Este ano, o Carnaval foi no "Nosso Rancho", um ranchinho bem roots aqui em Campinas, construído por um casal de amigos, à beira do rio.
Não tem água encanada, não chega energia elétrica e tem que estacionar a uns 500m de distância. É muito bom!
A água que tem é bombeada do rio pra um tonel, e usada pra tirar a sujeira grossa das mãos ou da louça. Mas pra lavar mesmo, precisa levar garrafas de casa com água limpa.
Dá pra pescar e preparar no fogão a lenha, montar a barraca e dormir ali mesmo, ou então dormir no mezanino.
No último final de semana, eu e meu pai fizemos uma viagem que já estava planejada há algumas semanas. O principal seria ir no sábado até Bauru, assistir um jogo no Esporte Clube Noroeste, onde o Alê está trabalhando. E voltar no domingo. E aproveitar a viagem para passar numa barbearia em Americana e visitar o Fell e a Vanessa em Sorocaba.
Saímos de casa umas 14h e chegamos em Americana às 16h, na Barbearia Don Filippo, onde eu dei uma aparada na barba e meu pai cortou a barba e o cabelo.
Depois seguimos viagem até Bauru, onde encontramos com o Alê e a tia Graça no hotel, e saímos para jantar. Fomos numa pizzaria, que a gente achou que ia ser mó simples deboinhas e na verdade era super grande e chique.
Depois voltamos para o hotel, para dormir, e eu fiquei até tarde pesquisando casas para comprar e alugar na Europa (gente, q coisa loka, tem muita coisa boa e barata)
Acordamos umas 8h, tomamos café da manhã e fomos para o grande estádio do Noroeste, para assistir o jogo que começaria às 10h. Na entrada compramos boné, e meu pai comprou uma rifa valendo uma camiseta regata do Noroeste. Só que ele comprou no nome do Alê, mas sem avisar ele.
Nós entramos e sentamos na arquibancada, de onde conseguíamos ver o Alê, que já estava lá desde as 7h00 da manhã.
O jogo foi uma porcaria, parecia que tava todo mundo dos dois times dormindo. No fim o Noroeste perdeu de 1 a 0 para o Atibaia. Mas só o fato de estarmos juntos foi divertido e já valeu toda a viagem.
Depois voltamos para o hotel, pegamos as malas e partimos, com destino a Sorocaba.
Chegamos em Sorocaba umas 16h30, onde meu pai finalmente conheceu o Video Game Rock Bar, o restaurante do Fell.
Depois voltamos para Campinas, e meu pai voltou pra São Paulo. E à noite o Alê mandou uma mensagem dizendo que ganhou a rifa!
Outro dia, eu e a Agnes resolvemos ver um filminho antes de dormir.
"Ai tem esse aqui de terror que falaram que é legal" - disse Agnes
"Legal, vamos ver esse" - disse Marcelo.
Cara....
Eu sempre assisti filmes de terror como se fossem comédia. O Massacre da Serra Elétrica, por exemplo, é super divertido de assistir. O Chamado é meio sem graça, Premonição é legal ficar fazendo apostas consigo mesmo e apreciar os efeitos visuais de gore em câmera lenta.
Mas este filme... Pela primeira vez um filme de terror me deixou com medo de verdade. De ficar arrepiado da nuca ao calcanhar, e sem conseguir piscar.
OBS: "Jany Doe", em inglês, é tipo "Zé Ninguém", um apelido pra alguém que não se sabe o nome.
Sinopse
Tommy Tilden (Brian Cox) e Austin Tilden (Emile Hirsch), seu filho, são os responsáveis por comandar o necrotério de uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos. Os trabalhos que recebem costumam ser muito tranquilos por causa da natureza pacata da cidade, mas, certo dia, o xerife local (Michael McElhatton) traz um caso complicado: uma mulher desconhecida foi encontrada morta nos arredores da cidade - "Jane Doe", no jargão americano. Conforme pai e filho tentam descobrir a identidade da mulher morta, coisas estranhas e perigosas começam a ocorrer, colocando a vida dos dois em perigo.
O final é de explodir a cabeça!
Filmão da porra pqp!
ATENSAUM AOS SPOILEERRSSS!!
SPOILEERRSS
SPOILERS
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TEJEM AVISADOS
[SPOILER]
No final, depois de abrir a mulher, tirar os órgãos, abrir o cérebro e fazer um monte de coisa, eles colocam o sangue dela no microscópio e descobrem que ela ainda está viva.
