Esta é uma história fictícia que eu escrevi há quase 1 ano, mas só agora resolvi dar uma revisada final e publicar.
O presidente de um time de futebol (vamos chamá-lo de Sport Clube Jaquipitinga da Serra) resolveu avaliar se seu time era bom. Para isso criou três indicadores. Um aparelho que media a força do chute, um alvo que deveria ser acertado com a bola e uma pista de corrida que deveria ser percorrida no menor tempo possível.
Apesar de todos os títulos, vitórias e gols do SCJS, os jogadores não conseguiam ir bem nos testes. Quando essa informação chegou ao presidente, ele disse que se os resultados não fossem alcançados, ele iria demitir toda a equipe e fechar o clube.
Então os treinadores colocaram os jogadores para fazer musculação nas pernas, treinar chute ao alvo e aprender a correr mais rápido. Alguns membros da equipe até precisaram ser trocados. Depois de algumas semanas, os jogadores foram avaliados novamente e todos tiraram notas altíssimas nos testes. O presidente ficou feliz e tinha certeza de que ganharia o próximo campeonato.
Mas na hora do jogo, os jogadores do SCJS quase não conseguiram dominar na bola. Nas raras vezes em que encostavam na bola, só conseguiam chutar com toda a força pra frente; Quando chegavam na frente gol, não sabiam mais pra que direção chutar, pois não havia um alvo esperando; e quando dominavam a bola, não conseguiam ter velocidade e levar a bola junto. No fim do jogo, o Sport Clube Jaquipitinga da Serra tomou uma goleada.
Moral da História: não adianta focar apenas nos medidores e esquecer do objetivo principal. E isso vale para qualquer instituição, empresa, fábrica, escola e qualquer ambiente em que haja uma equipe trabalhando junta.
Dois grandes exemplos disso são o Enem e os vestibulares. As escolas, ao invés de se preocupar em formar pessoas educadas para viver em sociedade, se preocupam mais em preparar alunos bitolados, com a cabeça abarrotada de fórmulas, datas e informações que servirão para um único objetivo: melhorar a média da escola no Enem e nos vestibulares. E depois que a pessoa entra na faculdade, os anos de estudo do ensino fundamental e médio vão pro lixo.
Marcelãoo 28/06/2014
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Contos - O Melhor Time de Futebol do Mundo
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terça-feira, 26 de maio de 2015
Criaturas Mitológicas - Parte 2
Uma vez eu fiz um post sobre Criaturas Mitológicas, para deixar o mundo um pouco mais culto e tals... Hoje estou fazendo a parte 2.
É uma fera da mitologia grega, cuja aparência é a mistura de dois ou mais animais com a capacidade de soltar fogo pelo nariz ou pela boca. A descrição mais comum é com cabeça e corpo de leão, com duas cabeças anexas, uma de cabra e outra de dragão. Algumas lendas ou mitologias mencionam o fato de ter asas e poder voar.
De acordo com a versão mais difundida da lenda, a quimera nasceu da união entre Equidna - metade mulher, metade serpente - e o gigantesco Tifão, o titã dos ventos. Outras lendas a fazem filha da hidra de Lerna e do leão da Nemeia, que foram mortos por Hércules.
Na Alquimia, é um ser artificial, criado a partir da fusão de um ser humano e animal (como no anime e mangá Fullmetal Alchemist)
Equidna (mitologia grega)
É uma criatura monstruosa, com tronco de uma bela mulher (ou ninfa) e cauda de serpente em lugar dos membros. Era gigante, como um titã. Por isso era a única capaz de se unir com Tifão.
Leão de Neméia (mitologia greco-romana)
Habitava a planície de Neméia, na Argólida, aterrorizando toda aquela região. A terrível fera não podia ser morta por um homem normal por ter couro impenetrável para mortais. Seu temível rugido podia ser ouvido a quilômetros de distância. Todos que o tentavam matar com lanças ou flechas acabavam sendo devorados.
Hidra de Lerna (mitologia grega)
Filho de Tifão e Equidna, era um monstro que habitava um pântano junto ao lago de Lerna, onde hoje equivaleria à costa leste do Peloponeso. A Hidra tinha corpo de dragão e sete cabeças de serpente que podiam se regenerar e cujo hálito era venenoso.
Grifo (mitologia babilônica e grega)
A figura do grifo surgiu no Oriente Médio onde babilônios, assírios e persas representaram a criatura em pinturas e esculturas, mas na mitologia grega eles foram mais reconhecidos e mais detalhados. Eles possuem cabeça e asas de águia e corpo de leão. Têm um grande senso de justiça e dão muito valor às artes e à inteligência.
