sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

1 mês sem postagem

Eu tenho um compromisso comigo mesmo de não ficar mais de 1 mês sem postar nada aqui no blog. Por coincidência, vim olhar e este dia é hoje!

Então vou postar sobre uma conversa que estava tendo com a Marina, o Alê e a Camila.

Talvez se eu fosse ficar pensando em como escrever sobre isso, não escreveria nunca, então acho que essa pressa de hoje vai me ajudar.

Pra começar o assunto da conversa, você aí que está lendo, imagine uma pessoa. A pessoa mais padrão genérica e normal possível pra ser protagonista de uma história. Há uma grande chance de você ter pensado em um homem branco (e provavelmente heterossexual).

Esse assunto sobre o qual nós estávamos conversando era Representatividade. E como isso é importante. O exemplo acima já mostra o que é a "pessoa padrão" para a sociedade. A conversa começou pois falávamos sobre um post de facebook relacionado a Apropriação Cultural e sobre como abordar este tipo de assunto sem ser chato, mala e em tom de bronca.

E 2015 foi um ano muito bom nesse sentido. Tivemos Mad Max com uma protagonista mulher foda, independente e os caraio e que passava pelo "Bachdel Test". E também tivemos Star Wars, que eu ainda nem assisti, mas já acho foda pelo fato de ter como protagonistas um negro e uma mulher (e quiçá um piloto gay no Ep. VIII).


O Brachdel Test é um teste muito simples que serve como medidor para saber se um filme é machista ou não:

1) Um filme deve ter duas ou mais mulheres nele, e elas tem que ter nomes.
2) Essas mulheres têm que conversar uma com a outra.
3) E conversar coisas que não sejam homens.

Se você prestar atenção, são pouquíssimos os filmes que passam pelos três itens. Claro que existem muitos outros fatores, mas o teste é um bom parâmetro.

Enfim, eu não tinha muita coisa pra dizer, então quis falar sobre isso... Acho que os comentários no facebook podem enriquecer o assunto.


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Banda Utopia

Antes de os Mamonas Assassinas se tornarem a maior banda de todos os tempos, eles tinham outro nome: Utopia.

O Utopia surgiu em 1989, quando Alberto Hinoto (que mais tarde adotaria o nome artístico de Bento) e irmãos Samuel e Sérgio Reoli decidiram criar uma banda. Alberto seria guitarrista no conjunto, enquanto Sérgio tornou-se baterista e Samuel baixista. Durante show realizado em Julho de 1990 no Parque Cecap, um conjunto habitacional de Guarulhos, o público pediu que eles cantassem Sweet Child o' Mine, do Guns N' Roses. Como não sabiam a letra, pediram que alguém do público subisse no palco para ajudá-los. Dinho ofereceu-se e isso garantiu seu posto de vocalista do Utopia. Em 1990, por intermédio de Sérgio, o tecladista Márcio Araújo é inserido no grupo.

Eles começaram a apresentar-se na periferia de São Paulo e foram percebendo que as palhaçadas e músicas de paródia eram mais bem recebidas pelo público do que os covers e as músicas sérias. E assim foram seguindo por este caminho.


Depois de conseguir contato com o vice-presidente da EMI, mudaram o nome da banda e conseguiram entrar na indústria da música.

Se você, assim como eu, não conhecia esta banda, tenham o prazer de ouvir de novo os Mamonas Assassinas pela primeira vez:





quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Dieselpunk

Eu já escrevi aqui sobre Steampunk e Cyberpunk. São estilos de ficção científica - e também estilos artísticos - que exploram histórias de distopias, misturando tecnologias de uma época com recursos tecnológicos de outras.

O cyberpunk explora os recursos cibernéticos. Computadores e internet pra tudo quanto é lado. Pessoas ciborgues, com implantes biônicos e anúncios em neon poluindo a vista da cidade.


Já o steampunk se baseia nas tecnologias a vapor da era vitoriana, com navios, dirigíveis e até aviões movidos com motores a vapor. Tudo construído com tubos de cobre e dourados, relógios, medidores, e coisas assim. Até mesmo as roupas e acessórios.