Aí o legista pai começa a sofrer os ferimentos dela, pra que ela possa se recuperar. Fica com os olhos brancos, quebra o pulso e o tornozelo e tals. Mas ele não fica com a barriga toda aberta, e nem com os órgãos esparramados. Ela já tinha se recuperado sozinha disso, e os órgãos voltaram sozinhos pra barriga.
SÓ Q NAUM!!
Eles encontraram o gato da família todo estripado, com a barriga aberta e os órgãos espalhados! ELA USOU O GATO PRA SE RECUPERAR ESSA ARROMBADA!!!
Frequentemente, eu vejo discussões idiotas super acirradas, discursos de ódio e segregação, fanáticos cegos com discursos sem fundamento, pessoas ignorantes se orgulhando da mediocridade, desrespeito, violência...
Aí eu lembro que um dia o sol vai se expandir em uma gigante vermelha e incinerar a Terra. E não vai sobrar mais nada... Não vai sobrar esquerda e direita, nem religioso e ateu, nem baratas e mosquitos... Nadica de nada.
E mesmo sabendo que faltam bilhões de anos pra isso, eu abro um sorriso satisfeito e meu coração se enche de alegria.
Eu estava rolando minha timeline no facebook quando me deparei com este vídeo:
O nome da banda é Trio Mandili. Fui pesquisar de onde era essa língua maluca e descobri que elas são da Georgia... Aí pensei "Ué, mas Georgia não é um estado dos EUA?"
E então eu descobri q existe um país chamado Georgia, onde se fala um idioma lokasso chamado georgiano: საქართველო (Geórgia em georgiano)
E o país fica entre Azerbaijão, Turquia, Armênia e Rússia.... É daqueles países que vc olha a arquitetura da cidade e não sabe se está na França ou na Índia. Que durante a história, ficou no meio das rotas de comércio entre a Europa e a Ásia. Tendo influências medievais cristã e migrações de povos ciganos e pagãos.
O país é uma república unitária, semipresidencial, com o governo eleito através de uma democracia representativa. A Geórgia é atualmente um membro do Conselho da Europa, da Organização de Cooperação Econômica do Mar Negro, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), e do Eurocontrol. E também aspira aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à União Europeia.
Entre os séculos V a.C. e VII d.C., reinos independentes se estabeleceram no que hoje é a Geórgia. Os reinos da Cólquida e Ibéria, cujas orientações religiosas vinham do Paganismo, adotaram o cristianismo no início do século IV.
No início do século XIX, a Geórgia foi anexada pelo Império Russo. Em 1917, logo depois da Revolução Russa, teve um período de independência que acabou logo, em 1921, quando foi ocupada pela União Soviética.
Em 1991, finalmente conseguiu independência novamente, mas sofrendo com uma crise econômica e social pós-comunista. Isso durou até a Revolução Rosa de 2003, depois que o novo governo introduziu reformas democráticas e econômicas.
Durante séculos, a economia georgiana se baseou no comércio, devido a sua abertura para o Mar Negro e sua participação na Rota da Seda. Mais recentemente, durante a maior parte do século XX, a economia seguiu os padrões soviéticos. Em 1995, recebeu ajuda financeira do Banco Mundial, do FMI e da Alemanha. E atualmente, depois de atritos econômicos com a Rússia, a economia se baseia principalmente na agricultura, turismo e exportação de vinho.
Foto incrível no Google Maps, tirada por Levon Hakopian
Este local se chama Naohrebi. É o nome georgiano da Vila (que em armênio se chamava Mohreb). Antes da sovietização, o nome desta região era Gugark. E os moradores dessa vila eram fugitivos do genocídio movido pelo império turco-otomano.
Fonte: Wikipedia
Levon Hakopian (que eu encontrei no facebook foi muito gente boa em me explicar de onde é a foto que ele tirou)
Vou tentar contar de maneira fiel, mas resumindo e juntando algumas coisas, as histórias da dona Zifa, ex-esposa do Tio Dito.
"Eu nasci numa cidade chamada Cabo Verde, em Minas Gerais, em 1937. Meu pai era Cantador de Reis da tribo. Tapuia. E minha mãe era branquinha, linda, sabe? Uma vez um macaquinho tava comendo banana quando a gente passou e quando ele viu minha mãe começou a mostrar o pintinho, sabe? Meu pai queria matar ele! Mas não conseguia acertar uma flecha nele.
A gente ficava o dia todo no Rio pegando peixe com a lança. Acendia uma fogueira assim do lado do rio, e ficava ali. Pescando e já comendo.
