E até que a gente pegou o jeito fácil. Primeiro fomos no morrinho das quiança pra aprender o básico e depois na dos pro (mas só da metade pra baixo) pra mostrar o resultado.




Depois entramos pra comer uma pizza preparada pela Ana Leticia e tomar a cerveja "Aass". Então, voltamos pra neve e subimos de snowmobile até o alto da montanha onde ficava a pista de esqui. E olha... Lá eu conheci o frio. Devia estar uns -5º, mas com muito vento, o que dava uma sensação de -20º.



À noite, o Simen foi pegar o trem para Bergen, onde pegaria o navio pra ir trabalhar como marinheiro pelos próximos meses. Sim, o Simen é um seaman. Huehuhehe... E nós fomos para Tønsberg, a cidade mais antiga da Noruega. Eu, a Marina, a Ana Leticia e Johan, que estava dirigindo.

Lá em Tønsberg, nós passamos num mercado pra comprar a janta da primeira, que foi comida mexicana. Enchemos o bucho e fomos dormir.


No dia seguinte fomos andar pela cidade. Conhecemos umas lojinhas de antiguidade, tomamos café num lugar supimpa, vimos o porto onde os caras constroem barcos vikings usando as mesmas técnicas de 1000 anos atrás e fomos em uma torre que fica no meio de uma antiga fortaleza, mas que hoje é só ruínas.



Quando chegamos em casa nós construímos um boneco de neve!!



Nós o batizamos de Stu.

No dia seguinte fomos no Verdens Ende, o World's End, uma praia em que fica um farol da época dos vikings. Um dos últimos restantes em toda a Noruega. E lá eu tirei a segunda foto marr legal da viagem.


Nesse mesmo dia, depois que anoiteceu (às 16h30), jantamos lasanha e assistimos Frozen. A Ana Leticia nunca tinha assistido e eu e a Marina estávamos com a música "Você quer brincar na neve" na cabeça.

Após três noites em Tønsberg eu e a Marina pegamos o trem para Oslo. Assim que chegamos, pegamos o metrô para a estação Tøyen (apelidada por mim de tonhonhóin), a do hostel. Deixamos as malas no quarto e fomos dar rolê. Em temperaturas próximas a 0º.

Primeiro fomos ao Opera House, que estava fechado. Depois fomos andar pra procurar lojinhas de souvenir e trazer dezenas de chaveiros, ímãs de geladeira e canecas. Só que não. Porque deve ser a ÚNICA capital dazoropa que não tem lojinha de souvenir a cada esquina! A única que a gente achou só tinha coisas zoadas e nos mostrou porque dizem que a Noruega é cara!

Depois de um tempo andando pelas ruas, chegamos à Catedral de Oslo, que era bem bonita, mas como é protestante, tinha poucos enfeites. Saindo da catedral, já estávamos ficando com fome e fomos comer no Hard Rock Café. Eu queria comprar uma camiseta mó daora com drakkares, machados, vikings etc. Mas era caro demais.



Quando saímos do Rarde Roque Café, fomos ao Ice Bar, um bar feito inteiramente de gelo - incluindo bancos, mesas, balcão, estátuas, copos etc - e mantido a uns -10º pro gelo não derreter. Tomamos o drink que estava incluído no preço da entrada e ficamos tirando fotos, nos sentindo no próprio castelo da Elsa-LERIGÔ LERIGÔÔÔ!!!


Depois do Ice Bar, seguimos nosso caminho para o metrô, para voltar pro hostel. Paramos numa lojinha de conveniência, onde compramos suco, achocolatado e uns muffins pro café da manhã. Vivenciamos uma mistura de garoa e neve e seguimos nosso rumo para o hostel.