Mas existe um outro estilo. Um que eu já tinha percebido em alguns filmes e jogos. Afinal, se existe um mundo fictício baseado em motores elétricos e outro em motores a vapor, então deve existir um baseado em motores à combustão! É o caso de Mad Max, Sucker Punch, Final Fantasy 7, Brütal Legend, Bioshock, Fallout, entre outros.

O dieselpunk é baseado no steampunk, mas por se basear todo na queima de combustíveis fósseis, tudo é mais sujo e mais escuro.




Além de permitir histórias um pouco mais próximas da nossa realidade, permite a criação de carros, armaduras e veículos mutcho lokos e muito tr00s!




A estética se baseia principalmente na primeira metade do século XX, que envolve as duas primeiras guerras mundiais e a evolução militar do mundo, com tanques, jipes, armas, mísseis etc.





Dentro do estilo steampunk, ainda existe o decopunk, baseado no estilo de arte inglês Art Déco, em que as peças são mais limpas, rebuscadas e cromadas.




terça-feira, 3 de novembro de 2015

Raloinho dos Reigota

No último final de semana foi a festa de Halloween dos Reigota. Uma decoração incrível, comidas caprichadas, fantasias maneiras e muita diversão!



Eu e a Agnes íamos de casal múmia. Ela de Cleópatra e eu de Faraó. Mas tivemos uma ideia melhor e eu fui de Boça do Hermes e Renato. Logo que chegamos, a Agnes foi ajudar a Flávia com a fantasia dela de Catrina (aquelas caveiras coloridas mexicanas). Elas ficaram lá umas duas horas, mas o resultado ficou muito bom.







E além das fantasias, nós levamos uma parte da decoração - que nós mesmos fizemos. Pegamos três manequins e colocamos umas roupas maneiras, cheias de tinta vermelha, preta, roxa e verde. Eram o zumbi, o espantalho, a enforcadinha e as pernas decepadas.

Depois que já tinham chegado alguns convidados, resolvemos dar uma volta no quarteirão. Três vampiros, uma raposinha, um Lanterna Verde e um Boça com um machado.

No meio da festa, o Marcellão me pediu pra fazer uma guacamole e ficou boa demais. Ainda mais acompanhando o Chilli que a Flávia já tinha feito. Muita comilança e muito peido depois!

Quando era mais ou menos 1h da manhã, eu sentei no sofá pra ver um pouquinho o celular, mas o sofá deles é incrível e ele me abraçou por umas 3 horas. Acordei sendo abraçado por um esqueleto de plástico. E com pessoas reclamando do fedor (causado pelas bufas deste que vos escreve... hihihi)





No dia seguinte fomos curtir uma fila num festival de Día de Los Muertos. A Agnes fez uma pintura de Catrina Depois de uma hora na fila, vimos que ainda faltariam umas 3 pra entrar, então resolvemos ir embora e voltar para a casa dos Reigota, onde comemos uma maravilhosa galinhada!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Quem Foi e o que Fez: Maria Quitéria

Esse ano no meu trabalho, nós estamos fazendo um programa chamado Retrovisor, cuja sinopse é: "Neste olhar sobre o passado que mistura história, ficção e jornalismo, grandes figuras históricas ganham voz com atores consagrados"

São entrevistas com personagens históricos brasileiros, interpretados por atores e participando de uma entrevista guiada pelo jornalista Paulo Markun.


Vários dos personagens apresentados são familiares, que a gente lembra alguma coisa deles que viu na época da escola. Mas vários deles eram completamente desconhecidos para mim, como Nísia Floresta, Chico da Matilde, Edgard Leuenroth, entre outros.

Assim como eu já criei as séries contos, esse programa me deu a ideia de criar essa série, "Quem foi e o que fez", pra falar sobre esses personagens não tão conhecidos da nossa história.

Nesta primeira edição vou falar sobre Maria Quitéria.

Maria Quitéria


Maria Quitéria nasceu em 1792 em um pequeno sítio na Bahia, onde hoje é a cidade de Feira de Santana. Era filha de portugueses nascidos na colônia.