Quem tinha boa mira era meu irmão. Ele via o tiú, assim de longe, e vum! Acertava de primeira. E o bichinho ficava assim tentando se soltar, sabe? Minha mãe fazia umas paneladas, nossa, muito boas.
Teve uma vez também que a gente encontrou duas emas, sabe? Uma escapou, que correu e pulou o córguinho, mas a outra... Tinha uns paraguaios lá que usavam carabina pra caçar e eles conseguiram pegar. Um deles pegou uma pena do rabo que ele queria e deixou a carne pra gente... A perna dela era assim que o joelho era do tamanho do joelho de um boi. E depois minha mãe fez uma panelada também, que deu quatro baldão de carne.
Meu irmão, quando tinha 17 anos, saía ele mais três amigos e falava pra minha mãe "Olha, mãe, nem pensa em mim, que eu não sei quando volto e nem se eu volto". Aí ele saía com três amigos, encontrava boiadeiro assim na estrada, levando a boiada, né? Matava o peão com arco, pegava o berrante e ia levar a boiada pra outro canto pra vender. Aí começaram a perceber que tava sumindo peão e boiada. E começaram a procurar meu irmão.
Um dia ele tava na estrada assim e deu de cara com um monte de camburão e um padre em cima de um jipe. Meu irmão falou que o gado era dele e ele tava indo vender no Paraguai. Mas eles já sabiam, e começaram a atirar.
Meu irmão voou que era igual o vento. Ia pra lá e pra cá e ninguém acertava ele. E diz que quando acertava, saía fogo assim da pele e não machucava ele. É que quando ele nasceu, meu tio fechou o corpo dele, sabe?
Aí o padre falou "Me dá 14 balas", ele benzeu elas e quando conseguiram cercar meu irmão, aí mataram ele. Com as balas do padre.
Quando eu tinha 12 anos, a gente saiu. Eu e minha família. A gente saiu lá de Cabo Verde e foi até o Rio de Janeiro. Foi três meses caminhando no mato. Era subida e descida. Aí à noite parava pra acender uma fogueira e comer.
Chegando no Rio, a gente foi no Palácio do Catete. Ninguém entrava lá, mas nós entramos. Pela porta da frente. Meu pai foi lá falar com o Getúlio Vargas, e ele falou assim "Vou dar um terreno pra vocês, bem grande. Pra vocês poderem trabalhar.
Aí nós voltamos. Lá pro Mato Grosso. E ganhamos o terreno mesmo. Era enorme. A gente plantava lá cenoura, batata, couve, mandioca, tinha porco, tinha galinha.
Depois eu vim pra São Paulo. Eu vim andando lá da cidade até a Estação da Luz. E aí conheci o Dito. No começo eu não queria saber dele. Me escondia embaixo da cama quando ele aparecia em casa."
Eu sei que tem muitas informações desencontradas, que parecem não fazer muito sentido. Mas estas histórias tem por volta de 80 anos, então não estão muito fresquinhas mesmo.
A gente tem mania de achar q na idade média o povo era burro de acreditar em qualquer coisa que se falava. Ou que na inquisição e na caça às bruxas de Salem o povo era burro de acreditar em qualquer um e já sair matando sem nenhuma prova, desde linchamentos a execuções nas fogueiras.
No início da internet, nossos pais falavam pra gente não acreditar em tudo que visse nos sites por aí, pois qualquer um pode escrever qualquer coisa. Mas hoje em dia, que mais gente tem acesso a Photoshop e internet, e é mais fácil ainda espalhar qualquer besteira, parece que as pessoas esqueceram e compartilham qualquer porcaria sem ler e pesquisar nada. Como esta aqui, criada colaborativamente em um grupo de facebook:
As imagens são de encontros políticos internacionais, uma exposição de arte e uma carne enlatada qualquer. Mas para algumas pessoas, basta uma imagem e uma manchete para sair espalhando mentiras.
Em alguns sites, é discutido se o Trump não ganhou as eleições apenas por conta das notícias falsas que eram espalhadas no facebook (notícia em português aqui e original em inglês aqui).
Esta onda de acreditar mais em crenças pessoais e historinhas do que em fatos verídicos e confirmados é chamada de Pós-verdade. Este termo foi considerado a palavra do ano do dicionário Oxford. Seguem alguns links para entender melhor o que é isso: G1, Nexo, Anticast,
E aí eu pergunto... Qual a diferença do que acontecia nos séculos passados para o que acontece hoje? Notícias falsas, boatos, acusações sem provas, discursos de ódio e perseguições na rua. Levando a linchamentos, mortes e chacinas baseadas somente em comentários de Facebook?