Os grifos podem raramente cruzar com éguas e o fruto desse cruzamento recebe o nome de hipogrifo.
Hipogrifo (mitologia babilônica e grega)
Fruto do cruzamento de um grifo e um égua. Eram muito raros, pois os grifos desprezavam cavalos. Este fato era tão conhecido tempos medievais que produziu um ditado: "acasalar grifos com cavalos", o que significa mais ou menos o mesmo que "Quando os porcos voarem". Por isso, o hipogrifo era considerado um símbolo dos amores impossíveis.
Esfinge (mitologia egípcia e grega)
Na mitologia egípcia, as esfinges eram guardiãs dos túmulos. Existiam dois tipos de esfinges, a Androsfinge (corpo de leão com cabeça de pessoa) e a Hierocosfinge (corpo de leão com cabeça de falcão).
Na mitologia grega, havia uma única esfinge na mitologia grega, um demônio de destruição e má sorte.
Hecatônquiro (mitologia grega)
Tmbém conhecidos por Centímanos, eram três gigantes irmãos que possuíam cem mãos e cinquenta cabeças cada. Seus nomes eram Briareu, "o vigoroso", Coto, "o furioso" e Giges, "o de grandes membros".
Basilisco (mitologia grega)
O basilisco é descrito pelo pensador grego Plínio, o Velho, como uma serpente enorme com uma coroa dourada na cabeça ou, no macho, uma pluma vermelha ou negra. Em diferentes épocas e regiões, sua descrição variava entre cabeça humana, cabeça de galo, corpo de dragão e corpo de lagarto... Mas sua forma mais aceita é a de uma grande cobra com uma coroa.
O basilisco seria capaz de matar apenas com o olhar e o único jeitos de matá-lo seria fazendo-o olhar seu próprio reflexo em um espelho.
Cerbero (mitologia grega)
Era um monstruoso cão de várias cabeças (quase sempre a descrição diz que eram três cabeças) que guardava a entrada do Tártaro (algo como o inferno da mitologia grega).
Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia, tornando-se um cão feroz e temido por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo vivos do submundo foram os heróis semideuses Hércules, Orfeu, Eneias e Psiquê.
Hipocampo (mitologia fenícia e grega)
Foram criados por Poseidon a partir da espuma do mar. São animais com caudas de peixe brilhantes, semelhantes ao arco-íris, e a parte frontal de seus corpos são de corcel branco.
Na mitologia grega, o hipocampo servia de companhia e montaria às nereidas, como animal de tração ao carro de Poseidon e como montaria no exército de Posidão.
Caronte (mitologia grega)
É o barqueiro do Hades (mundo inferior), que carrega as almas dos recém-mortos sobre as águas dos rios Estige e Aqueronte, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos. De acordo com a tradição funerária grega, uma moeda era colocada dentro ou sobre a boca dos cadáveres para que ele pudesse pagar Caronte pelo transporte.
As Erínias, ou Fúrias (mitologia greco-romana)
As Erínias (Fúrias para os romanos) eram personificações da vingança. Supunha-se elas serem muitas, mas na peça de Ésquilo elas são apenas três. Eram Tisífone (Castigo), Megera (Rancor) e Alecto (Implacável).
Elas viviam nas profundezas do Tártaro, onde torturavam as almas pecadoras. Tinham a aparência pavorosa, de mulheres com asas de morcego e cabelo de serpente.
As Erínias são divindades presentes desde as origens do mundo, nascidas das gotas de sangue que caíram sobre Gaia quando o deus Urano foi castrado por Cronos. São forças primitivas da natureza e estão sempre se lamentando pelo sangue parental derramado, só se satisfazendo com a morte violenta dos homens.
sexta-feira, 22 de maio de 2015
A Química da Tequila
A Tequila recebe esta denominação devido a cidade de mesmo nome, localizada no Estado de Jalisco a 65 km da capital Guardalajara, Mexico, sendo a bebida típica do país e também a mais consumida. Caracterizada por seu sabor adocicado, o ritual mais comum para se tomar tequila é entonar o copo, tomando tudo de uma vez.
A Tequila é fabricada com conteúdo alcoólico variável de 31 a 55%, a partir do agave azul, uma planta semelhante ao abacaxi, que se desenvolve em regiões de terrenos de solos vulcânicos e clima árido. São necessários 7 kg de agave para se obter exatos 1 litro de tequila.
