sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Cidades Flutuantes

Quando veio ao Brasil, em 2000,Vincent Callebaut, um arquiteto belga, realizou seu sonho de conhecer a Amazônia. E também de conhecer as famosas Vitórias-Régias que existem por lá.


Maravilhado com seu tamanho de 2,50m e sua capacidade de suportar 40 kgs, Callebaut voltou para casa com uma ideia em mente. Sempre preocupado com sustentabilidade e focando no desenvolvimento de tecnologia sustentável, ele se baseou nas grandes folhas para desenvolver o projeto chamado Lilypad, um grande condomínio-cidade de luxo construído numa estrutura flutuante auto-sustentável com 5 kms de diâmetro e 120 mil toneladas.


Segundo os cálculos de Callebaut, cada cidade do Lilypad acomodará cerca de 50 mil habitantes, que terão à mão sistemas computadorizados para controlar a produção da energia gerada pelas correntes de vento, pela luz solar e por usinas movidas pelas ondas do mar. Haverá também processos tecnológicos de dessalinização da água para torná-la potável. "Tudo será controlado, medido e distribuído pelas casas através de chips", diz o arquiteto.


Os moradores dessas ilhas terão restaurantes, cassinos, boates, cinemas, quadras de tênis e de basquete, pistas de boliche, campos de golfe, piscinas, academias de ginástica e uma grande área de patinação. Na costa dessas ilhas artificiais, haverá pontos de pesca com painéis digitais informando as espécies de peixes que circulam pelos arredores. O acesso à internet funcionará através de torres de transmissão sem fio e, para transporte, os moradores das ilhas poderão se valer de helicópteros para irem ao continente. Um apartamento com 400 metros quadrados em Lilypad custará cerca de US$ 11 milhões. E cada condomínio ilha está orçado em aproximadamente US$ 30 bilhões.


As vilas flutuantes são grandes exemplos de sustentabilidade. Nelas não existirão esgotos, a cidade contará com sanitários cujos detritos irão direto para um incinerador. "Ao ser destruído em caldeiras a vapor ele gerará eletricidade, em vez de ser despejado no oceano e gerar poluição", diz Callebaut. Vidros, papéis e metais serão reciclados. Aplaudido internacionalmente, o planejamento dessas cidades cumpre com os principais desafios lançados recentemente em Paris pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico: cuidar do clima, da biodiversidade, da água e da saúde, dando conforto ao homem.

Imagens de: ISTOÉ

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