Em 1803, tendo cerca de dez ou onze anos de idade, perdeu a mãe. Logo o pai casou-se novamente, mas a nova esposa também morreu. A família mudou-se então para a fazenda Serra da Agulha.

Na nova residência, seu pai, Gonçalo Alves casou-se pela terceira vez, com Maria Rosa de Brito, com quem teve mais três filhos. A nova madrasta nunca concordou com os modos independentes de Maria Quitéria, que adorava brincar sozinha pelas matas perto da casa, além de ter aprendido a montar cavalos, caçar e usar armas de fogo.

Maria Quitéria encontrava-se noiva quando, entre 1821 e 1822, iniciaram-se na Província da Bahia as agitações contra o domínio de Portugal. Em 25 de junho de 1822, a Câmara Municipal da vila de Cachoeira, a favor da independência, aclamou o príncipe-regente D. Pedro como "Regente Perpétuo" do Brasil. Descontentes com essa declaração, um grupo de militares portugueses abriram fogo contra a vila de Cachoeira.

No dia 6 de setembro, foi criado na vila o Conselho Interino do Governo da Província, que lutava pela independência da Bahia. Eles enviavam emissários a toda a Província em busca de adesões, recursos e voluntários para formação de um "Exército Libertador".

O "Soldado Medeiros"

Quando chegaram ao sítio de Gonçalo, já velho, ele disse que não poderia ajudar, pois não tinha filhos homens. Porém, para sua surpresa, Maria Quitéria se apresentou como voluntária. Mas o pai a proibiu de ir.

Alguns dias depois, quando o pai, que era comerciante, ia para a cidade, Maria Quitéria saiu escondida e o seguiu pela estrada. A uma distância segura para que ele não a visse, mas que ele a ouvisse caso precisasse de ajuda (afinal, nos anos 1820 não era aconselhável uma mulher andar sozinha na estrada.

Chegando na cidade, foi à casa de sua meia-irmã, Teresa Maria, que era casada com José Cordeiro de Medeiros, onde cortou os cabelos, vestiu-se de homem e alistou-se no "Batalhão dos Voluntários do Príncipe" (popularmente apelidado de "Batalhão dos Periquitos", devido aos punhos e gola verdes de seu uniforme) no Regimento de Artilharia, sob o nome de Medeiros (nome do marido de sua irmã estampado na farda).


Duas semanas depois, seu pai descobriu e foi buscá-la, mas o comandante do Batalhão, Major José Antônio da Silva Castro (avô do poeta Castro Alves) a defendeu e disse que ela era uma atiradora exímia, essencial para as tropas. E, ao saber que era uma mulher, deram um saiote escocês para que ela se diferenciasse dos demais soldados.

Em 29 de outubro seguiu com o seu Batalhão para participar da defesa da ilha de Maré e, logo depois, para Conceição, Pituba e Itapoã, integrando a Primeira Divisão de Direita. Em fevereiro de 1823, participou com bravura do combate da Pituba, quando atacou uma trincheira inimiga, onde fez vários prisioneiros portugueses, escoltando-os, sozinha, ao acampamento.

Em 31 de março, no posto de Cadete, recebeu, por ordem do Conselho Interino da Província, uma espada e seus acessórios.

Finalmente, em 2 de julho de 1823, quando o "Exército Libertador" entrou em triunfo na cidade do Salvador, Maria Quitéria foi saudada e homenageada pela população em festa. O governo da Província dera-lhe o direito de portar espada. Na condição de Cadete, envergava uniforme de cor azul, com um saiote feito por ela mesma, além de capacete com penacho.

O General Pedro Labatut, enviado por D. Pedro I para o comando geral da resistência, conferiu-lhe as honras de 1º Cadete. E no dia 20 de agosto foi recebida no Rio de Janeiro pelo próprio Imperador, que a condecorou com a Imperial Ordem do Cruzeiro, no grau de Cavaleiro, com seguinte pronunciamento:

"Querendo conceder a D. Maria Quitéria de Jesus o distintivo que assinala os Serviços Militares que com denodo raro, entre as mais do seu sexo, prestara à Causa da Independência deste Império, na porfiosa restauração da Capital da Bahia, hei de permitir-lhe o uso da insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro".