Inicialmente se aquece o agave por 48h, esfriando-o logo em seguida por 14h. A seguir toda frutose (açúcar da fruta) é removida, formando um liquido conhecido como "aquamiel". Este líquido começa a fermentar e nesta etapa recebe o nome de "vinho de agave", já com o sabor adocicado característico que o identifica.
Depois adiciona-se proporcionalmente levedura natural de Saccharomisses cervisae, que realiza o processo de fermentação alcoólica.
Quando a tequila chega ao teor de álcool desejado, é deixada em repouso para maturação em barris de carvalho, e assim é exportada e transportada.
Segundo a cor, tempo de maturação e engarrafamento, temos 4 tipos, que são citadas abaixo:
* Descansada: engarrafada após 2 meses em barris de carvalho.
* Branca: engarrafada imediatamente em barris de carvalho.
* Velha: armazenada por 1 ano e maturada em barris de carvalho.
* Extra: armazenada e maturada por 3 anos em barris de carvalho.
Fonte:
Para gostar de química
A Tequila é fabricada com conteúdo alcoólico variável de 31 a 55%, a partir do agave azul, uma planta semelhante ao abacaxi, que se desenvolve em regiões de terrenos de solos vulcânicos e clima árido. São necessários 7 kg de agave para se obter exatos 1 litro de tequila.
Inicialmente se aquece o agave por 48h, esfriando-o logo em seguida por 14h. A seguir toda frutose (açúcar da fruta) é removida, formando um liquido conhecido como "aquamiel". Este líquido começa a fermentar e nesta etapa recebe o nome de "vinho de agave", já com o sabor adocicado característico que o identifica.
Depois adiciona-se proporcionalmente levedura natural de Saccharomisses cervisae, que realiza o processo de fermentação alcoólica.
Quando a tequila chega ao teor de álcool desejado, é deixada em repouso para maturação em barris de carvalho, e assim é exportada e transportada.
Segundo a cor, tempo de maturação e engarrafamento, temos 4 tipos, que são citadas abaixo:
* Descansada: engarrafada após 2 meses em barris de carvalho.
* Branca: engarrafada imediatamente em barris de carvalho.
* Velha: armazenada por 1 ano e maturada em barris de carvalho.
* Extra: armazenada e maturada por 3 anos em barris de carvalho.
Fonte:
Para gostar de química
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Largados e Pelados
Outro dia o Carlito, amigo meu do trabalho, me falou de um programa de TV chamado "Largados e Pelados".
Este programa é um reality show em que duas pessoas, um homem e uma mulher, são largados pelados na selva. Cada um pode levar um item de sobrevivência e eles precisam sobreviver por 21 dias até serem resgatados pelo helicóptero da equipe.
Quando o Carlito me falou desse programa eu perguntei quis itens as pessoas costumam levar. E ele me disse que quase sempre é isqueiro e faca. Então eu coloquei as mãos nos bolsos e mostrei pra ele meus itens que eu levo todos os dias: isqueiro e faca. Já estou pronto pra sobreviver na selva =)
O primeiro episódio da segunda temporada se passa na Amazônia.
Esse episódio começa com um gringo branquelo que já serviu no Afeganistão e se achava o bonzão por isso. Mas ninguém está preparado para a Amazônia. Uma das coisas que eles falam é que o mato é muito fechado. E, bicho, quem já fez trilha no mato aqui no Brasil sabe disso... Se vc andar 10 metros pra dentro da selva, vc não consegue mais voltar. Essa é a grande diferença entre "floresta" e "selva".
Este programa é um reality show em que duas pessoas, um homem e uma mulher, são largados pelados na selva. Cada um pode levar um item de sobrevivência e eles precisam sobreviver por 21 dias até serem resgatados pelo helicóptero da equipe.
Quando o Carlito me falou desse programa eu perguntei quis itens as pessoas costumam levar. E ele me disse que quase sempre é isqueiro e faca. Então eu coloquei as mãos nos bolsos e mostrei pra ele meus itens que eu levo todos os dias: isqueiro e faca. Já estou pronto pra sobreviver na selva =)
O primeiro episódio da segunda temporada se passa na Amazônia.
Esse episódio começa com um gringo branquelo que já serviu no Afeganistão e se achava o bonzão por isso. Mas ninguém está preparado para a Amazônia. Uma das coisas que eles falam é que o mato é muito fechado. E, bicho, quem já fez trilha no mato aqui no Brasil sabe disso... Se vc andar 10 metros pra dentro da selva, vc não consegue mais voltar. Essa é a grande diferença entre "floresta" e "selva".
sábado, 25 de abril de 2015
Cobras Fumantes
Em 1944 o Brasil enviou para a Europa 25.334 para lutarem na 2ª Guerra Mundial. Muitos voltaram para contar suas histórias. Outros morreram para fazê-las. Era a Força Expedicionária Brasileira, conhecida pela sigla FEB.
