segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Geórgia, um País que eu nunca tinha ouvido falar

Eu estava rolando minha timeline no facebook quando me deparei com este vídeo:



O nome da banda é Trio Mandili. Fui pesquisar de onde era essa língua maluca e descobri que elas são da Georgia... Aí pensei "Ué, mas Georgia não é um estado dos EUA?"

E então eu descobri q existe um país chamado Georgia, onde se fala um idioma lokasso chamado georgiano: საქართველო (Geórgia em georgiano)

E o país fica entre Azerbaijão, Turquia, Armênia e Rússia.... É daqueles países que vc olha a arquitetura da cidade e não sabe se está na França ou na Índia. Que durante a história, ficou no meio das rotas de comércio entre a Europa e a Ásia. Tendo influências medievais cristã e migrações de povos ciganos e pagãos.


O país é uma república unitária, semipresidencial, com o governo eleito através de uma democracia representativa. A Geórgia é atualmente um membro do Conselho da Europa, da Organização de Cooperação Econômica do Mar Negro, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), e do Eurocontrol. E também aspira aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à União Europeia.



Entre os séculos V a.C. e VII d.C., reinos independentes se estabeleceram no que hoje é a Geórgia. Os reinos da Cólquida e Ibéria, cujas orientações religiosas vinham do Paganismo, adotaram o cristianismo no início do século IV.

No início do século XIX, a Geórgia foi anexada pelo Império Russo. Em 1917, logo depois da Revolução Russa, teve um período de independência que acabou logo, em 1921, quando foi ocupada pela União Soviética.

Em 1991, finalmente conseguiu independência novamente, mas sofrendo com uma crise econômica e social pós-comunista. Isso durou até a Revolução Rosa de 2003, depois que o novo governo introduziu reformas democráticas e econômicas.

Durante séculos, a economia georgiana se baseou no comércio, devido a sua abertura para o Mar Negro e sua participação na Rota da Seda. Mais recentemente, durante a maior parte do século XX, a economia seguiu os padrões soviéticos. Em 1995, recebeu ajuda financeira do Banco Mundial, do FMI e da Alemanha. E atualmente, depois de atritos econômicos com a Rússia, a economia se baseia principalmente na agricultura, turismo e exportação de vinho.

Foto incrível no Google Maps, tirada por Levon Hakopian



Este local se chama Naohrebi. É o nome georgiano da Vila (que em armênio se chamava Mohreb). Antes da sovietização, o nome desta região era Gugark. E os moradores dessa vila eram fugitivos do genocídio movido pelo império turco-otomano.

Fonte:
Wikipedia
Levon Hakopian (que eu encontrei no facebook foi muito gente boa em me explicar de onde é a foto que ele tirou)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Sessão Contos - Histórias de Dona Zifa

Vou tentar contar de maneira fiel, mas resumindo e juntando algumas coisas, as histórias da dona Zifa, ex-esposa do Tio Dito. 

"Eu nasci numa cidade chamada Cabo Verde, em Minas Gerais, em 1937. Meu pai era Cantador de Reis da tribo. Tapuia. E minha mãe era branquinha, linda, sabe? Uma vez um macaquinho tava comendo banana quando a gente passou e quando ele viu minha mãe começou a mostrar o pintinho, sabe? Meu pai queria matar ele! Mas não conseguia acertar uma flecha nele.


A gente ficava o dia todo no Rio pegando peixe com a lança. Acendia uma fogueira assim do lado do rio, e ficava ali. Pescando e já comendo.


Quem tinha boa mira era meu irmão. Ele via o tiú, assim de longe, e vum! Acertava de primeira. E o bichinho ficava assim tentando se soltar, sabe? Minha mãe fazia umas paneladas, nossa, muito boas.