O último dia foi melhor planejado. Iríamos a três museus. Vimos qual era o caminho de metrô e trem e saímos. O primeiro foi o Vikingskipshuset, o museu do barco viking. Meio pequeno, mas com explicações esclarecedoras sobre as navegações que eles faziam entre os séculos 8 e 11. Lá nós passamos na lojinha de conveniência do museu. Tudo caro. Mas no final a gente trouxe 3 ímãs, 2 chaveiros e uma caneca. =/


O segundo foi o museu do folclore norueguês, o Norsk Folkemuseum, que abrangia uma época bem mais recente do que os vikings, lá pros séculos 17 e 19. Este museu na verdade era um vilarejo com várias construções de madeira da época, como casas, celeiros, casas de campo, cozinhas, moinhos e uma igreja protestante. No fim eu não entendi se eram réplicas feitas recentemente, ou se são casas que realmente tem mais de 200 anos.



Lá nós tiramos a foto mais legal da viagem:


Por fim fomos ao Parque das Esculturas, o Vigelandsanlegget, que era um grande parque, como o Ibirapuera, mas com dezenas - quiçá centenas - de estátuas de bronze e concreto. Nas outras estações do ano, esse parque deve ser mais convidativo. Porque tinha muito gelo pelo chão pra galera escorregar, o chão estava inteiro branco de neve e o lago estava completamente congelado.




Saindo de lá, passamos num mercadinho, onde compramos macarrão, salsicha, molho de tomate, achocolatado, suco de laranja e donuts para um jantar caiçara e o café da manhã do dia seguinte, quando iríamos embora.

O meu parecer geral foi: Caceta... Eu esperava ver muito mais coisas vikings pela rua. Quiçá pessoas andando com seus machados pra lá e pra cá. Mas depois pensei que isso seria como algum turista chegar em São Paulo ou Rio de Janeiro querendo encontrar indígenas pra todo lado.

Nós acordamos às 7h00 da manhã e lá fora ainda estava breu. Saímos umas 8h00 e chegamos no aeroporto umas 9h30, meia hora depois do planejado. Mas tudo bem... Porque o vôo era só NO DIA SEGUINTE!! E só percebemos isso no balcão do check-in que nós havíamos comprado a passagem pro dia errado!

A nossa passagem era de stand-by, o que significa que a gente só pode entrar no avião se sobrar lugar (e isso só é descoberto lá no portão de embarque, na porta do avião). Mas como ela estava comprada para o dia seguinte, o cara não podia nem fazer check-in pra gente ir lá tentar a sorte. Então ligamos pra nossa madre, que é manjona das manjarias. Ela mexeu uns pauzinhos e voilà! Conseguimos fazer check-in e no fim conseguimos pegar o avião.

Chegamos em Paris em menos de duas horas. E lá ficamos mais de 8 horas, esperando até quase meia noite, pelo último minuto de embarque para saber se conseguiríamos voltar para casa naquele vôo. Pelo menos eu consegui assistir Batman (o de 1989 do Tim Burton).


No final, um funcionário veio nos informar:

- Eu tenho uma boa e uma má notícia: A boa é que os dois vão poder ir. A ruim é que um vai na executiva e outro na econômica.

Então decidimos que na primeira metade do vôo (de 12 horas) eu iria na econômica e depois a gente trocava. Mas quando eu sentei no meu lugar, um tripulante me chamou de canto e disse:

- Olha, o dono desse assento acabou de chegar de Roma e chegou a tempo para este vôo. Mas eu já falei com o comandante e ele disse que você pode viajar em um jump seat.

Jump seats são os assentos da tripulação. Umas cadeirinhas sem inclinação e sem mesinha. Mas acabou que eu fiquei em um canto sozinho com uma cortininha e sem vizinhos pra encher o saco. E ainda tinha um outro jump seat bem na frente, que eu abri e pude esticar as pernas. A única coisa é que eu tinha que acordar a cada meia hora pra mudar de posição e trocar o lado do corpo que ia ficar dormente. No finalzinho eu troquei com a Marina e consegui assistir um filme na TVzinha individual da executiva.

Chegando em São Paulo, minha mãe estava nos esperando na saída. Eu queria que a Agnes estivesse lá também, mas ela já tinha avisado que não ia conseguir ir junto.

Quando chegamos no carro para colocar as malas, não tinha espaço no porta-malas, porque A AGNES ESTAVA LÁ DENTRO ME ESPERANDO!!! Nhaaaa!! Coraçãozinho!! S2s2!!