Além da comenda, foi promovida a Alferes de Linha, posto em que se reformou, tendo aproveitado a ocasião para pedir ao Imperador uma carta solicitando ao pai que a perdoasse por sua desobediência.

Perdoada pelo pai, Maria Quitéria casou-se com o lavrador Gabriel Pereira de Brito, o antigo namorado, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição.

Viúva, mudou-se para o antigo sítio em Feira de Santana em 1835. Depois, devido à demora da Justiça, mudou-se com a filha para o Salvador, onde veio a falecer aos 61 anos de idade. E foi sepultada na Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e Sant'Ana, no bairro de Nazaré em Salvador.

No programa Retrovisor, a atriz Clarissa Kiste disse que, em sua opinião, quando Maria Quitéria lutava pela independência do Brasil ao lado do Batalhão dos Voluntários do Príncipe, ela, na verdade, lutava pela própria independência. Como se a luta pela independência do Brasil fosse um pretexto pra ela lutar pela própria independência, como mulher.


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Castelo de Cartas Marcadas

O que define uma pessoa como psicopata? A frieza, a falta de empatia, o pensamento estratégico, a capacidade de seduzir, enganar, ferir e prejudicar os outros sem o menor remorso.

O Brasil vive um momento de crise. Mas apesar disso, os políticos continuam roubando, desviando verba que deveria ser destinada à educação, saúde e segurança. Os juros estão aumentando, os recursos não voltam para a população que precisa. Escolas são fechadas, documentos são colocados em sigilo e novos impostos são criados. Muitos políticos e empresários estão se aproveitando da situação para enriquecer ainda mais.


Sem nenhuma empatia com as pessoas que sofrem com a violência nas ruas, a falta de manutenção de estradas, escolas, hospitais, praças, parques, centros culturais. Sem se importar com pessoas que morrem na fila do SUS, com as pessoas que não vem outra opção na vida além do crime, com as pessoas que são vítimas desses crimes, os policiais que recebem mal para enfrentar bandidos mais armados que eles, as escolas caindo aos pedaços e com professores mal pagos.

E sem se importar com toda a população que vive nesse mar de merda, nesse fogo cruzado. Que gostaria de poder comprar suas pequenas conquistas do dia-a-dia (desde uma coxinha no buteco ao carrão do ano) sem precisar andar na rua com medo de ser assaltado, estuprado e morto. E sabendo que a maior parte do valor vai pro bolso de políticos.

Qual a diferença entre um psicopata de Hollywood que mata com as próprias mãos e uma pessoa que, indiretamente, causa muito mais mortes sem nenhuma culpa e remorso?

Imagem: Tacho

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

1 Ano

Há um ano, nós colocávamos no facebook "em um relacionamento sério". E, como todo mundo sabe, uma coisa só é verdade se estiver no facebook.

Tem sido um ano incrível, em que minha vida se transformou completamente e eu aprendi muitas coisas novas. Desde cozinhar e cuidar dos bichos a pagar contas e administrar o dinheiro com responsabilidade.

A vida com alguém te torna (na verdade, exige que você se torne) muito mais forte. Quando um dos dois tem um problema ou uma responsabilidade, os dois se unem para cuidar. Quando um dos dois precisa de ânimo, de inspiração, de coragem, de vontade, de fé, os dois unem suas forças.

E apesar dos pesares, das dificuldades, das brigas, dos choros e tudo mais, a vida a dois é muito boa. Montar a própria casinha, com a decoração que vocês gostam e as prateleiras onde vocês querem, fazer cosplay improvisado de madrugada, viajar, fazer artesanato, pintar o cabelo, fazer hidratação, fazer panquecas, ficar dançando ao som do alarme do celular, enquanto o bolo está no forno passando do ponto. Bolo este que tem algum sabor improvisado porque o mês está no fim e  um dos ingredientes acabou.

E ontem para comemorar 1 ano de namoro/casamento nós fomos num rodízio japonês lá perto de casa, em Osasco. E eu comprei um par de alianças pra nós.

É muito amô, gente =)