Eles adotaram como lema "A cobra está fumando", em alusão ao que se dizia à época que seria "Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa". E assim ganharam o apelido de "Cobras Fumantes".
No ano passado, a banda sueca de Heavy Metal "Sabaton" lançou seu sétimo álbum, chamado "Heroes". E a terceira faixa se chama "Smoking Snakes", música cuja letra homenageia os soldados brasileiros que combateram na 2ª Guerra Mundial - com direito a refrão em português!
A banda Sabaton tradicionalmente explora temas baseados em guerras e batalhas históricas, com bastante conteúdo referente às duas guerras mundiais. Em "Smoking Snakes", a banda homenageia os três heróis brasileiros do 11º Regimento de Infantaria que lutaram até a morte contra tropas alemãs.
Em 14 de abril de 1945, durante a tomada de Montese, na Itália, três soldados brasileiros foram enviados para uma missão de patrulha. Eram eles: Geraldo Baeta da Cruz, 28, Arlindo Lúcio da Silva, 25* e Geraldo Rodrigues de Souza, 26.
De acordo com os registros, os três pracinhas integravam uma patrulha do 11º RI de São João del Rey que teve como esforço principal o combate em montanhas com densos campos de minas e sob o fogo cerrado das metralhadoras alemãs. Em Montense, a tenacidade, o ardor combativo e as qualidades morais e profissionais dos brasileiros foram demonstradas em seu raro espírito ofensivo, sob os fogos da Infantaria e Artilharia do Inimigo, transpondo caminhos difíceis, neutralizando campos minados, assegurando posteriormente a posse definitiva dessa importante posição para a Divisão Brasileira.
Em uma dessas incursões, os pracinhas mineiros se depararam com toda uma companhia do exército alemão composta de aproximadamente 100 homens. Eles receberam ordens para se render, mas continuaram em combate até ficarem sem munição e serem mortos.
Mas ao invés da vala comum, receberam honras especiais do Exército alemão. Admirado com a coragem e resistência do trio, o comandante nazista mandou enterrá-los e colocar, sobre a cova, uma cruz e placa com a inscrição: “Drei Brasilianische Helden” (Três Heróis Brasileiros). Terminada a guerra, seus restos mortais foram trasladados para o Cemitério de Pistoia, na Itália, e depois para o Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro/RJ,
Fontes:
Defesa Aérea & Naval
Wikipedia
Francisco Miranda - Blog
* Nota: Pensar que um moleque mineiro da minha idade morreu na Italia metralhando nazistas me deixou impressionado e emocionado.
Eles adotaram como lema "A cobra está fumando", em alusão ao que se dizia à época que seria "Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa". E assim ganharam o apelido de "Cobras Fumantes".
No ano passado, a banda sueca de Heavy Metal "Sabaton" lançou seu sétimo álbum, chamado "Heroes". E a terceira faixa se chama "Smoking Snakes", música cuja letra homenageia os soldados brasileiros que combateram na 2ª Guerra Mundial - com direito a refrão em português!
A banda Sabaton tradicionalmente explora temas baseados em guerras e batalhas históricas, com bastante conteúdo referente às duas guerras mundiais. Em "Smoking Snakes", a banda homenageia os três heróis brasileiros do 11º Regimento de Infantaria que lutaram até a morte contra tropas alemãs.
Em 14 de abril de 1945, durante a tomada de Montese, na Itália, três soldados brasileiros foram enviados para uma missão de patrulha. Eram eles: Geraldo Baeta da Cruz, 28, Arlindo Lúcio da Silva, 25* e Geraldo Rodrigues de Souza, 26.
De acordo com os registros, os três pracinhas integravam uma patrulha do 11º RI de São João del Rey que teve como esforço principal o combate em montanhas com densos campos de minas e sob o fogo cerrado das metralhadoras alemãs. Em Montense, a tenacidade, o ardor combativo e as qualidades morais e profissionais dos brasileiros foram demonstradas em seu raro espírito ofensivo, sob os fogos da Infantaria e Artilharia do Inimigo, transpondo caminhos difíceis, neutralizando campos minados, assegurando posteriormente a posse definitiva dessa importante posição para a Divisão Brasileira.