Teve uma vez também que a gente encontrou duas emas, sabe? Uma escapou, que correu e pulou o córguinho, mas a outra... Tinha uns paraguaios lá que usavam carabina pra caçar e eles conseguiram pegar. Um deles pegou uma pena do rabo que ele queria e deixou a carne pra gente... A perna dela era assim que o joelho era do tamanho do joelho de um boi. E depois minha mãe fez uma panelada também, que deu quatro baldão de carne.

Meu irmão, quando tinha 17 anos, saía ele mais três amigos e falava pra minha mãe "Olha, mãe, nem pensa em mim, que eu não sei quando volto e nem se eu volto". Aí ele saía com três amigos, encontrava boiadeiro assim na estrada, levando a boiada, né? Matava o peão com arco, pegava o berrante e ia levar a boiada pra outro canto pra vender. Aí começaram a perceber que tava sumindo peão e boiada. E começaram a procurar meu irmão.


Um dia ele tava na estrada assim e deu de cara com um monte de camburão e um padre em cima de um jipe. Meu irmão falou que o gado era dele e ele tava indo vender no Paraguai. Mas eles já sabiam, e começaram a atirar.

Meu irmão voou que era igual o vento. Ia pra lá e pra cá e ninguém acertava ele. E diz que quando acertava, saía fogo assim da pele e não machucava ele. É que quando ele nasceu, meu tio fechou o corpo dele, sabe?

Aí o padre falou "Me dá 14 balas", ele benzeu elas e quando conseguiram cercar meu irmão, aí mataram ele. Com as balas do padre.

Quando eu tinha 12 anos, a gente saiu. Eu e minha família. A gente saiu lá de Cabo Verde e foi até o Rio de Janeiro. Foi três meses caminhando no mato. Era subida e descida. Aí à noite parava pra acender uma fogueira e comer.

Chegando no Rio, a gente foi no Palácio do Catete. Ninguém entrava lá, mas nós entramos. Pela porta da frente. Meu pai foi lá falar com o Getúlio Vargas, e ele falou assim "Vou dar um terreno pra vocês, bem grande. Pra vocês poderem trabalhar.


Aí nós voltamos. Lá pro Mato Grosso. E ganhamos o terreno mesmo. Era enorme. A gente plantava lá cenoura, batata, couve, mandioca, tinha porco, tinha galinha.

Depois eu vim pra São Paulo. Eu vim andando lá da cidade até a Estação da Luz. E aí conheci o Dito. No começo eu não queria saber dele. Me escondia embaixo da cama quando ele aparecia em casa."

Eu sei que tem muitas informações desencontradas, que parecem não fazer muito sentido. Mas estas histórias tem por volta de 80 anos, então não estão muito fresquinhas mesmo.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Qual a diferença?

A gente tem mania de achar q na idade média o povo era burro de acreditar em qualquer coisa que se falava. Ou que na inquisição e na caça às bruxas de Salem o povo era burro de acreditar em qualquer um e já sair matando sem nenhuma prova, desde linchamentos a execuções nas fogueiras.

No início da internet, nossos pais falavam pra gente não acreditar em tudo que visse nos sites por aí, pois qualquer um pode escrever qualquer coisa. Mas hoje em dia, que mais gente tem acesso a Photoshop e internet, e é mais fácil ainda espalhar qualquer besteira, parece que as pessoas esqueceram e compartilham qualquer porcaria sem ler e pesquisar nada. Como esta aqui, criada colaborativamente em um grupo de facebook:


As imagens são de encontros políticos internacionais, uma exposição de arte e uma carne enlatada qualquer. Mas para algumas pessoas, basta uma imagem e uma manchete para sair espalhando mentiras.

Em alguns sites, é discutido se o Trump não ganhou as eleições apenas por conta das notícias falsas que eram espalhadas no facebook (notícia em português aqui e original em inglês aqui).

