É um lugar onde pessoas vivem em casas de pedra cravadas nas montanhas e onde os pratos típicos são carne de tubarão e uma cabeça de ovelha decepada.
Este pequeno país tem cerca de 300 mil habitantes e recentemente passou por um processo político-social muito interessante.
Após ser um dos primeiros países a quebrar com a crise financeira de 2008, o presidente da República submeteu a plebiscito propostas de ajuda estatal a bancos falidos. O ex-primeiro-ministro grego George Papandreou foi posto para fora do governo quando aventou uma ideia semelhante. O povo islandês, por outro lado, disse claramente que não pagaria nenhuma dívida de bancos.
Mais do que isso, os executivos dos bancos foram presos e o primeiro-ministro que governava o país à época da crise foi julgado e condenado. Algo muito diferente do resto da Europa, onde os executivos que quebraram a economia mundial saíram de férias com os milhões que tinham no próprio bolso ou vindos diretamente das ajudas estatais.
Como se não bastasse, o povo da Islândia resolveu escrever uma nova Constituição. Ela foi escrita por 25 pessoas comuns e não por políticos ou juízes. Durante sua redação, qualquer pessoa podia acompanhar o processo pela internet e opinar pelas mídias sociais. Ela foi aprovada entre os dias 20 e 21 de outubro de 2012.
O resultado foi uma Constituição que estatiza todos os recursos naturais, impede o Estado de ter documentos secretos e cria as bases de uma democracia direta, na qual, se 10% da população quiser uma mudança na lei, ela é levada a plebiscito.
E o objetivo da nova Constituição é muito claro: "Nós, o povo da Islândia, queremos criar uma sociedade justa que ofereça as mesmas oportunidades a todos. Nossas diferentes origens são uma riqueza comum e, juntos, somos responsáveis pela herança de gerações".
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