Em uma dessas incursões, os pracinhas mineiros se depararam com toda uma companhia do exército alemão composta de aproximadamente 100 homens. Eles receberam ordens para se render, mas continuaram em combate até ficarem sem munição e serem mortos.
Mas ao invés da vala comum, receberam honras especiais do Exército alemão. Admirado com a coragem e resistência do trio, o comandante nazista mandou enterrá-los e colocar, sobre a cova, uma cruz e placa com a inscrição: “Drei Brasilianische Helden” (Três Heróis Brasileiros). Terminada a guerra, seus restos mortais foram trasladados para o Cemitério de Pistoia, na Itália, e depois para o Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro/RJ,
Fontes:
Defesa Aérea & Naval
Wikipedia
Francisco Miranda - Blog
* Nota: Pensar que um moleque mineiro da minha idade morreu na Italia metralhando nazistas me deixou impressionado e emocionado.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
The Evil Within
No último domingo, dia 12, eu fui na casa dos Nil dar um abraço e um beijo de parabéns na minha madrinha e no meu primo - Tia Nil e André.
Estavam lá o André, o Bruno, o Cesar, o Alê, o Rodrigo, a Tia Nil e a Tia Tina.
Nós ficamos jogando Videogame, mais precisamente Super Smash Bros WiiU. Depois Mario Kart 8, que eu joguei com o Link na moto do Zelda com as rodas do Zelda e o paraquedas do Zelda.
Foi muito daora, mas não é sobre isso que eu ia falar aqui. Mas sim sobre o jogo "The Evil Within", cuja tradução poderia ser algo como "O mal interior", se referindo às coisas mutcho lokas que acontecem ao longo do jogo, que se passa em um manicômio e seus arredores.
Mas eu levo os jogos ao estilo Leeroy Jenkins, então pra mim aquilo era um jogo de ação. E quando eu ficava cercado de monstros, eu lembrava daquela célebre frase de Watchmen:
"Eu não estou preso aqui com vocês, vocês estão presos aqui comigo."
Estavam lá o André, o Bruno, o Cesar, o Alê, o Rodrigo, a Tia Nil e a Tia Tina.
Nós ficamos jogando Videogame, mais precisamente Super Smash Bros WiiU. Depois Mario Kart 8, que eu joguei com o Link na moto do Zelda com as rodas do Zelda e o paraquedas do Zelda.
Foi muito daora, mas não é sobre isso que eu ia falar aqui. Mas sim sobre o jogo "The Evil Within", cuja tradução poderia ser algo como "O mal interior", se referindo às coisas mutcho lokas que acontecem ao longo do jogo, que se passa em um manicômio e seus arredores.
A ideia do jogo é andar cautelosamente, tomar sustos, morrer de medo e fugir quando encontrar monstros. Antes de jogarmos o Alê e o Bruno falaram que dava mó medão e tals.SinopseQuando o detective Sebastian, com seu parceiro, chegam ao local onde ocorreu um horrível assassinato brutal em massa, uma força poderosa e misteriosa estava a espera deles. Testemunhando as intensas mortes dos seus colegas policias, uns após outros, Sebastian é atacado e perde a consciência. Ao acordar numa terra onde os monstros vagueiam, ele tem que lutar no seu caminho através de um mundo de morte e loucura. Para entender o que está acontecendo, Sebastian tem que enfrentar os seus medos, para sobreviver numa jornada e descobrir o que está nas sombras daquela força misteriosa.
Mas eu levo os jogos ao estilo Leeroy Jenkins, então pra mim aquilo era um jogo de ação. E quando eu ficava cercado de monstros, eu lembrava daquela célebre frase de Watchmen:
"Eu não estou preso aqui com vocês, vocês estão presos aqui comigo."
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Elspeth Beard
1980. Uma época obscura em que não havia internet, celular e GPS. Eis que Elspeth Beard, uma moçoila inglesa de 24 anos resolve pegar a estrada de moto e viajar o mundo.
Com uma BMW R 60/6 Flat-Twin de 1974 já com 48.000 kms rodados viajou por vários países da América do Norte, Europa, Ásia, Oriente Médio e Oceania
Pra nós hoje isso parece "normal", já que várias pessoas viajam por aí sozinhas e temos todos os aparatos tecnológicos a nosso favor. Mas em 1980, uma mulher decidir cruzar de moto os continentes da Terra era quase um atestado de insanidade - e suicídio.