Esta onda de acreditar mais em crenças pessoais e historinhas do que em fatos verídicos e confirmados é chamada de Pós-verdade. Este termo foi considerado a palavra do ano do dicionário Oxford. Seguem alguns links para entender melhor o que é isso: G1, Nexo, Anticast,

E aí eu pergunto... Qual a diferença do que acontecia nos séculos passados para o que acontece hoje? Notícias falsas, boatos, acusações sem provas, discursos de ódio e perseguições na rua. Levando a linchamentos, mortes e chacinas baseadas somente em comentários de Facebook?


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

A Pirate's Life for Me

Acabaram de me ligar:

- Boa tarde, aqui é da construtora Tenda, a gente ta com um programa de descontos tereréu, tereréu...

-Não estou interessado, obrigado, eu mudei de casa faz 3 dias.

-Mas vc paga aluguel?

-Sim.

-Então, comprando um apartamento é um investimento, vc vai ter retorno tereréu, tereréu.....

-Mas eu não pretendo ficar aqui por muito tempo. Meu plano é me mudar pro Caribe, virar pirata e levar uma vida de aventuras pelos 7 mares.

-Mas até lá vc não acha q vale a pena investir nisso? Pagando aluguel você não vai ter retorno.

-Eu estou investindo pra comprar no meu navio pirata. E eu vou ter retorno saqueando navios mercantes.

-...

-...

-Obrigado, a Tenda agradece sua atenção e fica à disposição.



sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Haka

O Haka é um tipo antigo de dança de guerra do povo Maori, natural da Nova Zelância, tradicionalmente realizado tanto no campo de batalha para intimidar os inimigos, como recepcionar aliados que vinham em paz.

O Haka é uma demonstração vigorosa do orgulho, força e unidade de uma tribo. As ações incluem fortes pisões no chão, arregalar os olhos, colocar a língua pra fora e o queixo pra frente. Além de dar tapas no próprio corpo em ritmo para acompanhar as vozes. As caretas que são feiras são um aspecto importante pois servem para intimidar e demonstrar ferocidade, e têm até um nome específico – Pūkana.


O nome Haka é oficialmente um termo genérico para "dança" no idioma Maori, mas acabou se tornando o significado da apresentação de guerra. E suas letras muitas vezes descrevem poeticamente os ancestrais e eventos da história da tribo.

Talvez o Haka mais famoso seja o "Ka Mate", que significa "É a Morte".



Hoje, o Haka continua sendo usado em cerimônias e celebrações Maoris que homenageiam os convidados e mostram a importância da ocasião. Ele também é usado para desafiar os oponentes no campo esportivo.

Há diversos tipos de Haka – a dança não é única, assim como as canções que a acompanham. Em alguns casos, ela pode ser feita com armas tradicionais, como algumas espécies de lanças ou tacapes.

Até hoje o time neozelandês de Rugby, o All Blacks, realiza uma performance do Haka antes dos jogos. Eu acho um hábito bem interessante, principalmente no contexto esportivo, pois o Haka era usado pelos Maoris para recepcionar inimigos e aliados. Então nada mais justo do que receber o outro time da mesma maneira, já que eles são adversários, mas também colegas.



Fontes:

NewZeland.com
Wikipedia
G1

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Tutorial de Comida Mexicana

Amigos, segue um tutorial simples, prático e rápido de como preparar um jantar mexicano romântico com aquela pessoinha especial


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Gatos com Três Cores são Sempre Fêmeas?

"Gatos com três cores são sempre fêmeas"... Esta é uma daquelas informações pseudo-científicas que rolam por aí.

Mas esta é verdade!

Isso acontece porque, assim como no ser humano, os gatos tem dois cromossomos, o X e o Y. E, assim como nos humanos, XX é fêmea e XY é macho.

Dentro do cromossomo X está a informação da cor e distribuição da pelagem deles. Esta informação pode ser de laranja ou preto. E pode ir de 0 (pelo branco) a 100%.

Então, um gato macho só terá um cromossomo X, ou seja, sua cor vai ter variações de 0 a 100% apenas de uma das duas cores. Enquanto a fêmea poderá apresentar variações de 0 a 100% nas duas cores.