A primeira etapa da viagem de Elspeth começou em New York/EUA, ela custeou o transporte aéreo dela e da sua moto saindo de Londres. De lá, rodou nos EUA, Canadá e México, voltando para a cidade de Los Angeles, onde enviou sua moto para Sydney na Austrália. Enquanto estava sendo realizado o trâmite de transporte da sua moto (naquela época era mais burocrático e demorado), resolveu esperar, conhecendo a pé a Nova Zelândia, andando por alguns dias.
Depois dos custos que teve para viajar até então e enviar a moto para Sydney, Elspeth ficou sem dinheiro. Ai, em Sydney procurou trabalho. Ficou sete meses trabalhando e vivendo numa garagem de uma casa de uma família que resolveu abrigá-la, fazendo projetos arquitetônicos para pessoas residentes próximas. Foi nesse período também que Elspeth resolveu construir as malas laterais e traseira da sua moto, feitas de alumínio, rebitados e cortados por ela mesma. Até então, ela estava viajando com malas de tecido que tinha providenciado na sua saída de Londres.
Após a chegada da moto, rodou pela Austrália e sofreu seu primeiro acidente, foi em uma estrada de terra perto de Townsville, em Queensland. A moto caiu e ela sofreu escoriações e outros ferimentos, mas não teve nenhum osso quebrado. O capacete da marca "Bell" a protegeu e ela o tem guardado de recordação até hoje, o qual mesmo depois do acidente, continuou sendo utilizado por toda a viagem (não tinha grana sobrando para trocá-lo).
Abalada, mas sempre destemida, ela passou duas semanas no hospital antes de retomar a viagem na estrada, até o norte e costa leste de OZ, em seguida pelo sertão de Ayers Rock e, finalmente, através da planície Nullabor na costa oeste. Lá ela colocou a BMW num barco com destino para Cingapura.
Em Cingapura/Indonésia, sofreu um grave problema, teve todos os seus documentos e pertences de valor roubados, como seu passaporte, documentos do registro de transporte da moto. Teve que voltar para a Inglaterra por onde permaneceu seis semanas resolvendo a questão das segundas vias dos documentos.
Resolvida a questão dos documentos, ela buscou sua moto na Tailândia, prosseguiu até a península da Malásia, pasando também por Bangkok, indo até Chiang Mai no mesmo país (Tailândia), seguindo pelo conhecido Triângulo Dourado na rota terrestre para a Índia.
Foi quando sofreu novo acidente, quando atropelou um cachorro que apareceu correndo saindo próximo de um caminhão, fazendo com que com o seu desvio batesse com a moto numa árvore, isso ocorreu ainda na Tailândia, foi abrigada por uma família pobre de uma pequena cidade, que não falavam uma palavra de inglês e ela nada de tailandês, a comunicação foi por sinais.
A família tailandesa ficou encantada com as histórias que a Elspeth contava sobre sua viagem, conviveram juntos por duas semanas, até que Elspeth se recuperasse do seu acidente, dando comida e hospedagem para ela. Elspeth só ficou chocada quando descobriu que a carne que havia comido na casa era do cachorro que ela havia matado no acidente. Elspeth teve também que arrumar peças do motor da moto que danificou. Depois da experiência com a família rodou adentrando na Índia.
Elspeth já estava viajando havia mais de dois anos desde sua partida. Foi quando seus pais resolveram visitá-la na Índia, na cidade de Katmandu. Eles ficaram chocados com a magreza dela. Nessa cidade Elspeth conheceu um holandês que também estava viajando de moto, e juntos rodaram de volta até a Europa, mas antes conheceram o Himalaia. Ambos passaram por uma experiência ruim na viagem, na fronteira da Índia com o Paquistão, ocorreu o assassinato do primeiro ministro indiano, fazendo com que a fronteira ficasse dominada por policiais e guardas do governo indiano, dificultando todos os trâmites de saída do país.
A situação ficou caótica e vários ocidentais que estavam na Índia entraram em desespero. Elspeth e o novo amigo holandês simplesmente não conseguiam permissão para sair da Índia, foi quando Elspeth resolveu por conta própria forjar um documento como se fosse do governo indiano autorizando sua saída do país.Ela não estava bem de saúde e sua moto estava com o freio traseiro defeituoso, devido a um vazamento de óleo, além da embreagem da moto que havia parado de funcionar.
Conseguiram atravessar a fronteira para o Paquistão, cruzando o país em direção ao Irã e de lá para a Turquia. No Irã o visto de permissão para ficarem no país foi de poucos dias, assim, logo chegaram na Turquia, faltando poucas horas para o vencimento dos seus vistos.
Elspeth passou algum tempo na Turquia oriental recuperando sua força e reparando sua moto. Quando ela deixou a Inglaterra, era uma mulher jovem, alta, saudável e pesando 65kg. Agora estava pesando apenas 41 quilos.
Pra quem já tinha feito todo o caminho que ela fez por países politicamente complicados e com muitos problemas sociais, partir da Turquia para cruzar a Grécia e parte da Europa continental rumo ao Reino Unido era simples, ela estava se sentindo em casa. O único desafio, seria atravessar uma rodovia na Iugoslávia, conhecida como "rodovia da morte", uma estrada de apenas uma pista de cada lado, com muitos caminhões, os quais toda hora ultrapassam um ao outro. Tal estrada tem centenas de cruzes e flores em ambos os lados para lembrar dos mortos em acidentes nos locais.
Mas tudo bem, Elspeth rodou com sua moto até a sua cidade de Londres na Inglaterra, findando a sua viagem. A moto que Elspeth usou para essa viagem existe e é dela até hoje. Ela já teve várias outras motos da BMW, por alguns anos rodou uma GS 1100 R, depois com uma R 80 GS e também uma R 1200 GS.
Já fez várias outras grandes viagens, mas nenhuma como a primeira. É sempre assim, todas as viagens de motocicletas, são únicas, diferentes e especiais. Numa das viagens de Elspeth, ela foi acompanhada com um famoso moto aventureiro europeu, Nick Sanders, de Londres para Marrocos, ida e volta.
Depois que Elspeth terminou sua grande viagem, que durou de 1980 a 1983, ela completou seus estudos de arquitetura e passou sete anos transformando uma torre de água abandonada que adquiriu, em sua casa vitoriana que ficou maravilhosa. Trabalha em tempo integral em Londres e criou sozinha seu filho. Hoje ela é uma arquiteta premiada e reconhecida em toda a Europa.
Loucos são aqueles que acham que esse tipo de sonho é loucura.
Fonte: RockRiders.com.br
Com uma BMW R 60/6 Flat-Twin de 1974 já com 48.000 kms rodados viajou por vários países da América do Norte, Europa, Ásia, Oriente Médio e Oceania
Pra nós hoje isso parece "normal", já que várias pessoas viajam por aí sozinhas e temos todos os aparatos tecnológicos a nosso favor. Mas em 1980, uma mulher decidir cruzar de moto os continentes da Terra era quase um atestado de insanidade - e suicídio.
A primeira etapa da viagem de Elspeth começou em New York/EUA, ela custeou o transporte aéreo dela e da sua moto saindo de Londres. De lá, rodou nos EUA, Canadá e México, voltando para a cidade de Los Angeles, onde enviou sua moto para Sydney na Austrália. Enquanto estava sendo realizado o trâmite de transporte da sua moto (naquela época era mais burocrático e demorado), resolveu esperar, conhecendo a pé a Nova Zelândia, andando por alguns dias.
Depois dos custos que teve para viajar até então e enviar a moto para Sydney, Elspeth ficou sem dinheiro. Ai, em Sydney procurou trabalho. Ficou sete meses trabalhando e vivendo numa garagem de uma casa de uma família que resolveu abrigá-la, fazendo projetos arquitetônicos para pessoas residentes próximas. Foi nesse período também que Elspeth resolveu construir as malas laterais e traseira da sua moto, feitas de alumínio, rebitados e cortados por ela mesma. Até então, ela estava viajando com malas de tecido que tinha providenciado na sua saída de Londres.
Após a chegada da moto, rodou pela Austrália e sofreu seu primeiro acidente, foi em uma estrada de terra perto de Townsville, em Queensland. A moto caiu e ela sofreu escoriações e outros ferimentos, mas não teve nenhum osso quebrado. O capacete da marca "Bell" a protegeu e ela o tem guardado de recordação até hoje, o qual mesmo depois do acidente, continuou sendo utilizado por toda a viagem (não tinha grana sobrando para trocá-lo).
Abalada, mas sempre destemida, ela passou duas semanas no hospital antes de retomar a viagem na estrada, até o norte e costa leste de OZ, em seguida pelo sertão de Ayers Rock e, finalmente, através da planície Nullabor na costa oeste. Lá ela colocou a BMW num barco com destino para Cingapura.
Em Cingapura/Indonésia, sofreu um grave problema, teve todos os seus documentos e pertences de valor roubados, como seu passaporte, documentos do registro de transporte da moto. Teve que voltar para a Inglaterra por onde permaneceu seis semanas resolvendo a questão das segundas vias dos documentos.
Resolvida a questão dos documentos, ela buscou sua moto na Tailândia, prosseguiu até a península da Malásia, pasando também por Bangkok, indo até Chiang Mai no mesmo país (Tailândia), seguindo pelo conhecido Triângulo Dourado na rota terrestre para a Índia.
Foi quando sofreu novo acidente, quando atropelou um cachorro que apareceu correndo saindo próximo de um caminhão, fazendo com que com o seu desvio batesse com a moto numa árvore, isso ocorreu ainda na Tailândia, foi abrigada por uma família pobre de uma pequena cidade, que não falavam uma palavra de inglês e ela nada de tailandês, a comunicação foi por sinais.
A família tailandesa ficou encantada com as histórias que a Elspeth contava sobre sua viagem, conviveram juntos por duas semanas, até que Elspeth se recuperasse do seu acidente, dando comida e hospedagem para ela. Elspeth só ficou chocada quando descobriu que a carne que havia comido na casa era do cachorro que ela havia matado no acidente. Elspeth teve também que arrumar peças do motor da moto que danificou. Depois da experiência com a família rodou adentrando na Índia.
Elspeth já estava viajando havia mais de dois anos desde sua partida. Foi quando seus pais resolveram visitá-la na Índia, na cidade de Katmandu. Eles ficaram chocados com a magreza dela. Nessa cidade Elspeth conheceu um holandês que também estava viajando de moto, e juntos rodaram de volta até a Europa, mas antes conheceram o Himalaia. Ambos passaram por uma experiência ruim na viagem, na fronteira da Índia com o Paquistão, ocorreu o assassinato do primeiro ministro indiano, fazendo com que a fronteira ficasse dominada por policiais e guardas do governo indiano, dificultando todos os trâmites de saída do país.
A situação ficou caótica e vários ocidentais que estavam na Índia entraram em desespero. Elspeth e o novo amigo holandês simplesmente não conseguiam permissão para sair da Índia, foi quando Elspeth resolveu por conta própria forjar um documento como se fosse do governo indiano autorizando sua saída do país.Ela não estava bem de saúde e sua moto estava com o freio traseiro defeituoso, devido a um vazamento de óleo, além da embreagem da moto que havia parado de funcionar.
Conseguiram atravessar a fronteira para o Paquistão, cruzando o país em direção ao Irã e de lá para a Turquia. No Irã o visto de permissão para ficarem no país foi de poucos dias, assim, logo chegaram na Turquia, faltando poucas horas para o vencimento dos seus vistos.
Elspeth passou algum tempo na Turquia oriental recuperando sua força e reparando sua moto. Quando ela deixou a Inglaterra, era uma mulher jovem, alta, saudável e pesando 65kg. Agora estava pesando apenas 41 quilos.
Pra quem já tinha feito todo o caminho que ela fez por países politicamente complicados e com muitos problemas sociais, partir da Turquia para cruzar a Grécia e parte da Europa continental rumo ao Reino Unido era simples, ela estava se sentindo em casa. O único desafio, seria atravessar uma rodovia na Iugoslávia, conhecida como "rodovia da morte", uma estrada de apenas uma pista de cada lado, com muitos caminhões, os quais toda hora ultrapassam um ao outro. Tal estrada tem centenas de cruzes e flores em ambos os lados para lembrar dos mortos em acidentes nos locais.
Mas tudo bem, Elspeth rodou com sua moto até a sua cidade de Londres na Inglaterra, findando a sua viagem. A moto que Elspeth usou para essa viagem existe e é dela até hoje. Ela já teve várias outras motos da BMW, por alguns anos rodou uma GS 1100 R, depois com uma R 80 GS e também uma R 1200 GS.
Já fez várias outras grandes viagens, mas nenhuma como a primeira. É sempre assim, todas as viagens de motocicletas, são únicas, diferentes e especiais. Numa das viagens de Elspeth, ela foi acompanhada com um famoso moto aventureiro europeu, Nick Sanders, de Londres para Marrocos, ida e volta.
Depois que Elspeth terminou sua grande viagem, que durou de 1980 a 1983, ela completou seus estudos de arquitetura e passou sete anos transformando uma torre de água abandonada que adquiriu, em sua casa vitoriana que ficou maravilhosa. Trabalha em tempo integral em Londres e criou sozinha seu filho. Hoje ela é uma arquiteta premiada e reconhecida em toda a Europa.
Loucos são aqueles que acham que esse tipo de sonho é loucura.
Fonte: RockRiders.com.br
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